Os técnicos do câmpus sede e extensões da
Universidade Estadual de Maringá (UEM) vão cruzar os braços a partir de
hoje. Com a paralisação, a estrutura da instituição deixa de
funcionar: laboratórios não terão servidores, assim como veículos
usados em projetos ficarão sem motoristas, entre outros serviços. O
governo do Estado diz estranhar a convocação de greve e alega que está
aberto ao diálogo com a categoria.
"Toda a estrutura de pessoal que dá suporte logístico para
proporcionar o bom andamento das atividades de ensino, pesquisa,
extensão e prestação de serviços fica paralisada", explicou o presidente
do Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino de Maringá (Sinteemar),
Eder Adão Rossato. Ele diz que a greve é por tempo indeterminado. "O
fim da greve vai depender do governo."
Segundo Rossato, a categoria quer a reestruturação da carreira,
garantia dos direitos adquiridos, contratação de mais técnicos e defesa
da autonomia das universidades (sem privatização e sem terceirização).
"Nós não falamos em índice de reposição salarial porque os valores
não são lineares. Há casos em que o reajuste é zero", completa. A
última reunião com a Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e
Ensino Superior foi no dia 3.
ABRANGÊNCIA
2,8 mil
É a quantidade de técnicos
administrativos da
Universidade Estadual de
Maringá
Hoje, a expectativa é pela adesão de 90% dos técnicos da UEM. A
partir das 8 horas, a categoria se reúne no Restaurante Universitário
para deflagrar a greve.
A paralisação atingirá, além do câmpus sede, as cinco extensões da
UEM: Goioerê, Cidade Gaúcha, Ivaiporã, Umuarama e Cianorte. No Paraná, a
Unioeste, de Cascavel, está parada desde o dia 4. Hoje devem entrar em
greve a UEM, a Universidade Estadual de Londrina (UEL) e a
Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG).
No final de agosto, o governo concedeu reajuste aos professores de
universidades estaduais, mas deixou para o primeiro trimestre de 2013 a
reposição salarial dos técnicos administrativos.
IMPACTO
“Toda a estrutura de pessoal
(...) para o bom andamento
das atividades fica paralisada”
Eder Rossato
Presidente do Sinteemar
Em nota enviada à reportagem, a Seti diz estranhar a convocação de
greve pelos sindicatos. "As negociações se desenvolvem há meses, e na
última terça-feira, com a presença de secretários, foi fechado acordo
para que a minuta da lei sobre o Plano de Cargos e Salários fosse
enviada à Assembleia até o final de setembro. Sua aplicação se daria no
início do próximo ano. As secretarias continuam abertas ao diálogo",
diz a nota.
http://www.odiario.com/cidades/noticia/601202/tecnicos-da-uem-entram-em-greve-hoje/