Mesmo com o término da piracema, a Polícia Militar Ambiental vai manter a fiscalização nos rios do Estado e prender quem pescar, comercializar ou transportar seis espécies ameaçadas de extinção nos rios Paraná e Paranapanema, e afluentes como o Ivaí e Pirapó, que cortam a região noroeste.
De acordo com o chefe do escritório regional do Instituto Ambiental do Paraná (IAP), Paulino Heitor Mexia, pesquisas realizadas pela Universidade Estadual de Maringá (UEM) constataram que as populações de peixes como o dourado, jaú, piracanjuva, jurupoca, monjolo (surubim do iguaçu) e jurupensém (surubim lima) estão abaixo da média recomendada.Para tentar contornar a situação, a pesca destas espécies foi proibida por 3 anos, contados a partir do dia 1º de novembro de 2012, quando começou a última piracema. A portaria do IAP de número 211 define locais, formas e quantidades permitidas para a pesca amadora nas bacias de rios do Paraná.
Segundo o sargento Clailton Compadre, mesmo após o término da piracema a fiscalização sobre a pesca das espécies ameaçadas vai continuar. "Dentro do Paraná está proibida a pesca, venda e transporte. Nas peixarias, para o comércio ser legal é necessário comprovar que os peixes foram pescados, por exemplo, no Mato Grosso ou Argentina."
'Vamos continuar fazendo
rondas nos rios em pontos
que os pescadores
frequentam'
Sargento Clailton Compadre
Polícia Militar Ambiental
De acordo com o sargento, durante a piracema, que terminou ontem, foram presas 81 pessoas praticando pesca ilegal na área de abrangência da companhia, que compreende 110 municípios do noroeste. A Polícia Ambiental apreendeu 483 kg de pescados, 4.935 m de redes, 3.227 m de espinhéis e 36 armas em posse dos pescadores.
"A população que denuncia é a principal parceira da polícia. Vamos
continuar fazendo rondas de barcos nos rios e com viaturas em pontos que
os pescadores frequentam", disse o sargento.
Mesmo com o fim da piracema:
É proibida a pesca com ou sem embarcações em:
- Lagoas marginais
- A menos de 200 m de cachoeiras e corredeiras
- A menos de 500 m de saídas de efluentes, confluências ou desembocaduras de rios, lagoas, lagos e reservatórios
- A menos de mil m de barragens e empreendimentos hidrelétricos
- A menos de 1,5 mil m de mecanismos de transposição de peixes
- Nos muros
É proibido pescar com tarrafas, redes ou espinhéis em
Áreas de Preservação Permanente (APPs) estando sujeito a perda do
material, sem direito a devolução ou indenização
Pescadores amadores podem pescar somente com:
- Linha de mão
- Vara de bambu ou telescópica
- Vara com molinete ou carretilha
- A cota máxima de captura é de 10 kg, mais um exemplar de tamanho permissível
Para fazer o Registro Geral da Atividade Pesqueira (RGP) é necessário acessar o site do Ministério da Pesca e Aquicultura ¿ www.mpa.gov.br.
Fonte: Instituto Ambiental do Paraná (IAP)
http://digital.odiario.com/cidades/noticia/728542/pesca-de-seis-especies-esta-proibida-no-pr/