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    21-10-2024
    O composto avaliado é o artepillin C, isolado em laboratório, já analisado em outras pesquisas que mostraram atividade anticâncer em linhagens celulares de câncer de próstata, fígado, cólon, pulmão, renal, oral, cervical, gástrico e na leucemia, com resultados promissores.

    Um projeto desenvolvido por pesquisadores da Universidade Estadual de Maringá (UEM), apoiado pelo Programa de Pesquisa Universal (Básica e Aplicada) da Fundação Araucária, estuda o uso de um composto de origem natural encontrado na própolis brasileira para o tratamento de câncer de mama. O composto avaliado é o artepillin C, isolado em laboratório, já analisado em outras pesquisas que mostraram atividade anticâncer em linhagens celulares de câncer de próstata, fígado, cólon, pulmão, renal, oral, cervical, gástrico e na leucemia, com resultados promissores.

    A coordenadora do projeto e professora do Departamento de Análises Clínicas e Biomedicina da UEM, Vânia Ramos Sela da Silva, explica que estudos científicos mostram que o artepillin C apresenta importantes efeitos benéficos como ação antioxidante e anti-inflamatória, e por isso o seu efeito anticâncer também tem sido investigado.

    “Há poucos estudos sobre os efeitos do artepillin C em câncer de mama. Em nossa pesquisa usamos um modelo de cultura de células 3D, que é o modelo in vitro muito importante a ser utilizado nas pesquisas envolvendo o câncer, pois consegue representar maiores semelhanças com o tumor no organismo”, diz.

    Ela destaca que outras substâncias naturais e seus derivados são utilizados atualmente como agentes quimioterápicos. Além disso, alguns compostos naturais podem ajudar no tratamento de quimioterapia e radioterapia limitando os efeitos mais severos da terapia anticancerígena.

    “O artepillin C tem demonstrado promissora atividade em vários tipos de câncer e o nosso estudo tem mostrado atividade anticâncer deste composto também em células de câncer de mama. No entanto, estes resultados são ainda preliminares, e para ser usado efetivamente no tratamento para o câncer ele precisa passar por estudos clínicos, que serão essenciais para comprovar sua ação no organismo”, enfatiza Vânia.

    Sendo o câncer de mama o tipo mais comum da doença entre as mulheres em todo o mundo, sem considerar o câncer de pele não melanoma, é um importante problema de saúde pública que, segundo a coordenadora do projeto, requer a busca de novas estratégias de tratamento. “Por ser uma doença com tratamento limitado, com muitos efeitos adversos, e que nem sempre se obtém êxito, é de extrema importância a busca por novas estratégias que possam ser possíveis opções terapêuticas ou adjuvantes no seu tratamento”, afirma.

    PESQUISA EM BENEFÍCIO DA SOCIEDADE - A Fundação Araucária já fomentou 78 projetos relacionados à temática do câncer em vários de seus programas. Os recursos investidos nas últimas edições do Programa Institucional de Pesquisa Universal (Básica e Aplicada), que fomentou o projeto sobre o uso do artepillin C no tratamento do câncer de mama, vêm aumentado consideravelmente.

    Em 2021 foram destinados ao programa R$ 8 milhões, e na última chamada, lançada este ano, estão sendo investidos R$ 30 milhões pelo Governo do Estado, por meio da Secretaria da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti) e pela Fundação Araucária.

    “Este investimento é essencial para que as instituições de ciência e tecnologia do Paraná continuem a desempenhar um papel de protagonismo no cenário científico nacional, gerando conhecimento e inovação que impulsionam diretamente o desenvolvimento do nosso estado e refletem em benefícios para a população”, afirmou a gerente de Pesquisa e Desenvolvimento da Fundação Araucária, Fátima Padoan.

    parana-amplia-oferta-de-cursos-de-pos-graduacao-na-rede-estadual-de-ensino-superior
    18-10-2024
    São três novas opções de mestrado e seis de doutorado nas universidades estaduais de Maringá (UEM), de Ponta Grossa (UEPG), do Oeste do Paraná (Unioeste), do Centro-Oeste (Unicentro) e do Norte do Paraná (UENP).

