A reitoria da Universidade Estadual de Maringá (UEM) pediu para que os técnicos administrativos retomem alguns serviços e deixem a instituição em condições mínimas para funcionar. O pedido foi feito nesta sexta-feira (14) ao comando de greve.
O reitor Júlio Prates Filho solicitou que portões, blocos didáticos e de laboratórios sejam abertos, que alguns banheiros sejam limpos e que a coleta de lixo volte ao normal. "São condições mínimas para manter a excelência da UEM." O pedido será votado em assembleia dos servidores.
Pela manhã, alunos e professores não tinham acesso aos blocos porque estavam trancados. No início da semana, os grevistas entregaram as chaves das salas à reitoria para que a administração da universidade se encarregasse de abrir os blocos. O problema, segundo o reitor, é que as chaves foram entregues sem as etiquetas que as identificavam às salas. "Recebi notícias de interferência nas chaves, e até palito nos miolos da fechadura para que professores não entrassem."
O presidente do Sindicato dos Trabalhadores dos Estabelecimentos de Ensino de Maringá (Sinteemar), Éder Rossato, diz que o ato não foi autorizado pelos grevistas. "Se foi feito, não autorizamos e nem endossamos isso." O reitor pediu ainda que o comando entregue as reivindicações internas dos servidores, assim como fez o Diretório Central dos Estudantes (DCE), no ano passado, quando a reitoria foi ocupada pelos acadêmicos.
Governo
O governo Estadual já informou que não vai negociar com os grevistas. Para tentar avançar nas negociações e pôr um fim à paralisação reitores das universidades em greve se transformaram em interlocutores entre governo e comando.
Na segunda-feira (17), os reitores seguem para Curitiba para tentar avanços nas negociações. Caso não haja consenso, a Secretaria de Ciência Tecnologia e Ensino Superior (Seti) estuda entrar com uma ação no Tribunal de Justiça do Paraná para declarar ilegal a greve dos técnicos.