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    09-04-2024
    O Laboratório de Imunogenética (LIG), da Universidade Estadual de Maringá (UEM), começa, nesta segunda-feira (8), a fazer os testes de histocompatibilidade para transplantes de órgãos sólidos de doadores falecidos. Com a implantação do serviço, o LIG, que está localizado no câmpus sede, Bloco T20, sala 109, torna-se o terceiro local no estado do Paraná a realizar estes exames, antes feitos apenas nas cidades de Curitiba e Londrina.

    Os exames de Painel de Reatividade de Anticorpos (PRA) e Prova Cruzada (CrossMatch), fundamentais para transplante de órgãos de doadores falecidos, eram realizados exclusivamente no Laboratório de Imunogenética do Hospital Universitário Cajuru, da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC), em Curitiba, e no Laboratório de Histocompatibilidade, do Hospital Universitário Regional de Londrina, da Universidade Estadual de Londrina (UEL).

    A professora Larissa Bahls, responsável técnica do LIG, enfatiza a importância da redução do tempo de espera, destacando que a estimativa é de um doador falecido por dia, totalizando cerca de 30 exames por mês. “Além de ser caro, por ter que manter um motorista na estrada todos os dias para levar as amostras para Londrina, o processo fica mais demorado. Hoje, segundo Vivianne Toniol, enfermeira coordenadora do Serviço de Doação e Transplantes do Hospital Bom Samaritano, a média de espera entre retirar o rim de um doador e transplantar em alguém aqui de Maringá é de cerca de 20 horas. O que não é o ideal, pois quanto menor o tempo, melhor. Trazendo os exames para cá, acreditamos que podemos reduzir esse tempo de espera”, detalha.

    O reitor da UEM, Leandro Vanalli, expressa a importância social da mudança. “Com o funcionamento desse novo serviço no laboratório, a UEM passa também a dar a sua contribuição para o sucesso e os bons resultados dessa rede tão importante e delicada, auxiliando com a estrutura física e facilitando a logística, visto que estamos numa região estratégica que pode contribuir muito com a infraestrutura que o Estado já possui. Além disso, é muito importante para trazer tranquilidade às famílias e esperança de vida renovada para o receptor que precisa tanto receber um transplante.”

    Hoje, está sendo implantado o projeto de transição dos exames de Londrina para Maringá. Inicialmente, será feita a tipagem de antígenos leucocitários humanos (HLA) de doadores falecidos de órgãos, como rim, fígado, coração, entre outros. No segundo semestre, serão introduzidos os exames de monitoramento dos pacientes na lista de espera para transplantes renais e cardíacos, e, na sequência, os exames da prova cruzada, que é cruzar as células do doador com o sangue dessas pessoas que estão na lista de espera para saber quem pode receber.

    Segundo Bahls, o novo atendimento irá se somar aos exames já realizados no LIG, que são de tipagem HLA de receptores e doadores de medula óssea, nas diferentes etapas do processo de busca por doadores compatíveis (família e Cadastrado no Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea – Redome).

    Atualmente, o Laboratório realiza exames para o cadastramento de doadores voluntários de medula óssea dos Hemocentros de Maringá, Cianorte, Paranavaí, bem como exames de pacientes do Hospital do Câncer de Maringá e seus familiares. A partir do atendimento para transplante de órgãos passará a atender 23 hospitais, distribuídos nas cidades de Campo Mourão, Cianorte, Colorado, Goioerê, Maringá, Paranavaí, Sarandi e Umuarama. As amostras são encaminhadas pela Central Estadual de Transplante (CET-PR), por meio da Organização de Procura de Órgãos (OPO – Maringá).

    Investimentos

    Para a abertura do serviço, o LIG teve que se preparar estruturalmente com a compra de equipamento e kits para exames. Até o momento, já foram investidos cerca de R$ 700 mil, e está em andamento mais um pedido de compras de cerca de R$ 500 mil em kits para tipagem HLA e para detecção de anticorpos anti-HLA. “É preciso destacar que, além do investimento financeiro, investimos horas e horas de treinamento e desenvolvimento técnico e de gestão da qualidade voltada para laboratórios, que executam estes exames de alta complexidade. O investimento veio dos recursos obtidos com a prestação de serviços que o LIG faz há anos junto ao Redome”, explica Bahls.