    A pesquisa científica no Sistema Estadual de Ensino Superior do Paraná ganhou impulso em 2024 com a implantação de nove cursos de pós-graduação nas áreas de ciências ambientais, computação, design, educação em ciências, filosofia, jornalismo, políticas públicas, química e tecnologia educacional. São três novas opções de mestrado e seis de doutorado nas universidades estaduais de Maringá (UEM), de Ponta Grossa (UEPG), do Oeste do Paraná (Unioeste), do Centro-Oeste (Unicentro) e do Norte do Paraná (UENP).

    Os cursos foram aprovados pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), fundação ligada ao Ministério da Educação (MEC). A instituição atua na avaliação de propostas para novos programas acadêmicos e profissionais de pós-graduação stricto sensu, modalidade voltada para uma formação avançada em áreas específicas do conhecimento, com foco em pesquisa e produção científica. A expectativa é que as novas vagas sejam ofertadas a partir do próximo ano.

    Juntas, as sete universidades vinculadas ao Governo do Paraná somam 211 cursos de mestrado em 63 campos do conhecimento, sendo 167 opções de mestrado acadêmico. Os 44 restantes são cursos de mestrado profissional, uma modalidade voltada para a aplicação de conhecimentos teóricos à prática profissional, além do desenvolvimento de projetos e soluções inovadoras para os desafios do mercado. As instituições estaduais de ensino superior contam, ainda, com um total de 110 cursos de doutorado, que abrangem 54 áreas de pesquisa.

    Com um corpo docente qualificado e linhas de pesquisas que abordam temas relevantes e atuais para a sociedade e a ciência, os programas de pós-graduação das universidades estaduais estão distribuídos em vários câmpus, localizados em mais de 30 cidades, em todas as regiões do território paranaense. Essa capilaridade contribui diretamente para a interiorização do ensino superior no Estado.

    Para o secretário de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti), Aldo Nelson Bona, a aprovação de novos programas de pós-graduação nas universidades estaduais demonstra a maturidade da rede de Ensino Superior. “Cada vez mais o quadro de professores tem sido preenchido por profissionais com titulação de doutorado, com boa produção acadêmica”, afirma.

    “Em paralelo, o Governo do Estado está investindo na infraestrutura das nossas universidades, o que aumenta a competitividade nos campos da ciência e tecnologia, contribuindo com a aprovação de novos programas de pós-graduação e ampliando a produção científica”, acrescenta.

    NOVOS CURSOS – A UEM irá ofertar vagas para cursos de mestrado em Design no câmpus de Cianorte e para os doutorados em Filosofia e em Políticas Públicas em Maringá, no Noroeste do Paraná. Também conquistou aprovação para o Curso de Mestrado Profissional em Processos e Tecnologias Educacionais, em Maringá. Essa pós-graduação será desenvolvida em rede com outras sete universidades, localizadas nos estados do Amazonas, do Ceará, do Maranhão, do Mato Grosso, de Minas Gerais, do Pará e de Pernambuco.

    Em Ponta Grossa, na região dos Campos Gerais, a UEPG passa a ofertar o curso de doutorado em Jornalismo, com um ambiente propício para a pesquisa e a produção de conhecimento científico na área da comunicação. A Unioeste oferecerá vagas em dois cursos de doutorado: em Conservação e Manejo de Recursos Naturais, no câmpus de Cascavel, e em Química, no câmpus de Toledo. Atualmente, a estadual do Oeste do Paraná conta com cursos de mestrado nessas duas áreas.

    A Unicentro passa a ofertar o curso de doutorado profissional em Ensino de Ciências Naturais e Matemática, em Guarapuava, no Centro-Sul. Essa nova pós-graduação abrange diferentes linhas de pesquisa, como o desenvolvimento de novas metodologias de ensino, a integração de tecnologias digitais no ensino de ciências e a formação continuada de professores.

