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    12-07-2024
    Em Maringá, as provas serão no câmpus-sede da UEM e na UniCesumar. Também haverá aplicações em Apucarana, Campo Mourão, Cascavel, Cianorte, Curitiba, Goioerê, Ivaiporã, Paranavaí, Pato Branco, Ponta Grossa e Umuarama. Confira as orientações.
    Os vestibulares de Inverno e EaD 2024 da Universidade Estadual de Maringá (UEM) mobilizam neste final de semana mais de 11 mil candidatos em todo o Paraná. As provas de ambos os concursos ocorrem neste domingo (14), entre 13h50 e 19h, em 12 cidades paranaenses.

    Em Maringá, serão no câmpus-sede da UEM e na UniCesumar. Também haverá aplicações em Apucarana, Campo Mourão, Cascavel, Cianorte, Curitiba, Goioerê, Ivaiporã, Paranavaí, Pato Branco, Ponta Grossa e Umuarama.

    Os vestibulandos podem consultar o ensalamento no Menu do Candidato do respectivo concurso, acessado via site da Comissão do Vestibular Unificado (CVU) ou App Vestibular UEM.

    O Vestibular de Inverno 2024 totaliza 10.705 inscritos, que concorrem a 1.108 vagas para os mais de 70 cursos da UEM. As graduações estão distribuídas entre seis câmpus da instituição – Maringá, Cianorte, Cidade Gaúcha, Goioerê, Ivaiporã e Umuarama. Todas as oportunidades reservam vagas para cotas sociais, para negros ou para Pessoas com Deficiência (PcD).

    Devido à eliminação da prova de conhecimentos específicos, promovida pela CVU no ano passado, cada candidato pôde selecionar até três opções de cursos, não necessariamente da mesma área. Desde os últimos concursos, a novidade tem impactado positivamente no aproveitamento das vagas oferecidas – no Vestibular de Verão 2023, por exemplo, 94,8% das vagas foram preenchidas.

    O Vestibular EaD 2024 teve, ao todo, 329 inscrições homologadas para ingresso nas graduações em Ciências Biológicas, Física, História, Letras Português/Inglês e Pedagogia, distribuídas entre os 21 polos de Educação a Distância (EaD) da UEM.

    De acordo com a CVU, os mais de 11 mil vestibulandos serão distribuídos em 286 salas, nos 13 locais de aplicação. As ações de preparação e adequação dos blocos de prova já estão em andamento, com previsão de conclusão no sábado (13). Ao todo, 840 fiscais foram convocados pela CVU para atuação nas provas.

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    PERFIL DOS CANDIDATOS - Conforme a CVU, mais de 34,6% dos inscritos no Vestibular de Inverno 2024 são moradores de Maringá, e 83,4% vivem no Paraná. Entre os mais de 65% que residem em outras cidades, destacam-se Curitiba (5,4%), Londrina (4%), Sarandi (3,5%) e Apucarana (2,7%).

    Outros 16,6% vêm de outros estados, com maioria paulista: 9,5% dos vestibulandos moram no estado de São Paulo. Na sequência, predominam catarinenses (2,5%) e sul-mato-grossenses (2,4%).

    Já o Vestibular EaD 2024 observou maior distribuição entre as cidades de origem dos candidatos. Dos inscritos, 11,3% residem em Maringá, enquanto 88,7% moram distantes do câmpus-sede da Universidade. Municípios onde a UEM tem polos de EaD, como Faxinal (8,5%), Umuarama (8,5%), Goioerê (8,2%) e Sarandi (8,2%), estarão bem representados na prova.

    O curso mais procurado como primeira escolha dos vestibulandos foi Medicina, que soma 578,62 candidatos por vaga na concorrência universal. Entre as opções mais concorridas também destacam-se Ciência da Computação (42,62 candidatos por vaga), Odontologia (40,37) e Psicologia (39,26), todos com ingresso via Vestibular de Inverno 2024.