    As vantagens do novo serviço são destacadas, incluindo benefícios para pacientes transplantados, familiares de doadores falecidos, equipes transplantadoras e a equipe da Organização de Procura de Órgãos (OPO) de Maringá. “Quanto mais rápido é o processo, menor a chance de rejeição e melhor o desfecho pós-transplante; o corpo do doador falecido será liberado mais rápido para os familiares, as equipes transplantadoras vão trabalhar com mais segurança devido à maior facilidade de comunicação com a equipe técnica do laboratório, além de vislumbrar melhor evolução de seus pacientes por trabalhar com menor tempo de isquemia fria (tempo entre a captação do órgão e o transplante propriamente dito)”, frisa a coordenadora do LIG-UEM.

    A coordenadora da OPO-Maringá, Gislaine Duarte, avalia positivamente o início da prestação do serviço na UEM. “Tudo que envolve logística de transporte de amostras acaba ficando um pouco mais complexo. Vemos com muito bons olhos a retomada pela cidade de Maringá da realização desses exames, pois, desde 2021, passamos a encaminhar os exames da nossa região para Londrina, após um laboratório privado deixar de prestar o serviço. Mas sabíamos que o laboratório de UEM tinha interesse em assumir esta demanda, só era preciso adequação, como aquisição de materiais e insumos e treinamento da equipe. Avalio que não há necessidade de ter laboratório nos 399 municípios paranaenses, mas, ao menos, ter laboratório na cidade onde acontece o transplante, ajuda muito, favorece a logística, tornando mais dinâmico tanto para o usuário quanto para os profissionais que atuam no processo.”

    O Laboratório de Ensino e Pesquisa em Análises Clínicas (Lepac), da UEM, também irá absorver os exames de Covid dos pacientes que estão na fila de Maringá e região. De acordo com Duarte, somente os exames sorológicos ainda vão continuar sendo feitos em Londrina, não permitindo neste momento a redução do custo de logística, mas esforços estão sendo feitos para a migração dos exames sorológicos para Maringá.

    Duarte enfatiza a importância dos exames imunogenéticos serem realizados nas instituições de ensino superior. “É importante que os testes de imunogenética sejam mantidos nas universidades porque o profissional que faz esse exame deve ter expertise no assunto, notório saber nessa área tão específica. Nós imaginamos que esses acadêmicos vão perpetuar este conhecimento. É muito rico para o cunho acadêmico. A equipe do Laboratório de Imunogenética da UEM foram muito proativos nesse processo, nos apoiaram e se mobilizaram bastante para que essa prática fosse absorvida pela universidade, não simplesmente pela relevância acadêmica, mas pela relevância social do serviço.”

    Os estudantes da UEM passarão a ter oportunidade de conhecer um serviço de ponta, equipamentos e técnicas avançadas.

    Doadores falecidos

    Uma vez identificada a morte encefálica de um potencial doador, o ideal é que imediatamente seja aberto protocolo para diagnóstico de morte encefálica e, na sequência, seja coletado e enviado o material ao laboratório de referência para os exames pré-transplante necessários. A demora neste processo pode acarretar, inicialmente, a desistência da doação por parte da família do doador, além de ter consequências também para o receptor, uma vez que podem aumentar as chances de rejeição e perda do órgão transplantado. Ainda, o transporte da amostra para realização dos exames em outro município, além de representar um alto custo (motorista, combustível, manutenção do veículo), também compromete a viabilidade da amostra, aumentando a chance de problemas técnicos, uma vez que os exames só serão realizados quando a amostra chegar ao laboratório de análise.

