Flores de cacto, macarrão? Nada disso: pernas de lagarta; exposição dribla a visão e aguça o olhar
Impressões, exposição instalada na segunda sala do Museu, também é
uma provocação. Mas, ao contrário da anterior, que traz para o presente
um passado que parece não ter existido, tamanha a mudança, esta instiga
a imaginação do visitante para descobrir o que, de fato, está retratado
nas fotografias assinadas por Ailton Souza Santos, funcionário da UEM.
Esta é a primeira vez que ele expõe no Museu da Bacia do Paraná.
Combinando o olhar atento para cada fotografia, que explora detalhes da
imagem captada com as alternativas listadas em um folder e que fica à
disposição do visitante, é possível adivinhar do que se trata na
maioria das fotos.
Algumas, no entanto, são bem difíceis de acertar na primeira tentativa.
De acordo com Laura Chaves, a isso chama-se ação educativa dentro do
museu, porque permite ao visitante interagir completamente com a
exposição.
Laura conta que a apresentação das fotografias em painéis vermelhos foi
proposital, para se contrapor à sobriedade da primeira, montada sem
recursos visuais mais elaborados e priorizando tons neutros. Nossa
intenção foi reforçar a noção de passado, explica ela.