    A UENP fecha o conjunto de novos cursos de pós-graduação com um mestrado profissional em Ensino de Computação, cujas vagas serão ofertadas no câmpus de Bandeirantes, no Norte do Estado. O curso será desenvolvido em rede, com mais 16 instituições de 15 estados brasileiros: Amazonas, Bahia, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, São Paulo e Sergipe.

    uem-esta-entre-as-quatro-estaduais-do-pais-que-mais-pesquisam-biodiversidade
    21-10-2024
    Reconhecimento vem do Top 30 das instituições de ensino superior da América Latina que mais produzem sobre o tema, segundo relatório da editora acadêmica holandesa Elsevier. A UEM figura na 21ª posição entre as brasileiras e na 28ª das latino-americanas.

    A Universidade Estadual de Maringá (UEM) está entre as quatro universidades estaduais do Brasil que mais pesquisam biodiversidade, segundo o ranking Top 30, publicado pela renomada editora acadêmica holandesa Elsevier, especializada em publicação científica mundial. Dentre as brasileiras da lista, apenas duas são paranaenses: UEM e Universidade Federal do Paraná (UFPR).

    De acordo com o ranking, o Brasil se destaca entre os países latino-americanos. Das 30 universidades listadas, 22 são brasileiras, sendo 18 federais e quatro estaduais.

    A UEM figura como a única estadual da região Sul. Ela integra o grupo das estaduais com três de São Paulo: Universidade de São Paulo (USP), Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (Unesp) e a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). A estadual paranaense aparece na 21ª posição entre as brasileiras mais bem avaliadas e em 28ª entre as universidades latino-americanas. O ranking é formado também por universidades da Argentina, Chile, Colômbia e México.

    CONHECIMENTO CIENTÍFICO - O reitor da UEM, Leandro Vanalli, afirma que a inclusão da Universidade no ranking confirma o importante papel da instituição na produção do conhecimento científico. “Estar ao lado de universidades de renome é uma conquista que reflete o empenho de nossa comunidade acadêmica, composta por docentes, pesquisadores e estudantes dedicados a produzir ciência de impacto global, especialmente em um tema tão relevante para a preservação da vida, o meio ambiente e o desenvolvimento sustentável”, disse Vanalli.

    “Este resultado nos incentiva a continuar investindo na pesquisa e na inovação, contribuindo para a preservação de nossa rica biodiversidade e para o avanço da ciência no Brasil. Nossa posição no ranking é, acima de tudo, uma vitória coletiva, e agradeço a todos que se empenham diariamente para o crescimento e a consolidação da UEM.”

    Para o pró-reitor de Planejamento e Desenvolvimento Institucional, Maurício Reinert do Nascimento, o recente destaque da UEM neste ranking reflete o trabalho contínuo de seus grupos de pesquisa, como o Nupelia (Núcleo de Pesquisas em Limnologia, Ictiologia e Aquicultura) e as iniciativas em agroecologia. Segundo ele, o relatório mostra como o Brasil está fazendo investimentos estratégicos em áreas fundamentais para o País, como a biodiversidade. “O Brasil é referência nessa área de pesquisa, e isso se deve, em grande parte, à nossa rica biodiversidade, que é uma parte importante de nossa identidade”, destaca.

    O pró-reitor ressalta, ainda, o fato de a UEM, como uma universidade do Interior do Paraná, se destacar ao lado de instituições relevantes no País e na América Latina. “O Nupelia, por exemplo, é uma referência não apenas no País, mas no mundo, e segue recebendo investimentos para expandir e aprofundar o conhecimento gerado aqui”.

    Luiz Felipe Velho, vice-coordenador do Lupélia, também enfatiza que este ranking coloca a UEM entre as mais famosas universidades estaduais e as principais federais do País, evidenciando sua produção científica na área de biodiversidade.

    “Temos vários grupos de pesquisa na UEM trabalhando com biodiversidade, mas, sem dúvida nenhuma, as quatro décadas de produção científica do Nupelia e as três décadas do Programa de Pós-Graduação em Ecologia de Ambientes Aquáticos Continentais, o PEA, têm contribuído enormemente para o estudo da biodiversidade, não só no Paraná, como também no Brasil e são os principais responsáveis por esse destaque da UEM nesta área.”

    Segundo ele, o PEA é um curso de pós-graduação em Ecologia com nota 7 pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), que tem focado seus estudos na Planície de Inundação do Alto Rio Paraná, e mais especificamente sobre a biodiversidade desse ecossistema. O vice-coordenador do Nupelia, ainda citou o Programa de Pós-Graduação em Ciências Biológicas (PBC) e o programa de Pós-Graduação em Biologia Comparada (PGB) que realizam pesquisas em biodiversidade e colaboram para o posicionamento da UEM neste ranking.