    Além do benefício financeiro a longo prazo e agilidade no transplante, uma vez implantada a metodologia para exames PRA, há a possibilidade de realizar testes para acompanhamento dos pacientes no pós-transplante, identificando precocemente o início de processos de rejeição. Isto evitaria a necessidade de medicamentos de alto custo, procedimentos de biópsia e até mesmo a perda do órgão e volta do paciente para lista de espera.

    A equipe do LIG é composta de cinco professores, envolvidos com a prestação de serviços, uma técnica de nível superior, três técnicos de nível médio e uma agente administrativa. Segundo Bahls, no momento, está sendo buscado maneiras de ampliar a equipe para conseguir cobrir o plantão de sobreaviso 24h/dia nos 365 dias do ano, conforme exigência da CET-PR. “Com a equipe que temos hoje conseguimos montar a escala de plantão, porém precisamos de pessoal para cobrir férias, licenças e, principalmente, para os períodos de recesso da UEM”, alerta.

    Autorização eletrônica de doação de órgãos

    Os cartórios de todo o País lançaram na semana passada um documento eletrônico que permite a oficialização da vontade dos cidadãos que querem ser doadores de órgãos. A partir de agora, quem desejar se tornar doador de órgãos poderá preencher a Autorização Eletrônica de Doação de Órgãos (Aedo) em qualquer um dos 8,3 mil cartórios de notas do país. A emissão é gratuita e o preenchimento do documento on-line.

    As autorizações ficarão disponíveis em um sistema eletrônico e poderão ser acessadas pelos profissionais de saúde para comprovar o desejo de quem faleceu. O cidadão poderá autorizar a doação dos seguintes órgãos: coração, pulmão, rins, intestino, fígado, pâncreas, medula, pele e músculo esquelético.

    Iniciativa vai favorecer a doação de órgãos no Brasil. As doações de órgãos possibilitaram 9,2 mil transplantes no País, em 2023. O número representa aumento de 13% em relação ao ano de 2022.

    O Paraná manteve a liderança nacional em doações de órgãos em 2023, registrando 42,5 doadores por milhão de população (pmp). Em números absolutos são 486 doadores efetivos. Os dados são do Registro Brasileiro de Transplantes (RBT), elaborado e divulgado pela Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO) nesta semana. A média do Brasil foi 19,9 pmp.

    As doações de órgãos ocorrem somente após o diagnóstico da morte encefálica e precisam ser autorizadas pela família do doador, mesmo que o paciente tenha registrado em vida a vontade de ser doador. Todas as famílias dos potenciais doadores passam por uma conversa com as equipes de saúde para esclarecer dúvidas e receberem orientações quanto à possibilidade da doação de órgãos.

    O RBT apontou que o Paraná possui a menor taxa de recusa familiar para doação do Brasil. O Estado registrou 27% de recusa durante as entrevistas familiares, enquanto a média nacional foi de 42% no ano.

    A Central Estadual de Transplantes (CET) fica em Curitiba e é responsável pela coordenação das atividades de doação e transplantes em todo Estado. Além disso, conta com quatro Organizações de Procura de Órgãos (OPOs), na Capital, Londrina, Maringá e Cascavel. Estas unidades trabalham na orientação e capacitação das equipes distribuídas em 67 hospitais do Paraná, que mantêm Comissões Intra-Hospitalares de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes (CIHDOTT).

    (Com informações da Agência Brasil e Agência Estadual de Notícias.)

    Foto: UEM

    uem-na-midia
    06-04-2024
    No primeiro trimestre de 2024, 3.009 exames para dengue foram realizados no Laboratório de Ensino e Pesquisa em Análises Clínicas (Lepac), localizado no câmpus sede da Universidade Estadual de Maringá (UEM). Destes, 1.331, ou 44%, tiveram resultado positivo. Além de evidenciarem o agravamento da epidemia, os números comprovam o papel crucial da UEM no combate à dengue em Maringá e região.

    Os dados representam o maior número de exames de dengue em um único trimestre no Lepac ao menos, desde 2021, quando teve início um levantamento realizado pelos pesquisadores do laboratório. Em relação ao mesmo período do ano passado, o número mais que quintuplicou – foram 569 testes realizados entre janeiro e março de 2023, segundo a supervisora do Lepac, Fabiana Nabarro Ferraz.

