Alunos de classe média-alta são maioria na rede pública de Maringá. É o que mostra o resultado de um levantamento socioeconômico elaborado pelo Grupo de Avaliação e Medidas Educacionais, em parceria com o Instituto Unibanco. Os dados foram compilados pelo portal QEdu, da Fundação Lemann e da "startup" Meritt Informação Educacional, e divulgados no mês passado.
Em 73% das 67 escolas estaduais e municipais disponíveis para consulta no portal, a maior parte dos estudantes tem nível socioeconômico (NSE) médio-alto. Os alunos de nível alto são maioria em 13% dos colégios; os de classe média, em também 13% dos estabelecimentos.
O nível socioeconômico foi calculado pelos pesquisadores Francisco Soares e Maria Tereza Gonzada a partir das respostas dos estudantes a questionários da Prova Brasil, do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica (Saeb).
São perguntas sobre o nível econômico e o consumo cultural das famílias, além de informações sobre número de banheiros na casa, quantidade de televisores, computador e automóvel e de eletrodomésticos, como geladeira, freezer e máquina de lavar roupas.
Entre as estaduais, o Colégio Aplicação Pedagógica da Universidade Estadual de Maringá (UEM) tem o NSE mais alto. Já no Colégio Estadual Tânia Varella Ferreira, a maioria dos estudantes é de classe média.
No caso da rede municipal, das 38 analisadas, o NSE mais alto foi encontrado na Escola Odete Gomes de Casto; e o mais baixo, na Escola Benedita Lima.