    DICAS E ORIENTAÇÕES - Durante as cinco horas de prova, os concorrentes deverão responder a 50 questões objetivas, no estilo somatória, além de uma redação. Orientações e conteúdos programáticos das provas podem ser consultados nos manuais do candidato do Vestibular de Inverno e do Vestibular EaD 2024.

    Segundo a coordenadora da CVU, Márcia do Nascimento Brito, o Manual do Candidato é o principal aliado da preparação dos vestibulandos. “Nós orientamos que o estudante leia o manual, também para entender como é feito o preenchimento da folha de respostas. Ele, obrigatoriamente, tem que preencher dois alvéolos, um na coluna da dezena e outro na coluna da unidade, e não pode ter dupla marcação por coluna”, lembrou.

    Os estudantes também devem estar atentos às regras da redação. Cada candidato deve produzir, no mínimo, 15 linhas escritas – linhas vazias serão desconsideradas. Além disso, os vestibulandos não devem assinar o texto ou fazer qualquer tipo de desenho que os identifiquem.

    Além disso, é importante consultar com antecedência o endereço do local de prova. A orientação é sair de casa cedo, devido à possibilidade de trânsito intenso, para chegar ao ponto de aplicação ao menos uma hora antes do fechamento dos portões. O ingresso nas salas de prova será liberado às 13h20, mas os portões dos locais de aplicação estarão abertos desde meio-dia.

    É obrigatória a apresentação de documento oficial de identificação com foto, na forma física ou em aplicativo oficial. Em caso de furto do documento nos dias anteriores à prova, o candidato deve levar boletim de ocorrência impresso.

    Pesquisa da UEM aponta viabilidade do aço reforçado por nióbio na construção civil
    Também é necessário usar caneta esferográfica azul escura, com corpo transparente e escrita grossa. Não é permitido o uso de outras cores e modelos de caneta para a marcação definitiva dos gabaritos e da redação. Os candidatos ainda podem levar alimentos e bebidas não alcoólicas, que serão previamente vistoriados pelos fiscais de sala.

    Todas as regras e orientações podem ser conferidas no edital de abertura e no Manual do Candidato dos concursos. Para a coordenadora da CVU, no entanto, nunca é demais reforçá-las. “Chegar antes do horário, trazer algo para se alimentar, água ou uma garrafa que possa abastecer nos bebedouros. Não esquecer dos documentos e da caneta, e vir tranquilo. Nós esperamos todos os candidatos, e torcemos para que consigam resolver a prova com sucesso para cursar uma das melhores universidades do Brasil”, resumiu.

    Mais informações sobre os concursos de Inverno e EaD 2024 podem ser consultadas no site da CVU/UEM ou no App Vestibular UEM.

    Locais de prova:

    Maringá: UEM (Câmpus Sede) - Av. Colombo, 5790

    Maringá: UniCesumar - Av. Guedner, 1610 - Bloco 8

    Apucarana: Unespar - Av. Minas Gerais, 5021

    Campo Mourão: Centro Universitário Integrado - Unidade Câmpus - R. Lauro de Oliveira Souza, 440

    Cascavel: Unioeste - R. Universitária, 2069

    Cianorte: UEM (Câmpus Regional de Cianorte) - R. Dom Pedro II, s/n

    Curitiba: Universidade Tuiuti do Paraná - R. Padre Ladislau Kula, 395

    Goioerê: UEM (Câmpus Regional de Goioerê) - Av. Reitor Zeferino Vaz, s/n

    Ivaiporã: UEM (Câmpus Regional do Vale do Ivaí) - Av. Espanha, s/n (próximo ao fórum)

    Paranavaí: Unespar - Av. Gabriel Esperidião, s/n

    Pato Branco: UTFPR - Via do Conhecimento, s/n - Km 01

    Ponta Grossa: UniCesumar - R. Desembargador Westphalen, 60-B

    -Umuarama: UEM (Câmpus Regional de Umuarama) - Av. Doutor Ângelo M. da Fonseca, 1800