    De acordo com o mais recente Informe Epidemiológico da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), divulgado na última terça-feira (2), a epidemia segue crescendo no estado. Na última semana, o Paraná registrou 23.396 novos casos de dengue, maior índice semanal de todo o período epidemiológico, iniciado em julho de 2023. Na 15ª Regional de Saúde, sediada em Maringá, o número de casos confirmados ultrapassa 12,7 mil, com três óbitos, desde o início da epidemia.

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    Com equipamentos de ponta para a realização de exames de dengue e outras doenças, o Lepac é um laboratório de referência para a macrorregião Noroeste do Paraná, que abrange 115 municípios. No caso da dengue, são analisadas amostras coletadas por unidades de saúde dos 30 municípios que compõem a 15ª Regional de Saúde. Os exames são gratuitos e os resultados, que ajudam no monitoramento da doença na região, ficam prontos entre sete e 15 dias após a testagem.

    A professora do Departamento de Análises Clínicas e Biomedicina (DAB) e coordenadora do laboratório, Regiane Bertin de Lima Scodro, afirma que o Lepac atua junto às redes estadual e nacional de saúde, em especial ao Laboratório Central do Estado (Lacen), para suprir a demanda durante a epidemia.

    “Mesmo com o aumento significativo da procura por exames para o diagnóstico da dengue, o Lepac tem mantido comunicação direta com o Lacen Paraná, de forma a garantir a continuidade dos exames para este diagnóstico”, destacou. “O Lacen e o Ministério da Saúde buscam essa descentralização, para que todas as regiões tenham um acesso mais rápido ao diagnóstico, e o Lepac vem contribuindo com a macrorregião Noroeste do Paraná”, completou.

    Um dos diferenciais do Lepac é a realização de testes por meio de diferentes técnicas, a depender do tempo de infecção e dos sintomas do paciente. Em 2024, mais de 2,5 mil diagnósticos foram obtidos por testes de sorologia, também chamados de Elisa (sigla em inglês para “ensaio de imunoabsorção enzimática”).

    O método é capaz de identificar anticorpos e proteínas virais presentes no organismo.Já o exame denominado “pesquisa de arbovírus” usa equipamentos de ponta para detectar e diferenciar o material genético dos vírus causadores de dengue, zika e chikungunya, todas transmitidas pelo mesmo mosquito. O termociclador em tempo real QuantStudio 5 e o extrator TANBead, ambos cedidos pelo Ministério da Saúde, são os aparelhos usados no procedimento, realizado quase 500 vezes pelo Lepac neste ano.
    Crescimento esperado
    A alta nos casos de dengue em todo o Brasil – e em diversas partes do mundo – tem um motivo principal: o aquecimento global. Conforme o professor do DAB e coordenador do setor de Virologia Clínica do Lepac, Dennis Armando Bertolini, as mudanças climáticas globais ajudam a explicar o crescimento da população do Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue e de outras arboviroses.

    “O aumento na temperatura, associado com as chuvas e a umidade, favorece a proliferação do mosquito da dengue. Considerando já a realidade de aumento de criadouros do inseto, que vem se repetindo ano após ano, isso tem favorecido, e muito, o crescimento da epidemia”, explicou.

    Nesse contexto, a prevenção passa por ações de combate aos vetores da dengue. A eliminação de focos de água parada, onde podem se desenvolver as larvas do mosquito, é um dever de todos. “Entre 90% e 93% dos criadouros do inseto são culpa do homem. São objetos como vasos, bandejas, garrafas plásticas, embalagens, pneus, dejetos de material de construção civil, que fazem a reserva de água. Então, o que a população pode fazer é diminuir esses criadouros. Nesse momento em que nós estamos, também seria importante a utilização de repelentes, especialmente no período diurno”, reforçou.

    A vacinação de crianças e adolescentes de 10 a 14 anos de idade, disponível no Sistema Único de Saúde (SUS), também é uma medida essencial para a desaceleração do crescimento da doença no país.

