O número de casos de dengue confirmados em Maringá cresceu 35% na última semana. É o que mostra o boletim divulgado ontem à tarde pela Secretaria Municipal da Saúde. Agora a cidade contabiliza 287 registros positivos da doença, contra 212 contados até o dia 22 de fevereiro.
Deste total, 48% se concentram em 11 bairros da cidade, mas o risco de contrair a dengue, alerta o secretário municipal da Saúde, Antônio Carlos Nardi, existe em todo o município.
Rafael Silva
Agentes de combate à dengue procuram por focos do mosquito; número de casos ainda deve subir
"Os moradores de todos os bairros da cidade precisam adotar medidas preventivas. Se não nos mobilizarmos para tornar o combate a dengue um hábito cotidiano das pessoas e - me incluo nisto como cidadão - de verificar e inspecionar as nossas casas, fica muito mais complicado o trabalho", afirma.
Em relação ao crescimento dos casos registrados na última semana, Nardi avalia que este aumento já era esperado e deve se repetir mais algumas vezes.
"Durante este período de virulência que estamos passando devemos ter
toda semana uns 50 a 60 casos confirmados. Apesar de todo o trabalho
que temos desenvolvido desde o final do ano passado, há esta
crescência."
Arrastão
Ontem, com o
apoio de agentes da dengue, funcionários da Universidade Estadual de
Maringá (UEM) realizaram um arrastão no câmpus sede da instituição.
"Foi uma ação positiva e vamos continuar este trabalho.
Infelizmente, apesar de a UEM ter muitas lixeiras, ainda há muitas pessoas que insistem em jogar copos plásticos na grama", critica o prefeito do câmpus, Igor Valquez.
Segundo ele, não foi localizado nenhum grande criadouro do mosquito,
mas um foco de dengue foi encontrado dentro de um balde, embaixo de
uma árvore.
Alerta
A Secretaria de
Estado da Saúde emitiu alerta para o risco da automedicação e ressaltou
que as pessoas devem procurar uma Unidade Básica de Saúde logo que
comecem a apresentar os sintomas da doença.
O maior risco é o de uso de medicamentos antiinflamatórios não esteróides. Estes remédios possuem efeito anticoagulante e podem provocar sangramento.
Feitos a base de ácido acetilsalicílico, os medicamentos podem
causar distúrbios gastrointestinais com risco de hemorragia grave ou
efeitos que só vem a agravar os casos suspeitos de dengue,
principalmente da dengue hemorrágica.
Fumacê
As secretarias municipal e estadual de Saúde têm usado dois caminhões
para aplicar o fumacê na cidade. A medida está sendo adotada em bairros
onde há maior incidência de casos da doença, como a Zona 8, a Zona 3 e o
Conjunto Porto Seguro.
A orientação é para que os moradores abram as portas e janelas
quando o caminhão passar, para que o remédio tenha o efeito desejado
no combate ao mosquito.
SAIBA MAIS
Bairros de Maringá com mais registros de casos de dengue
Zona 8 - 24
Conjunto Porto Seguro I - 21
Zona 3 - 17
Vila Bosque - 13
Conjunto Itaparica - 11
Jardim Alvorada - 11
Vila Morangueira - 10
Conjunto João de Barro - 9
Zona 1 - 8
Vila Esperança - 7
Porto Seguro II - 7
De 1º de janeiro a 1º de março de 2013.
Fonte: Secretaria Municipal de Saúde
http://www.odiario.com/cidades/noticia/728819/maringa-soma-mais-75-casos-de-dengue/