Limpeza viabilizará obras em barracão de catadores
- O Diário do Norte do Paraná
- Acessos: 426
O projeto de estudantes de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Estadual de Maringá (UEM) para melhorar as condições de trabalho dos catadores de recicláveis de Paiçandu por meio da readequação do barracão onde trabalham está parado devido ao acúmulo de lixo no local. Além de inviabilizar a obra, os resíduos estão atrapalhando as atividades da cooperativa.
De acordo com a diretoria da entidade, a prefeitura deveria fazer a retirada do material a cada 2 semanas. No entanto, o lixo se acumula há 1 ano, sem que o município cumpra o acordo firmado desde a criação da cooperativa, há 9 anos.
Ontem, o secretário de municipal de Serviços Públicos, Cláudio Henrique Ferrari, garantiu que a limpeza da área será feita na próxima semana.
O projeto é uma iniciativa do Escritório Modelo de Arquitetura e Urbanismo da UEM e objetiva fazer a readequação do barracão da Copmar, cooperativa criada para oferecer alternativa de renda às pessoas que reviravam o lixão da cidade.
Para isto, os estudantes conseguiram parceria com a Unitrabalho, incubadora que atua em mais de 60 universidades, e com empresas, que doaram os materiais de construção. Coberto com telhas de amianto, pequeno e abafado, o barracão será melhor dividido, ganhará área para cozinha, varanda, terá melhor aproveitamento da luz e ficará mais arejado.
BAIXO
R$ 300
É a renda média das
famílias de catadores
que trabalham na
Copmar, em Paiçandu
De acordo com a acadêmica Vanessa Okimura, do 4º ano de Arquitetura, a mão de obra será dos próprios estudantes e dos associados da cooperativa. "Agora que a prefeitura garantiu que vai limpar a área, já podemos tratar de como será tocada a obra."
A ampliação do barracão é vista pelos associados da Copmar como um passo importante para a reestruturação da entidade. "Todas as cooperativas da região cresceram e se estruturaram. Hoje seus membros estão ganhando bem - até o dobro do que nós", diz a coordenadora da Copmar, Maria Cosminda da Silva Oliveira. "Só a de Paiçandu parou no tempo."
Segundo ela, a separação do material fica por conta dos catadores, e geralmente é feita na cooperativa. Por isso há acúmulo de lixo. "O que sobra de reciclável é pouco, e perdemos tempo na separação. Por isso o ganho dos associados é tão baixo".
http://www.odiario.com/regiao/noticia/602527/limpeza-viabilizara-obras-em-barracao-de-catadores/