A ideia de empresa júnior é aproximar o acadêmico do mercado onde ele atuará. Os universitários assumem a responsabilidade de consultores e prestadores de serviço enquanto estudam.
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- 09/09/2012 02:00:00
Na Universidade Estadual de Maringá (UEM), há onze empresas do gênero. Outras estão em fase de formalização. Uma delas é a Dinâmica, formada pelos alunos do curso de Engenharia de Produção.
Douglas Marçal
Universitários desenvolvem projetos em diversas áreas; a Dinâmica está entre as vinte melhores do Brasil
O projeto começou em 2004 e acumula diversos prêmios. Um dos mais importantes é o de ter se tornado uma das vinte melhores do Brasil, ao lado da Adecon, também da UEM, dos cursos de Administração, Ciências Econômicas e Ciências Contábeis. O ranking é estabelecido pela Confederação Brasileira de Empresas Juniores, a Brasil Júnior.
A diretora de Marketing da Dinâmica, Tainah Lins Bezerra, está entre os alunos participantes do projeto desde 2010. Ela tem 22 anos e cursa o quarto ano de Engenharia de Produção.
"Quando o acadêmico participa de um projeto como este, ganha a oportunidade de desenvolver um crescimento que só teria em três, quatro anos de mercado. Você ganha experiência na carreira", diz.
Os alunos contam com a ajuda de seis professores mentores para atender seis empresas de vários segmentos em consultoria e colegas de outras empresas juniores. A chance de apreender a trabalhar de modo cooperativo também é considerada uma experiência positiva para Tainah.
"Nós ajudamos a implantar a Psique, que é a empresa do curso de
Psicologia. Em contrapartida, eles nos auxiliam nos processos
seletivos. Outras empresas juniores nos procuram, indicam nossos
serviços e vice-versa", afirma.
Diferencial
A pró-reitora de Ensino da UEM, Ednéia Regina Rossi, destaca que alunos
que tomam parte de projetos desta natureza saem da faculdade com
grandes chances de se darem bem no mercado de trabalho.
"Os projetos estimulam habilidades que as empresas também valorizam, sobretudo a capacidade de inovar, empreender e promover mudanças. Até mesmo na avaliação formal dos cursos pelo Ministério da Educação, quando há uma empresa júnior vinculada,a receptividade é outra", ressalta.
Em relação às oportunidades futuras, os alunos que têm projetos como esse no currículo estão entre os que conseguem estágios no exterior, tem alto potencial de empregabilidade (por levarem consigo experiência prática) e também entre os que têm perfil empreendedor.
"O acadêmico aplica o conhecimento de sala na prática, mas não é só isso. Ele convive com pessoas diferentes, conhece outras realidades e isso tem muito a ver com a qualidade da formação", afirma a pró-reitora.
http://maringa.odiario.com/empregos/noticia/601122/empresa-junior-e-escola-para-a-vida-profissional/