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    10-07-2024
    Objetivo é disseminar no mercado a viabilidade de aços de alta resistência como alternativa ao aço carbono, que é menos resistente à corrosão. Estudo começou em 2023, e tem financiamento de R$ 1,33 milhão, do CNPq. Uso do nióbio no aço possibilita construções mais eficientes, mais resistentes, duráveis e sustentáveis.Uma pesquisa desenvolvida na Universidade Estadual de Maringá (UEM) propõe o uso do nióbio em diferentes tipos de edificações, como pontes, viadutos e obras da construção civil. Esse elemento químico consiste num metal flexível e maleável com capacidade de aumentar em aproximadamente 60% a resistência e durabilidade do aço, sem acréscimo significativo no peso da liga metálica. Considerado valioso, devido a propriedades únicas para aplicações industriais, o mineral está presente na produção de aços especiais usados em uma variedade de produtos, desde oleodutos até peças de aeronaves.

    O objetivo do projeto da UEM é disseminar no mercado a viabilidade de aços de alta resistência como alternativa ao aço carbono, que é menos resistente à corrosão e ainda muito utilizado em estruturas da construção civil, em componentes da indústria automotiva, em equipamentos industriais e na fabricação de utensílios e ferramentas (facas e serras). A ideia é comercializar, no futuro, estruturas de construção pré-fabricadas com o nióbio, que além de mais leves, são produzidas com redução de resíduos.

    O coordenador do projeto, professor Carlos Humberto Martins, do Departamento de Engenharia Civil da UEM, destaca a importância da construção civil na economia brasileira. “O setor da construção civil é um dos que mais consome recursos naturais, de forma que demanda inovação e sustentabilidade, como o uso do nióbio em estruturas metálicas, pois o uso desse mineral no aço possibilita construções mais eficientes, mais resistentes e duráveis e, principalmente, mais sustentáveis”, afirma.

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    O estudo científico realizado na instituição de ensino superior pertencente ao Governo do Paraná começou em 2023, e conta com um financiamento de R$ 1,33 milhão, por meio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). Os recursos são destinados para o custeio de bolsas-auxílio para os pesquisadores, licenças de softwares, serviços de terceiros e equipamentos que serão doados para a universidade ao final do projeto. De acordo com o cronograma de experimentos, as análises seguem até abril de 2025.

    Para a realização de testes com vigas em tamanho real, a equipe de pesquisadores contou com o apoio da Gerdau, multinacional brasileira produtora de aço e uma das principais fornecedoras de aços longos nas Américas e de aços especiais no mundo. A empresa disponibilizou quatro vigas com aço de grau 50 e aço de grau 60 para os ensaios em laboratório.

    Outros testes estão em desenvolvimento com vigas casteladas, um tipo específico de viga de aço caracterizado por aberturas hexagonais no perfil de metal. Essas vigas usam menos material, ficam mais leves e, ainda assim, permitem mais resistência.

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    RESULTADOS – Na prática, a adição de nióbio ao aço aumenta a resistência à corrosão e amplia a capacidade de suportar cargas sem muita deformação, processo chamado de resistência mecânica. Os resultados preliminares do projeto da UEM comprovam que o material de aço de grau 60 é significativamente mais resistente que o aço de grau 50, usado geralmente em construções. A inclusão de cerca de 0,1% de nióbio na composição do aço, por exemplo, é suficiente para melhorar a qualidade do produto.

    O estudante de doutorado do Programa de Pós-Graduação em Engenharia Civil da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), Vinicius Brother dos Santos, ressalta a importância de soluções econômicas para o setor da construção.

    “Essa pesquisa busca soluções inovadoras para o setor da construção com a aplicação prática em estruturas de aço e estruturas mistas de aço e concreto nas obras de infraestrutura. A adição de nióbio às ligas metálicas faz com que as estruturas de aço tenham as propriedades de durabilidade melhoradas, reduzindo o impacto ambiental com eficiência econômica”, sinaliza.