    Bertolini alerta que, em caso de suspeita de dengue, é importante procurar atendimento médico o quanto antes. Os principais sintomas são febre, mal-estar, dores no corpo, na cabeça e atrás dos olhos e, em alguns casos, manchas vermelhas na pele. O tratamento, realizado com acompanhamento médico, tem foco no controle dos sintomas, para evitar que a doença evolua a um quadro grave, que pode levar à morte.

    Estudo e pesquisa reforçam combate à dengue
    Além dos serviços prestados à população, Lepac e DAB contribuem com o combate à dengue por meio da realização de pesquisas e da capacitação de futuros profissionais.

    O Lepac serve como ambiente de estudo e aprendizado para graduandos em Biomedicina e Farmácia, que desenvolvem atividades práticas e estágios profissionais no local. Além disso, junto a outros laboratórios do departamento, o Lepac dá suporte a projetos de pesquisa para o desenvolvimento de novas ações e tecnologias que auxiliem no controle da dengue.

    Também coordenado pelo professor Dennis Armando Bertolini, o laboratório de Virologia Clínica, vinculado ao DAB, desenvolve pesquisas que dão suporte à tomada de decisão do poder público. “Estamos trabalhando, atualmente, para tentar padronizar uma metodologia que detecte o vírus já no inseto. A ideia é disponibilizar essa ferramenta aos municípios, para que, quando detectarmos a presença de insetos em determinadas regiões, capturando esse inseto, conseguiríamos verificar se ele está ou não infectado com o vírus”, ressaltou.

    Em parceria com os departamentos de Geografia (DGE) e Estatística (DES), pesquisadores do DAB também realizam o mapeamento dos casos de dengue em Maringá. “Nós temos projetos que fazem levantamentos, em tempo real, de onde os casos de dengue estão acontecendo, para que o município possa atuar de forma mais imediata no controle do vetor. Também estamos trabalhando na elaboração de um controle mais informativo para os gestores de toda a 15ª Regional de Saúde”, completou.

    Novas pesquisas, segundo Bertolini, estão em fase de captação de recursos. Os projetos envolvem a detecção de biomarcadores para os casos graves da doença e o monitoramento da diversidade genética do vírus.
    Outras ações, como os atendimentos do Hospital Universitário Regional de Maringá (HUM), a campanha “UEM contra a Dengue”, realizada pelo Gabinete da Reitoria (GRE), e o Projeto de Revitalização do Câmpus Sede, reforçam o compromisso da Universidade com o controle da epidemia.

    Serviço
    Laboratório de Ensino e Pesquisa em Análises Clínicas (Lepac)

    Localização: Bloco K-10, no câmpus sede da UEM.

    Atendimento: de segunda a sexta-feira, entre 7h20 e 11h30 e 13h e 17h.

    Telefone para contato: (44) 3011-4317.

    Fotos: UEM

    uem-na-midia
    25-04-2024
    Um estudo conduzido pelo Câmpus Regional do Noroeste (CRN), localizado em Diamante do Norte, pertencente à Universidade Estadual de Maringá (UEM), visa a implantação de um centro de produção de rainhas de abelhas Apis mellifera africanizada. O foco desse centro é a seleção e melhoramento genético, com o objetivo de incentivar os produtores de mel da região.

    Coordenado pela zootecnista Alessandra Benites, doutoranda pelo Programa de Pós-Graduação em Zootecnia (PPZ) e orientanda do professor Vagner de Alencar Arnaut de Toledo, o projeto busca aprimorar a qualidade das abelhas rainhas, o que pode ter um impacto significativo na produção de mel.

    No último sábado, dia 20 de abril, ocorreu o 1º Dia de Campo de Apicultura na cidade, reunindo estudantes, professores, servidores técnicos e parceiros da UEM. A iniciativa, organizada pelo CRN em parceria com o PPZ, contou com a presença de 27 produtores locais de mel. Esses produtores, vinculados à Associação dos Apicultores Orgânicos do Rio Paraná e à Cooperativa dos Apicultores do Rio Paraná, foram capacitados durante o evento.

