Líder do movimento afirma que compromissos serão cobrados
- O Diário do Norte do Paraná
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O Diretório Central dos Estudantes (DCE) da Universidade Estadual de Maringá (UEM) promove uma feira livre nos dias 15 e 16 de setembro, das 8 às 22 horas, no estacionamento em frente ao Restaurante Universitário.
O evento terá produtos artesanais da Associação Santo Antônio e de autônomos, assim como de origem natural, como sucos, vitaminas, pães, bolachas, bolos, além de frutas, legumes e verduras de origem orgânica ou agroecológica de agricultura familiar. Haverá ainda brotos geminados, tecnologia verde (minhocários domésticos para compostagem de lixo) e terapias complementares (ioga e florais de Bach).
A ideia é valorizar os produtores e artesãos locais e oferecer produtos mais saudáveis e preços mais acessíveis, resgatar o artesanato local, indígena e de origem afro. A feira aconte realizada mensalmente e contará também com apresentações culturais ao final de cada dia, com palco livre.
As próximas datas da Feira Livre já estão definidas: 20 e 21 de outubro e 17 e 18 de novembro. Os artesãos e produtores interessados em participar devem ligar para o DCE 3011-4205 ou para 9884-7915 (Vítor) e 8843-6820 (Laura).Aluna do 4º ano de Engenharia Agrícola no Campus do Arenito, em Cidade Gaúcha, Bruna Fernanda Bergamasco, 21 anos, perdeu a viagem até a universidade na última quarta-feira. "Não tem professor, não tenho aula", disse.
O curso é único presencial no campus, com 125 alunos. Para atender as cinco séries, em período integral, o campus possui três professores efetivos. "A contratação está defasada desde 2002. Faltam professores, técnicos de laboratório e outros servidores", diz o técnico administrativo Jorge Furlan.
Para garantir as aulas, outros campi da UEM mandam nove professores para Cidade Gaúcha e a unidade contratou cinco temporários. O quadro de servidores precisaria passar de 26 para 44, para que os auxiliares de serviço gerais dessem conta de limpar e manter cinco blocos, em 460 mil metros quadrados.
O resultado é um ambiente de instabilidade para os alunos. "Alguns professores saem no meio do semestre e outros demoram 6 meses para serem trazidos para cá", diz Vinícius Diesel, 22, aluno do 3º ano. "O pior é temos poucos professores efetivos, que são os únicos que podem trazer projetos de pesquisa para o campus", comenta Cássio Seron, 22, também do 3º ano.
Os acadêmicos ainda reclamam da falta de um refeitório no campus, que fica a 10 km da cidade. "Por ser um curso integral temos pouco tempo para o almoço. Para ir e voltar até a cidade, de ônibus, é 1 hora de viagem", relata Renan Bunhan Polisseri, 23, do 3º ano.
O diretor do campus, Reny Adilmar Prestes Lopes, considerado urgente o investimento de R$ 1,5 milhão, para a aquisição de um veículo de transporte para alunos e professores, um outro utilitário para materiais de pesquisa, a construção, uma garagem e um bloco didático de 994 metros quadrados.
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Com a aceitação do reitor Júlio Prates Filho de todas as propostas do movimento estudantil, os ocupantes da Reitoria da UEM decidiram ontem à noite, em assembleia, deixar o prédio até as 8h de hoje. O tempo extra de desocupação foi solicitado para limpeza e organização do prédio. Após a saída, está marcado um ato em comemoração.
Em conversa com os estudantes, a reitoria concordou com o prazo de desocupação, mas estudava, até o fechamento desta edição, acionar sua procuradoria jurídica para pedir a reintegração de posse. Segundo a assessoria de imprensa da UEM, essa possibilidade é apenas uma precaução, pois se os estudantes cumprirem o acordo, a medida será inócua.
A reunião de representantes do movimento com o secretário estadual de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti), Alípio Leal, na terça-feira, em Curitiba, gerou um documento com uma série de propostas por parte da reitoria e da Seti.
Na quarta-feira, o movimento elaborou uma contraproposta, que foi aceita integralmente por Prates Filho ontem de manhã. Segundo o reitor, sua resposta conta com o aval da Seti.
Entre as promessas feitas pela secretaria e por Prates Filho estão o cumprimento das principais reivindicações dos estudantes: compromisso de repor o corte de 38% das verbas de custeio das universidades estaduais, contratação de professores e funcionários e construção de uma nova unidade do RU, com disponibilidade de cardápio vegetariano.
No documento aceito pelo reitor, há prazos estabelecidos para o cumprimento das medidas. Em entrevista à reportagem de O Diário, no entanto, Prates Filho disse que os prazos são apenas uma referência. "Não devemos nos ater a datas", afirmou.
Divulgação
Reunião ontem entre Prates Filho e estudantes terminou em acordo
"Vitória de todos"
Segundo o reitor, a vitória do movimento é também uma vitória da UEM, e ele conta com os alunos para continuar lutando por melhorias. "Não atendemos antes às reivindicações porque a universidade precisa de uma retaguarda", diz. Prates Filho afirma que sempre considerou as reivindicações justas, só não concordando com a forma do protesto.
De acordo com o reitor, ele nunca achou que teria de chamar forças policiais para lidar com os alunos. "Precisei de paciência, paciência e paciência. Sempre acreditei na negociação e no diálogo", diz. Ele ainda considera que a ocupação da reitoria não acelerou a resposta positiva para as reivindicações. "Já estávamos na iminência de conseguir muita dessas coisas. A luta deles é nossa luta."
Ontem à noite, o clima entre os membros do movimento era de festa, com abraços, música e rojões. O coordenador do Diretório Central dos Estudantes (DCE) Luís Alexandre Barbosa afirma que se surpreendeu com a velocidade da resposta da reitoria. "Esperávamos que teria de haver mais tempo de negociação, mas foi uma surpresa boa", diz.
Barbosa diz que acredita no cumprimento das promessas porque são medidas de que a universidade precisa. "O corte de R$ 2,9 milhões não era uma coisinha." Outro dos líderes do movimento, o estudante Phill Natal, afirma que, mesmo com a desocupação, a cobrança constante por melhorias continuará. "A gente se sente seguro, o movimento está muito forte", diz.
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