    LONGEVOS - A coordenadora do Nupelia, Susicley Jati, avalia que o bom posicionamento da UEM na área é motivo de orgulho para os pesquisadores do programa e destacou vários projetos, inclusive dois longevos. “Um deles é o Projeto de Pesquisas Ecológicas de Longa Duração (Peld), financiado pelo CNPq, que está sendo desenvolvido há 23 anos. Além dele, outro que existe há mais tempo é o Monitoramento de Macrófitas Aquáticas, mantido em parceria com a Itaipu Binacional, que inspeciona os principais braços do reservatório no lado brasileiro desde 1995”.

    Susicley acrescentou que, em rede com outras instituições do Estado, os pesquisadores do Nupelia estão coordenando três estudos do Novo Arranjo de Pesquisa e Inovação (NAPI): o de Serviços Ecossistêmicos, Taxonline e Emergência Climática. “Existem ainda outros projetos de biodiversidade que foram firmados diretamente com os pesquisadores, entre eles o Amazônia +10, da professora Evanilde Benedito, e o projeto Biocar, que relaciona biodiversidade com a produção de carbono do professor Roger Paulo Mormul.”

    RELATÓRIO ELSEVIER - No geral, o relatório revela o estado atual da pesquisa sobre a biodiversidade em todo o mundo, com ênfase na América Latina. Do total, 32% das pesquisas globais publicadas sobre biodiversidade são da Europa e 11% da América Latina, com Brasil e México liderando esse campo, representando 58% do total de pesquisas realizadas na região. Na classificação mundial, o Brasil é o quinto país que mais produz pesquisa na área, ficando atrás apenas dos Estados Unidos, China, Reino Unido e Alemanha.

    Na América Latina, o Brasil é responsável por 43,5% de todas as pesquisas sobre biodiversidade, seguido pelo México com 14,5%, Argentina com 9,8% e Colômbia com 7,7%.

    O relatório revela que, apesar de a América Latina ter uma presença relativamente pequena na produção científica mundial em números absolutos, sua contribuição para pesquisas sobre biodiversidade é três vezes maior que a média global. Em termos proporcionais, a região concentra muito mais esforços nesse campo, evidenciando a relevância do tema para a conservação da diversidade biológica.

    universidades-estaduais-do-parana-saltam-de-posicao-em-ranking-internacional
    15-10-2024
    Líder no grupo das estaduais da região Sul, neste ano, a UEL conquistou 13 posições nacionais no World University Ranking (WUR), passando da 48ª colocação para a 35ª entre as brasileiras mais bem avaliadas. Seguindo a mesma linha, a UEPG saltou 15 posições, da posição 54 para a 39. A UEM e a Unioeste estão nas posições 44 e 47 do Brasil, respectivamente.

    As universidades estaduais de Londrina (UEL), de Maringá (UEM), de Ponta Grossa (UEPG) e do Oeste do Paraná (Unioeste) ocupam mais uma vez posições relevantes no World University Ranking (WUR), segundo a consultoria britânica Times Higher Education (THE), empresa especializada em dados do ensino superior. A versão de 2025 do ranking, divulgada neste mês de outubro, classificou 2.092 instituições de ensino superior de 115 países, sendo 61 universidades do Brasil, entre públicas e privadas.

    Líder no grupo das estaduais da região Sul, neste ano, a UEL conquistou 13 posições nacionais, passando da 48ª colocação para a 35ª entre as brasileiras mais bem avaliadas. Seguindo a mesma linha, a UEPG saltou 15 posições, da posição 54 para a 39. A UEM e a Unioeste estão nas posições 44 e 47 do Brasil, respectivamente, o que confirma a qualidade acadêmica do ensino superior público paranaense.

    De acordo com a metodologia da consultoria, cada instituição é avaliada a partir de 18 indicadores de desempenho, que compõe cinco categorias de notas: ensino; ambiente de pesquisa; qualidade de pesquisa; perspectivas internacionais; e relação com a indústria.