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    O estudo também prevê a futura introdução de abelhas geneticamente melhoradas no CRN e na Fazenda Experimental de Iguatemi (FEI). Para viabilizar o centro de produção de rainhas, cada produtor doou uma colônia de abelhas, contribuindo para aumentar a variabilidade genética do plantel.

    As atividades de capacitação incluíram palestras sobre sanidade apícola, nutrição, seleção genética, introdução de rainhas, técnicas de manejo e aspectos econômicos da apicultura. Além disso, os participantes tiveram a oportunidade de realizar atividades práticas no apiário experimental do CRN e degustar o mel produzido localmente.

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    O diretor do CRN, Marcos Paulo Alberto Pereira, ressaltou a importância da ciência e da extensão universitária para o desenvolvimento local. Segundo ele, a universidade desempenha um papel fundamental na disseminação de tecnologias inovadoras e métodos de manejo excelentes.

    O prefeito de Diamante do Norte, Eliel Correia dos Santos, e o secretário municipal de Agricultura e Turismo, Wilson Fernandes Lisboa, também participaram das atividades e agradeceram o trabalho realizado pela UEM, Associação dos Apicultores e Cooperativa.

    A parceria entre a Associação dos Apicultores Orgânicos e a UEM para o melhoramento genético das rainhas de Apis mellifera africanizada promete trazer avanços significativos para a apicultura da região, contribuindo para o aumento da renda dos produtores.

    Produção de Mel no Paraná: O Paraná é o segundo principal produtor nacional de mel, com 7.844 toneladas produzidas pela espécie Apis mellifera em 2020. Isso representa 15,2% de toda a produção nacional. A apicultura, caracterizada pela exploração econômica e racional das abelhas, desempenha um papel relevante na economia do estado. De acordo com a Pesquisa Pecuária Municipal (PPM) do IBGE, em 2020, as abelhas produziram 51.508 toneladas de mel, resultando em R$ 621,447 milhões em Valor Bruto de Produção (VBP).

    *Com informações Agência Estadual de Notícias

    uem-na-midia
    03-05-2024
    O Museu Dinâmico Interdisciplinar (Mudi), da Universidade Estadual de Maringá (UEM), não receberá visitas até o final do mês de maio. As atividades estarão suspensas por conta da participação do Museu na Exposição Feira Agropecuária, Industrial e Comercial de Maringá – Expoingá.

    A Feira, que completa 50 edições e ocorre entre 9 a 19 de maio, vai contar com parte do acervo científico do Mudi – Museu Dinâmico Interdisciplinar da UEM.

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    Você deve estar se perguntando: o que a ciência produzida no Museu e a Expoingá tem a ver? Quem explica um pouco mais sobre essa relação inusitada é o coordenador do Mudi, professor Celso Conegero, que nos lembra que “não existe forma melhor da Universidade prestar serviço à sociedade do que a participação em eventos que recebem um grande número de pessoas, como a Expoingá. Quem visitar a Feira Agropecuária terá a oportunidade de ter acesso ao conhecimento que é produzido dentro da universidade. Essa parceria é fantástica!”.

    Durante os 11 dias da Expoingá, os visitantes poderão curtir algumas das atrações mais populares do Mudi, incluindo o giroscópio humano, que simula a gravidade zero e a exposição de zoologia, com diversos animais empalhados. Além disso, o Projeto Tabagismo estará presente para cadastrar e oferecer apoio aos interessados em parar de fumar.

    As expectativas para a participação do Mudi na Expoingá deste ano são altas, com estimativas de superar a média de visitantes do ano anterior, conta Conegero. Cerca de 100 pessoas, incluindo voluntários, estudantes, professores e técnicos da UEM, estão envolvidas para garantir o sucesso da participação do Museu.

    Para saber mais sobre a programação completa do Mudi na Expoingá 2024, siga o Instagram do Mudi e acesse o site. Assim você ficará por dentro da cobertura do evento.

