O prefeito de Maringá, Ulisses Maia (PDT), esteve, na manhã desse sábado (3), na Universidade Estadual de Maringá (UEM) para buscar informações sobre o impasse entre a instituição e o Governo do Estado.
A informação foi postada na página do Facebook do prefeito, que também disse que, nesta segunda-feira (5), às 14h, haverá uma reunião com representantes da UEM e lideranças da cidade para discutir o assunto. O encontro será na Associação Comercial e Empresarial de Maringá (Acim).
Impasse
Os 4,2 mil servidores da UEM estão com o salário de janeiro atrasado. Eles deveriam ter recebido no último dia útil do mês, dia 31, no entanto, o impasse entre o Governo do Estado e a instituição impede a quitação da folha de pagamento.
O problema é o Meta4, sistema de recursos humanos do governo. A UEM é contra a adesão ao novo sistema, porque acredita que interfere na sua autonomia à medida que tira a gestão de recursos humanos que, junto com a autonomia didático-científica e administrativa, está garantida pelas constituições Federal e Estadual.
Só que o governo insiste que o Meta4 não tira a autonomia, mas garante mais transparência. Na última sexta (2), o secretário estadual da Administração e Previdência, Fernando Ghignone, afirmou que o Governo do Estado não pagará o salário dos servidores sem a adesão ao Meta4.
O governo defende que a Lei de Diretrizes Orçamentarias (LDO) de 2018 diz que todos os órgãos e unidades da Administração Direta e Indireta do Poder Executivo "deverão se integrar aos sistemas únicos de execução orçamentária e financeira e de processamento da folha de pagamento de pessoal".
Greve
Uma greve geral está prevista para ser iniciada nesta segunda-feira (5). A decisão foi aprovada pelos servidores da UEM em assembleia realizada na última sexta. Os portões da universidade estarão fechados até que os salários sejam quitados, garantem os servidores.