    Considerando somente o primeiro índice dessa lista, que avalia especificamente a qualidade do ensino, as quatro estaduais paranaenses estão entre as 30 melhores universidades brasileiras. A UEL ocupa a posição 17; a UEM, 19; a Unioeste, 27; e a UEPG, 30.

    Para a reitora da UEL, Marta Regina Gimenez Favaro, a presença da instituição em rankings nacionais e internacionais evidencia a excelência das universidades estaduais.

    “Nós temos ensino e pesquisa de qualidade produzidos dentro da universidade que retornam para a sociedade, por meio de profissionais qualificados, de atividades de extensão e de serviço. Isso significa que estamos cumprindo nossa missão, comprometidos com o desenvolvimento, com transformação social, econômica, política e cultural do país”, afirma a gestora.

    INTERNACIONALIZAÇÃO – Nesta edição, a THE classificou a UEPG em 37º lugar no indicador que analisa a perspectiva internacional, sendo a mais bem avaliada nesse critério entre as instituições que compõem o Sistema Estadual de Ensino Superior do Paraná.

    Nesse tópico são considerados aspectos como a proporção de professores estrangeiros em relação ao total de docentes das instituições, a porcentagem de alunos estrangeiros matriculados e a quantidade de publicações acadêmicas realizadas em colaboração com instituições de outros países.

    O reitor da UEPG, Miguel Sanches Neto, comentou sobre as medidas adotadas pela instituição para a consolidação de uma universidade mais plural e internacionalizada. “São várias as medidas que colocam a UEPG em destaque na internacionalização. Nós temos ampliado o contato dos nossos alunos, professores e servidores com outras universidades que, assim como nós, estão preocupadas em construir uma rede internacional”, explica.

    Esse indicador reflete a capacidade de as universidades atraírem talentos de outras nações, além de incentivar a cooperação internacional em estudos científicos, fatores importantes para o intercâmbio e a pesquisa. As outras estaduais do Paraná figuram, nesse critério, nas posições 47 (UEL), 55 (UEM) e 58 (Unioeste), entre as instituições brasileiras.

    METODOLOGIA – Para produzir os indicadores relacionados à pesquisa, a THE analisa uma série de dados bibliométricos, como a quantidade de pesquisas publicadas e citações, a partir da plataforma Scopus da empresa holandesa Elsevier, especializada em conteúdo científico.

    Ao todo, foram mais de 157 milhões de citações analisadas, em 18 milhões de publicações acadêmicas reunidas na plataforma. Os critérios de avaliação também utilizam dados fornecidos pelas universidades e provenientes de pesquisas realizadas nas instituições de ensino superior.

    com-foco-em-inovacao-encontro-discute-fortalecimento-dos-museus-universitarios
    09-10-2024
    Encontro faz parte da programação do Paraná Faz Ciência, que acontece na UEM. Objetivo é contribuir para a disseminação do conhecimento produzido nas universidades para a população. Há mostra de acervos de alguns museus e ocorrerá capacitação de gestores e profissionais destes espaços.

    A popularização do conhecimento científico, os desafios da inclusão e a adaptação de museus históricos à inovação tecnológica marcaram os temas das palestras do segundo dia do Encontro Paranaense de Museus Universitários, em Maringá, no Noroeste do Paraná. A programação segue até esta quinta-feira (10), com a participação de estudantes, pesquisadores e profissionais em espaço de troca de experiências e identificação de oportunidades de cooperação institucional.

    O evento tem como objetivo discutir a contribuição dos museus na disseminação do conhecimento produzido nas universidades de forma ampla e acessível para a população, com destaque para a diversidade científica e cultural dos museus universitários no cenário acadêmico e na sociedade. A iniciativa é da Rede Estadual de Museus, Centros de Memórias, Documentação e Acervos Universitários do Paraná (Remup), instituída pela Secretaria da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti) para impulsionar os espaços museológicos das universidades ligadas ao Governo do Estado.