    Texto produzido em colaboração com a bolsista do Mudi, Luiza da Costa, aluna do curso de Comunicação e Multimeios da UEM

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    02-05-2024
    Em comemoração ao Dia Nacional de Combate ao Assédio Moral no Trabalho, a Universidade Estadual de Maringá (UEM) reforça seu compromisso contra o assédio, a discriminação e o preconceito com novas iniciativas educativas. A campanha “UEM sem Assédio” avança com a elaboração de um cronograma de cursos e palestras focados na conscientização e prevenção dessas práticas nocivas.

    A vice-reitora Gisele Mendes destaca a importância da capacitação dos servidores para promover um tratamento igualitário e respeitoso, independente de raça, cor, sexo, religião ou qualquer outra condição. A campanha já resultou em um aumento nas denúncias de assédio moral, que representam cerca de 75% do total, indicando uma maior conscientização sobre o tema.

    Falece o empresário Francisco Morales, 78 anos, pioneiro do comércio da Avenida Brasil
    Polícia Militar promove seminário para discutir prevenção e combate ao assédio moral e sexual
    Maringá e outros 40 municípios aderem à campanha de combate ao assédio no Carnaval
    Número de engenheiras aumenta quase 50% na região de Maringá. Homens são maioria nas obras e elas criam movimento contra assédio
    Pesquisa revela que mulheres sofrem assédio também no mercado da comunicação
    A Ouvidoria da UEM, liderada por Rejane Sartori, e o procurador do Trabalho, Lucas Barbosa Brum, observam um crescimento significativo nas denúncias de assédio no trabalho, refletindo uma ampliação do debate e uma maior conscientização dos direitos dos trabalhadores. Brum enfatiza que o assédio moral é uma violência psicológica caracterizada por condutas abusivas e sistemáticas que afetam a dignidade e liberdade dos indivíduos.

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    A UEM oferece canais exclusivos para denúncias e assistência às vítimas, incluindo suporte social, psicológico e jurídico. A vice-reitora ressalta a aprovação da Resolução 063/2024, que prevê punições expressas para casos de assédio e perseguição na universidade, e enfatiza a necessidade de um ambiente de trabalho respeitoso e produtivo.

    A campanha “UEM sem Assédio” também planeja cursos sobre Direitos Humanos, prevenção ao assédio sexual, respeito às diversidades e comunicação não violenta, visando a integração e informação dos servidores sobre as políticas e normativas da instituição. Enquanto isso, o Senado avalia o Projeto de Lei 1.521/2019 para tipificar e punir o assédio moral no ambiente profissional.

    Medidas de prevenção

    Algumas atitudes são importantes para fazer cessar o assédio e evitar que ele se propague e se agrave no ambiente de trabalho:

    Evitar permanecer sozinha(o) no mesmo local que o(a) assediador(a).
    Anotar, com detalhes, todas as práticas abusivas sofridas: dia, mês, ano, hora, local ou setor, nome do(a) agressor(a), colegas que testemunharam os fatos, conteúdo das conversas e o que mais achar necessário.
    Dar visibilidade, procurando a ajuda dos colegas, principalmente daqueles que testemunharam o fato ou que são ou foram vítimas.
    Reunir provas, como bilhetes, e-mails, mensagens em redes sociais e outros.
    Livrar-se do sentimento de culpa, uma vez que a irregularidade da conduta não depende do comportamento da vítima, mas sim do agressor.
    Denunciar aos órgãos de proteção e defesa dos direitos das mulheres ou dos trabalhadores, inclusive o sindicato profissional.
    Comunicar aos superiores hierárquicos, bem como informar por meio dos canais internos da empresa, tais como ouvidoria, comitês de ética ou outros meios idôneos disponíveis.
    Buscar apoio junto a familiares, amigos e colegas.
    Relatar o fato perante a Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA) e ao Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho (SESMT).
    Denúncias on line: Site UEM sem Assédio

    *Com informações, assessoria de imprensa/UEM

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