Os técnicos de quatro universidades estaduais, entre elas a de Maringá, paralisam as atividades a partir desta terça-feira (11). Nesta manhã, eles realizam uma assembleia no Restaurante Universitário, com mais de 600 pessoas, onde discutirão os comandos de greve e também o funcionamento de alguns serviços essenciais, como o Hospital Universitário (HU).
Os alunos do matutino da UEM estão sem aulas, uma vez que os servidores responsáveis pela abertura dos blocos não trabalharam. No Hospital Universitário, segundo a assessoria de imprensa da instituição, o departamento de odontologia não está funcionando. Os demais setores atendem normalmente.
Na assembleia desta terça-feira os manifestantes irão discutir como funcionará o HU e outros departamentos. "A legislação determina que ao menos 30% dos servidores devem trabalhar, mas o percentual pode ser maior. Tudo isso será discutido na reunião", fala o presidente do Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino de Maringá (Sinteemar), Éder Adão Rossato.
A UEM possui 2700 técnicos nos cinco campi e também no HU. Conforme o Sinteemar, a expectativa é de que 90% deles cruzem os braços.
Além da UEM, entraram em greve hoje os técnicos da Universidade Estadual de Londrina (UEL) e Ponta Grossa (UEPG). Cascavel (Unioeste) aderiu ao movimento na semana passada. Apenas Guarapuava (Unicentro) não deliberou sobre a paralisação.
Reivindicação
A categoria quer a reestruturação da carreira, garantia dos direitos adquiridos, contratação de mais técnicos e defesa da autonomia das universidades (sem privatização e sem terceirização). "Nós não falamos em índice de reposição salarial porque os valores não são lineares. Há casos em que o reajuste é zero", completa. A última reunião com a Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior foi no dia 3.
Governo
Em nota enviada à imprensa, a Secretaria da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (SETI) diz que "estranha a convocação de greve pelos sindicatos". Conforme a Seti "as negociações se desenvolvem há meses, e, na última terça-feira, com a presença dos secretários da Administração e da SETI, foi fechado acordo para que a minuta da lei sobre o Plano de Cargos e Salários fosse enviada à Assembleia até o final de setembro, e sua aplicação se daria no início do próximo ano. As secretarias continuam abertas ao diálogo".