Mais uma vez, o reitor da Universidade Estadual de Maringá (UEM), Mauro Baesso, reafirmou que a instituição não vai aderir ao RH Paraná Meta4, novo sistema de recursos humanos do Governo do Estado. A resistência tem consequência: o governo também rearmou que não vai quitar a folha de pagamento de janeiro dos 4,2 mil servidores sem a adesão.
Na manhã desta sexta-feira (2), o reitor reuniu servidores nas dependências do Restaurante Universitário (RU) e falou sobre o atraso dos salários. De acordo com ele, todos os documentos necessários para a quitação da folha de pagamento já foram enviados ao governo.
No entanto, o impasse está em um ofício que foi encaminhado à Caixa Econômica Federal.
"O governo quer impor neste documento termos que a Assessoria Jurídica da UEM alerta que nos leva ao Meta 4 e, portanto, não devemos assiná-lo. Há ilegalidade no documento. Já tínhamos encaminhado para a Caixa um ofício como tem que ser feito e ele foi aceito pelo banco", explica.
O reitor disse que já pediu ajuda da vice-governador Cida Borghetti (PP), dos deputados estaduais que representam a região de Maringá e, se houver necessidade, recorrerá ao governador Beto Richa. Segundo Baesso, só o governador pode encerrar esta questão.
A UEM insiste em não aderir ao Meta4 porque acredita que o sistema fere sua autonomia.
Greve Geral
Na segunda-feira (5), os servidores da UEM devem entrar em greve geral caso os salários não sejam pagos. A medida foi aprovada em assembleia realizada nessa quinta (1º).