    CONCRETO – A equipe de pesquisadores também trabalha com um Concreto de Ultra-Alto Desempenho (UHPC, sigla em inglês para ultra-high performance concrete), um tipo avançado de concreto com propriedades superiores de durabilidade em relação ao concreto convencional e caracterizado por uma baixa permeabilidade. “Ao usar esse concreto, em vez de uma laje de 15 centímetros de altura, é possível construir uma laje com apenas 7 centímetros”, exemplifica o professor Carlos Martins.

    Conforme o docente, a pesquisa pretende demonstrar que é possível construir dois viadutos com diferentes especificações. “Um dos viadutos utiliza aço G50 com concreto comum e pesa 20 toneladas, com uma previsão de vida útil de 50 anos, e o outro viaduto usa aço G60, que contém mais nióbio, em uma laje de Concreto de Ultra-Alto Desempenho e conectores de alta resistência”, afirma. “O segundo viaduto tem a mesma capacidade de carga do primeiro e pesa 17 toneladas, o que representa uma redução de 15% no peso, e uma vida útil estimada de 80 a 90 anos".

    O grupo de pesquisa atua, ainda, com armaduras longitudinais, que consistem em estruturas formadas por barras de aço ou ferro, encaixadas em vigas, pilares e lajes de concreto. Para esse estágio da pesquisa, a Gerdau forneceu um vergalhão modelo GG 70, que é resistente e leve, devido à menor quantidade de aço.

    Outra etapa da pesquisa envolve pinos conectores de cisalhamento, também conhecidos como pinos de cisalhamento ou pinos de transferência de cisalhamento. Cedidos pela empresa Ciser, uma indústria de Joinville, em Santa Catarina, esses dispositivos são semelhantes a parafusos e usados para conectar estruturas pré-fabricadas ou concreto armado, como as vigas e lajes de uma edificação. A pesquisa da UEM aponta que é possível reduzir a quantidade desses itens numa obra ao optar por conectores mais resistentes, o que também resulta em economia de tempo.

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    TECNOLOGIA – O projeto foi contemplado no ano passado com US$ 100 mil em créditos, que equivalem a R$ 549,6 mil na cotação atual, num programa para pesquisas da Amazon Web Services (AWS), uma plataforma de serviços de computação em nuvem da Amazon, multinacional de tecnologia norte-americana. Por meio de uma senha de acesso a computadores de alto desempenho, os créditos são usados pelos pesquisadores para processar as análises do estudo. Esses computadores estão localizados no condado de Arlington, no estado da Virginia, nos EUA.

    Essa infraestrutura de tecnologia disponibiliza processadores ultra potentes, que possibilitam rodar os modelos das vigas do projeto com o nióbio em muito menos tempo. Ao utilizar um computador comum, por exemplo, os resultados podem demorar até oito horas. Esse tempo cai para uma hora, sem interrupção, ao usar os computadores em nuvem desse programa internacional.

    PARCERIA – O projeto científico do nióbio é uma iniciativa do Grupo de Pesquisa em Análises Numéricas da UEM, que investiga as estruturas de aço e concreto em diferentes aspectos, como análises física e geométrica, materiais de alta resistência e inteligência artificial (IA). Entre os pesquisadores, estão dois alunos da graduação em projetos de iniciação científica tecnológica da UEM e nove estudantes de pós-graduação, sendo cinco de mestrado, três de doutorado e um de pós-doutorado.

    O estudo do nióbio em edificações conta, ainda, com a participação de seis pesquisadores das universidades federais de Uberlândia (UFU) e de Juiz de Fora (UFJF), ambas de Minas Gerais; da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ) e da Universidade Mackenzie de São Paulo.

