Lei abre portas para o avanço científico e tecnológico
- O Diário do Norte do Paraná
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A Lei de Inovação no Paraná - regulamentada no último dia 27 pelo governo do Estado - está sendo bastante comemorada pelos setores público e privado em Maringá.
A legislação oferece segurança jurídica, define a política de propriedade intelectual, cria benefícios e estabelecer mecanismos de cooperação entre setor público, privado e acadêmico, para o incentivo à pesquisa e desenvolvimento científico e tecnológico. Uma das medidas inclui a participação técnica e econômica do Estado em projetos de empresas paranaenses com inovação tecnológica como atividade principal.
Rafael Silva
Prates Filho, reitor da UEM; lei é um marco histórico para o Estad
O reitor da Universidade Estadual de Maringá (UEM), Júlio Santiago Prates Filho, avalia a situação como histórica, já que o Paraná era um dos únicos Estados que ainda não contavam com uma lei nesses moldes. Na avaliação de Prates Filho, a regulamentação proporciona sintonia e conexão entre o governo, a academia e o setor produtivo.
O professor do Departamento de Economia da UEM, coordenador de apoio estratégico da Incubadora Tecnológica e assessor na área de Inovação Tecnológica da reitoria, Marcelo Farid, lembra que a universidade sempre teve parcerias com os setores privados, públicos e terceiro setor, mas a lei facilita o processo e cria novos ferramentas para fomentar a inovação, a exemplo do desenvolvimento de pesquisas nas empresas.
"Já nos beneficiamos de lei uma federal, mas a estadual vai facilitar mais as parcerias da hélice tripla Estado-empresas-universidade, e o desenvolvimento de novas tecnologias, produtos e processos que transformem a sociedade."
Farid esclarece que, para que a universidade se beneficiasse plenamente da lei, assim que ela foi sancionada - em setembro de 2012 - foram estabelecidas em conjunto com a reitoria as diretrizes básicas de uma legislação interna, já encaminhada ao Conselho Universitário para regulamentação.
"É um um marco de evolução
no processo de
desenvolvimento do Estado"
Ricardo Wagner Teixeira
Vice-presidente da Acim
"Mesmo assim, já temos contratos de parcerias com empresas sendo encaminhados à Procuradoria Jurídica da UEM, que vai analisar se estão de acordo com a Lei de Inovação e encaminhar à Assessoria de Planejamento da universidade para firmar a parceria."
O vice-presidente para Assuntos de Tecnologia da Associação Comercial e Empresarial de Maringá (Acim), Ricardo Wagner Teixeira, destaca que a iniciativa privada aguardava ansiosamente pela regulamentação.
"É um um marco de evolução no processo de desenvolvimento do Estado, uma vez que vem de encontro aos interesses das iniciativas pública, privada e acadêmica. Todo projeto de inovação exige investimentos, demanda riscos e não garante retorno. Entretanto, fortalece a oferta de empregos, gera competitividade e estreita as relações entre as empresas e o Estado". (Com Agência de Notícias do Paraná)