Portas e outros pedaços de guarda-roupas, sofás, estofados, colchões, computadores velhos e uma infinidade de bugigangas dividem espaço nas calçadas com pedesres na Zona 7 de Maringá, no entorno do câmpus da universidade estadual.
O descarte de lixo nas ruas continua gerando reclamações entre moradores da região, que há 4 anos montaram um grupo para exigir providências do poder público e colocar fim na desordem.
O síndico de um prédio na Rua Mário Urbinatti, Claudio Amorim, afirma que desde 2008 entra com frequência em contato com órgãos públicos pedindo a retirada dos objetos das calçadas.
João Paulo Santos
Sofás deixados sobre a calçada na Zona 7; problema frequente nas imediações da universidade
Mas devido ao perfil rotativo dos moradores é difícil dar fim no problema. "Todo ano chega gente nova e os que estavam aqui vão embora. É complicado para acabar com o lixo nas calçadas. Muitos acabam mudando daqui porque não aguentam o problema".
Mas ele destaca que problemas "invisíveis" como o descarte de garrafas nos bueiros que se tornam verdadeiros criadouros do mosquito da dengue. Amorim afirma que a Zona 7 foi uma das regiões que mais apresentou focos do aedes aegypti no último verão. Ele acredita que é necessário um trabalho de limpeza por parte da prefeitura para controlar o problema.
Uma comerciante da região disse que há moradores de rua transformam sofás e colchões velhos em locais para dormir. Nos sábados pela manhã, as calçada amanhecem cheias de garrafas e latas de cerveja vazias. "O lixo incomoda moradores e quem tem comércio acaba tendo que limpar a sujeira da baderna dos outros toda semana".
Numa rápida passagem pela região, a reportagem de O Diário flagrou descarte de lixo nas calçadas, como pedaços de móveis. Também havia computadores velhos espalhados nos locais por onde os pedestres trafegam.
O diretor de Meio Ambiente da Prefeitura Municipal de Maringá, Durvalino Macedo, informa que o correto é procurar um ponto de descarte de resíduos recicláveis como vidros ou sucata. Ele informa que a prefeitura é responsável legal pelo lixo domiciliar, mas também procura destinar alguns resíduos de responsabilidade do fabricante por meio de um projeto de coleta volumosa.
Ele afirma que o cidadão deve estar ciente da responsabilidade de destinar o lixo que gera. A Secretaria de Saúde também auxilia na fiscalização dos casos dos materiais descartados que podem virar focos da dengue. "Quem descartar indevidamente o lixo está passível de multa. Se for identificado será primeiramente notificado e depois multado", assevera.