    Na próxima etapa da pesquisa serão coletados os resultados dos testes de aceleração do processo de corrosão do aço G50 e do aço G60 com a utilização de spray de sal e umidade, realizados nas câmaras de névoa salina da PUC-RJ. As pré-avaliações apontam que o aço G60 é muito mais resistente à degradação promovida pelas névoas salinas.

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    INOVA NIÓBIO – O estudo desenvolvido na UEM tem amparo no Programa Inova Nióbio, uma política pública nacional instituída em 2022 pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI). O programa tem como objetivo integrar e fortalecer a cadeia produtiva do nióbio, a partir de pesquisas científicas para aplicação desse mineral em soluções inovadoras. A ideia é estimular a transferência de tecnologia e a cooperação estratégica entre governos, universidades e indústrias, com foco na geração de riquezas, trabalho, emprego, renda e crescimento econômico e social.

    O Brasil detém cerca de 90% da produção global de nióbio, com reservas localizadas principalmente no estado de Minas Gerais, Amazonas e Goiás. Apesar das vantagens, alguns fatores impedem que o mineral seja aplicado na forma pura nas edificações. Ao mesmo tempo em que demonstra alta capacidade de resistência, o nióbio é muito suscetível à deformação, o que implica na necessidade de ser misturado com o aço, para fornecer uma estrutura mais rígida e, por consequência, mais estável para as construções.

    Além disso, esse metal ainda é caro, com o preço do quilo em torno de 50 dólares, equivalente a cerca de R$ 275, na cotação atual.

    SUSTENTABILIDADE – A partir dessa pesquisa da UEM, a ideia é que os alicerces e as estruturas prediais sejam fabricados num local e depois deslocados para a montagem nos canteiros das obras. Desse modo, será possível reduzir o uso de materiais na produção, com menos emissão de dióxido de carbono (CO2), composto químico gasoso conhecido como gás carbônico, e que tem influência direta no efeito estufa e nos desequilíbrios climáticos do planeta.

    Essa forma de uso racional de recursos está alinhada aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU), mais especificamente ao ODS 9 (Indústria, Inovação e Infraestrutura), que busca promover a modernização industrial e as tecnologias limpas para assegurar o crescimento econômico sem comprometer a sustentabilidade ambiental. O Estado do Paraná está comprometido em implementar ações para alcançar essa meta global, focando na industrialização sustentável e no fomento à inovação, para impulsionar o desenvolvimento socioeconômico e melhorar, cada vez mais, a qualidade de vida da população.

    SÉRIE PESQUISAS CIENTÍFICAS – Esta matéria faz parte de uma série de reportagens da Secretaria da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti), publicadas na Agência Estadual de Notícias, que destacam as pesquisas científicas desenvolvidas por estudantes e professores das sete universidades estaduais do Paraná. Os textos são publicados às quartas-feiras com o selo do Paraná Mais Ciência, um programa estabelecido no Plano Plurianual do Estado (PPA) que viabiliza o fomento científico e tecnológico.

    As matérias anteriores apresentaram uma pesquisa da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) sobre aspectos de mudanças climáticas; um estudo da Universidade Estadual do Norte do Paraná (UENP) que analisa indicadores epidemiológicos da saúde de mulheres paranaenses; um dermocosmético com propriedades antibactericida e antifúngicas, desenvolvido na Universidade Estadual de Londrina (UEL); um medicamento para pacientes com diabetes tipo 2, em desenvolvimento na Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro). Na semana anterior, a série destacou um trator elétrico resultado de uma pesquisa da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste).

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    25-06-2024
    Chamada pública é destinada para atender demandas relativas à melhoria das condições acadêmicas em diferentes áreas do conhecimento, desde infraestrutura até novas metodologias de ensino e qualificação de professores e estudantes. As propostas podem ser enviadas até 30 de julho.
    O Governo do Estado liberou nesta terça-feira (25) mais um aporte financeiro para apoiar iniciativas das universidades estaduais do Paraná, no âmbito dos cursos de graduação. A chamada pública, no valor de R$ 5 milhões, é destinada para atender demandas relativas à melhoria das condições acadêmicas em diferentes áreas do conhecimento, desde infraestrutura até novas metodologias de ensino e qualificação de professores e estudantes. As propostas podem ser enviadas até 30 de julho e o prazo para execução dos projetos pedagógicos segue até dezembro deste ano.