    Durante o encontro, especialistas discutiram a inserção dos museus nos programas de graduação e pós-graduação para fortalecer a formação acadêmica, o papel dos museus de ciências na popularização do conhecimento científico e os desafios e estratégias para implementar iniciativas de inclusão. A programação também debateu o papel dos museus históricos em meio aos avanços tecnológicos e a sustentabilidade dos museus universitários do Paraná, reforçando a importância de adaptação às novas demandas sociais.

    Para o coordenador da Remup, René Wagner Ramos, a troca de experiências e a reflexão sobre o papel dos museus universitários são fundamentais para o avanço dessas instituições. “Esses espaços enfrentam o desafio de se reinventar continuamente para permanecerem relevantes e, por isso, é importante que se tornem centros de aprendizado e inclusão, promovendo a inovação e a diversidade”, afirma. “Além disso, os museus universitários devem preservar a memória histórica, integrando as novas tecnologias e respondendo de maneira eficaz às necessidades e expectativas da sociedade.

    PARANÁ FAZ CIÊNCIA – O encontro integra a programação do Paraná Faz Ciência 2024, a Semana Estadual de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior do Paraná, que neste ano abre as atividades da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia 2024. Esta edição do Paraná Faz Ciência acontece no câmpus-sede da Universidade Estadual de Maringá (UEM), com apoio da Fundação Araucária.

    MOSTRA – Simultaneamente às palestras, uma mostra apresenta parte do acervo de 18 museus universitários e científicos do Paraná, sendo oito da UEM. As coleções estão abertas para visitação gratuita da comunidade e de grupos escolares no Museu Dinâmico Interdisciplinar (Mudi) e no espaço do Paraná Faz Ciência, no pavilhão de estandes.

    Entre as instituições estão os museus históricos das universidades estaduais de Londrina (UEL) e do Oeste do Paraná (Unioeste); e os museus de ciências naturais das universidades estaduais de Ponta Grossa (UEPG) e do Centro-Oeste (Unicentro) e da Universidade Federal do Paraná (UFPR). Também é possível conhecer algumas obras do Museu Paranaense de Ciências Forenses, ligado à Polícia Científica do Paraná; e do Museu de Arte e Cultura Popular do Norte do Paraná, ligado à Universidade Estadual do Norte do Paraná (UENP); entre outros.

    CAPACITAÇÃO – Na sexta-feira (11), os gestores e profissionais de museus participarão de uma oficina de capacitação para elaboração de projetos culturais, no âmbito do Programa Nacional de Apoio à Cultura (Pronac), implementado pela Lei Federal n.º 8.313/1991, conhecida como Lei de Incentivo à Cultura ou Lei Rouanet. O conteúdo será conduzido de maneira prática e interativa, com exposição teórica, atividades em grupo e exercícios individuais.

    Cada participante irá concluir a oficina com um projeto modelado, pronto para ser cadastrado no Sistema de Apoio às Leis de Incentivo à Cultura (Salic), plataforma para o envio e acompanhamento de propostas culturais. Entre os requisitos estão conhecimento básico em programas de edição de texto e planilha eletrônica. É preciso levar o próprio laptop ou outro dispositivo com acesso à internet (exceto smartphones), com os softwares instalados.

    Os interessados podem preencher um formulário online, que permanecerá disponível até o dia da capacitação. As inscrições são gratuitas, limitadas a 170 pessoas, capacidade máxima do Auditório Ney Marques, localizado no Bloco D03 do câmpus-sede da UEM, onde será realizada a oficina.

    ARRANJO DE INOVAÇÃO – Durante o Encontro Paranaense de Museus Universitários, representantes do Estado assinaram a formalização do Novo Arranjo de Pesquisa e Inovação (Napi) Memória e Inovação. A iniciativa é da Fundação Araucária de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico do Paraná, principal braço de fomento científico do Governo do Estado, vinculada à Seti.

    O Napi Memória e Inovação tem como finalidade implementar uma plataforma de digitalização de documentos de diferentes formatos, como imagens, áudios, vídeos, representações bidimensionais, modelos tridimensionais, livros e outras obras manuscritas dos museus e centros de documentação paranaenses. A ideia é disponibilizar esse acervo digital para a sociedade, incorporando recursos de inteligência artificial, além de preservar o conhecimento e patrimônio histórico, artístico e cultural do Paraná, com base em métodos arquivísticos e museológicos.

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