Em reunião realizada nesta terça-feira (11), os servidores do Hospital Universitário (HU) de Maringá decidiram manter o atendimento, pelo menos por enquanto, apesar da greve deflagrada pelos técnicos da Universidade Estadual de Maringá (UEM). A única seção da unidade que suspendeu as atividades foi a clínica odontológica.
A redução do efetivo do HU chegou a ser cogitada durante a reunião, mas a falta de pessoal pesou na decisão de manter os servidores da unidade de saúde apenas em estado de greve.
Segundo o Sindicato dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino de Maringá (Sinteemar), a decisão em manter a normalidade no ambulatório, enfermarias e setor administrativo foi tomada para não deixar a situação ainda mais crítica.
"O HU já está trabalhando em situação precária; faltam leitos, trabalhadores e por isso essa é uma situação que estamos tratando com cautela", diz Éder Rossato, presidente do Sinteemar.
De acordo com o sindicato, o HU conta com 900 profissionais, enquanto que o número ideal seria 1.200. Rossato conta que por lei o movimento grevista poderia manter o efetivo mínimo de 30%, que corresponde a 270 trabalhadores no hospital.
UEM fechada
Na UEM, todas as atividades foram suspensas. Os portões de aceso ao campus central permaneceram fechados, com exceção da reitoria, bem como as portas dos blocos. A greve prejudicou os serviços de limpeza das salas, roçada, vigilância do campus, atendimento na biblioteca, liberação de veículos, abertura de portões e blocos e funcionamento de laboratórios.
A categoria reivindica contratação de servidores, garantia dos direitos adquiridos, reestruturação da carreira e defende a autonomia das universidades, sem privatização e terceirização. O movimento grevista ganhou fôlego depois que o governo do Estado adiou para o primeiro trimestre de 2013 a reposição salarial dos técnicos.