    Os recursos são oriundos do Fundo Paraná de fomento científico, uma dotação orçamentária gerenciada pela Secretaria da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti). Do montante previsto nesse edital, R$ 3,68 milhões podem ser aplicados em diferentes ações de investimento e custeio, como a implementação de tecnologias interativas em salas de aula, com quadros digitais, projeções avançadas e sistemas de áudio, para melhorar a experiência de aprendizado dos alunos.

    Também é possível implantar espaços de estudo colaborativo, equipados com tecnologia de comunicação e recursos multimídia para facilitar projetos em grupo e discussões acadêmicas, além de atualizar equipamentos de laboratórios de ciências, informática, engenharia, entre outros, a fim de assegurar que os estudantes tenham acesso às tecnologias mais atuais e possam desenvolver experimentos avançados.

    Governo destina R$ 18,9 milhões para projetos de extensão universitária em 2024
    UEPG ofertará 105 novas vagas em 12 cursos para ingresso na graduação em 2025

    Para o diretor de Ensino Superior da Seti, Osmar de Souza, o investimento em educação superior contribui para o desenvolvimento local e regional. “Um sistema robusto de educação superior contribui no desenvolvimento econômico, fornecendo força de trabalho qualificada para as demandas atuais do mercado, estimulando o empreendedorismo e novas indústrias”, afirma. “A ampliação de investimento possibilita melhorar a infraestrutura acadêmica e modernizar laboratórios, assegurando um ambiente propício para o aprendizado”.

    As sete universidades estaduais do Paraná somam 440 cursos presenciais de nível superior, entre bacharelados, licenciaturas e tecnologias. Esses cursos são ofertados em 34 câmpus, que estão distribuídos por 29 municípios que abrangem todas as regiões do Estado, a maioria no Interior. Ao todo, são 19.105 novas vagas a cada ano, por meio de vestibular e outras modalidades de ingresso.

    DIGITALIZAÇÃO – Uma fatia da verba definida neste novo edital, R$ 700 mil, será aplicada em projetos de digitalização das secretarias acadêmicas das universidades. Esses setores são responsáveis pelo controle, registro e arquivamento de documentos de alunos, desde o ingresso até a conclusão dos cursos e expedição dos diplomas. Em paralelo, a Seti está elaborando uma resolução para regulamentar esse processo de digitalização de forma institucional.

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    ALINHAMENTO – A terceira parte dos recursos será utilizada para a promoção de um seminário com a participação de todas as coordenações de cursos de graduação das sete estaduais paranaenses. O objetivo é discutir perspectivas sobre flexibilização curricular e evasão estudantil, além de questões relacionadas aos processos de avaliação dos cursos. O evento está previsto para acontecer no período de 25 a 27 de setembro deste ano, em Curitiba, com expectativa de uma palestra magna sobre o tema transformação digital e inteligência artificial.

    INVESTIMENTOS – De acordo com a Lei Orçamentária Anual de 2024, a dotação para o financiamento de programas, projetos e iniciativas estratégicas na área de ciência, tecnologia e ensino superior é de R$ 708,9 milhões. Esse valor representa um aumento de 37% em comparação com o ano passado, quando foram destinados R$ 517 milhões para o segmento.

    Somente no primeiro semestre deste ano, o Governo do Paraná publicou cinco chamamentos públicos para atender demandas específicas da ciência. Um desses editais prevê recursos da ordem de R$ 153 milhões para a construção, ampliação e reforma de prédios acadêmicos, bibliotecas e outras instalações universitárias. As demais ações governamentais somam R$ 26,2 milhões para aprimorar a rede de laboratórios multiusuários, fomentar iniciativas de extensão, aplicar novas técnicas de ensino e melhorar condições de pesquisa.

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    24-06-2024
    Ação conta com o apoio do Governo do Estado, por meio do Fundo Paraná, uma dotação orçamentária para o fomento científico, administrada pela Secretaria da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti).
    Responsabilidade social, sustentabilidade e segurança alimentar caminham lado a lado em um projeto de extensão da Universidade Estadual de Maringá (UEM). Vinculada ao Departamento de Agronomia da instituição estadual de ensino superior, a iniciativa mantém hortas comunitárias em casas de recuperação que atendem pessoas em situação de rua ou em tratamento da dependência de substâncias químicas no distrito de Iguatemi, na zona rural de Maringá, região Noroeste do Paraná.

    O projeto conta com o apoio do Governo do Estado, por meio do Fundo Paraná, uma dotação orçamentária para o fomento científico, administrada pela Secretaria da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti). As atividades são desenvolvidas como extensão universitária, no âmbito do programa Universidade Sem Fronteiras (USF), considerado uma política pública de estado, com amparo Lei n.º 16.643/2010.

    As produções de hortaliças ficam próximas da Fazenda Experimental da UEM, em comunidades terapêuticas como o Projeto Vida e o Recanto Mundo Jovem. Na Casa de Acolhida Coração Imaculado há, ainda, criações de suínos, ovinos e aves. Todas as culturas são mantidas com o trabalho voluntário de cerca de 80 internos das casas de recuperação, que enxergam, no projeto, uma oportunidade de aprendizado, trabalho e ressocialização.

    Com a coordenação do professor José Gilberto Catunda Sales, uma equipe de estudantes de graduação e profissionais formados pela UEM é responsável pela implantação e o suporte técnico às hortas e às criações de animais. Os estudantes participantes recebem bolsas de extensão universitária.

    Para o diretor-geral da Seti, Jamil Abdanur Júnior, a extensão universitária tem papel fundamental na integração da universidade com a sociedade. “Esses projetos trazem retorno social e posicionam a ciência e a universidade a serviço das pessoas”, afirma. “Visitar iniciativas como essa é importante, pois conseguimos verificar, in loco, que os recursos estão sendo, de fato, bem investidos e trazendo resultados significativos para a sociedade”.

    Esse projeto de extensão da UEM acontece desde 2018 voltado para a ressocialização de pessoas em recuperação. A iniciativa já passou por formatos variados e envolveu outras organizações de Maringá.

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    PRODUÇÃO ALIMENTAR – As hortas comunitárias abastecem as cozinhas das próprias casas de recuperação e o excedente é comercializado com estabelecimentos da região, como forma de geração de renda aos participantes. Há cultivos de alface, repolho, brócolis, couve, acelga, chuchu, abobrinha, salsinha, cebolinha, manjericão e outros. Já o manejo de animais envolve as criações de coelhos, ovelhas, patos e porcos. Livre de agrotóxicos, a produção garante a segurança alimentar dos internos e agrega conhecimento prático à formação dos universitários.

    O professor Gilberto Catunda Sales destaca que o propósito principal é o impacto social. “Os internos observam que as plantas cultivadas por eles mesmos na horta agora estão produzindo e isso é prazeroso para as pessoas que estão em recuperação, pois é uma forma de laborterapia voluntária”, salienta. “Se conseguirmos passar o senso de responsabilidade social para os estudantes, tenho certeza que eles viverão em uma sociedade mais solidária e comprometida com o futuro”.

    A aluna do terceiro ano do Curso de Zootecnia da UEM, Analice de Lima Lopes, comenta sobre a atuação no projeto com as criações de animais. “Gosto muito do projeto, porque conseguimos aplicar um pouco do que aprendemos na faculdade e esse é um dos meus grandes interesses, além de ajudar os internos, que ganham renda ou a própria proteína para consumo”, enfatiza.

    O agrônomo Eugênio Dias de Oliveira da Silva acredita que a participação no projeto dá oportunidade de crescimento pessoal e profissional. “Participo desse projeto desde 2019, quando ainda era um estudante, e hoje atuo como bolsista recém-formado e fico responsável por guiar os alunos na parte prática”, diz. “Acredito que, para me tornar um bom profissional, tenho que saber trabalhar com diferentes pessoas e essa troca de experiências, com certeza, tem agregado muito na minha trajetória”, afirma.

    Também participam do projeto os estudantes de Agronomia André Tormena, Eloisa Rosseto Signori, Guilherme Boline de Souza, Gustavo Lehn Manini e João Paulo de Figueiredo Freitas.

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    EXTENSÃO – O Programa Universidade Sem Fronteiras (USF) incentiva o cumprimento da função social das instituições de ensino superior públicas e privadas do Paraná, com o envolvimento de organizações da sociedade civil. As ações financiadas pelo programa buscam o desenvolvimento da extensão universitária, articulada ao ensino e à pesquisa, com foco na qualidade de vida da população.

    uem-na-midia
    26-04-2021
    O R1T1 foi classificado como uma das principais iniciativas no uso da inteligência artificial para promoção do bem-estar e desenvolvimento social na América Latina e Caribe. Desempenha funções como auxílio nas consultas, na telemedicina, pesquisas e desinfecção de ambientes.
    O R1T1, nome do robô utilizado no Hospital Universitário Regional de Maringá (HUM), foi classificado em uma publicação internacional feita pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) como uma das principais iniciativas no uso da inteligência artificial para promoção do bem-estar e desenvolvimento social na América Latina e Caribe.

    O HUM foi o primeiro hospital do Brasil a utilizar o R1T1, que está presente no ambiente hospitalar desde 2014 desempenhado várias funções, como auxilio nas consultas, na interação com pacientes da pediatria ou do ambulatório, na visita ou discussão de casos nas diferentes enfermarias e na aproximação entre pacientes e familiares com histórico de longos períodos de internação, além de apoiar o Núcleo de Telemedicina e Telessaúde.

    Com o início da pandemia o robô está auxiliando na desinfecção dos leitos de enfermaria e UTI, pois emite radiação ultravioleta capaz de eliminar vírus, bactérias e outros micro-organismos. "É uma ajuda fundamental no combate ao novo coronavírus", ressaltou a enfermeira Suelen Cristina Zandonadi Bernal, supervisora dos setores Covid-19 do HUM.

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    “Além disso, o robô também é usado na realização de pesquisas relacionadas à Covid-19, pois permite essa interação entre pesquisador e participante por meio de um avatar e questionário eletrônico”, explicou a enfermeira Catia Millene Dell Agnolo, responsável pela utilização do equipamento.

    R1T1 – Segundo o coordenador da Project Company e desenvolvedor do robô, Antonio Henrique Dianin, graduado em engenharia de produção pela Universidade Estadual de Maringá (UEM), o R1T1 é o primeiro com função de telepresença na América Latina e já foi destaque em várias outras publicações internacionais.

    “Ele foi criado em 2013, é considerado o melhor robô mundial para aplicação na área da saúde. Possui várias funcionalidades hospitalares. O HUM e a UEM sempre foram nossos parceiros e abraçaram de imediato este projeto”, ressaltou.

    Unioeste promove encontro virtual entre pacientes de Covid-19 e familiares
    ULTRAVIOLETA – Ultravioleta é a luz invisível aos seres humanos, pois seus comprimentos de onda estão abaixo da luz visível. Essa radiação elimina vírus, bactérias e outros micro-organismos porque consegue penetrar nas células desses patógenos e em seu código genético. Também há evidências de que os raios ultravioletas podem danificar os aminoácidos e proteínas que protegem o vírus ou permitem que ele se ligue e infecte uma célula hospedeira.

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