Desacato, tráfico, consumo de drogas e tentativa de roubo foram alguns dos motivos das prisões de dez suspeitos nas imediações da Universidade, durante as provas
Rigor da Força-Tarefa reduziu excessos e algazarra nas redondezas do campus universitário
Durante o Vestibular de Verão da Universidade Estadual de Maringá (UEM), realizado entre domingo e esta terça-feira, a Força-tarefa prendeu dez pessoas nas proximidades da instituição.
Este é o resultado parcial da ação, que reuniu a Polícia Militar, Polícia Civil e Guarda Municipal para garantir a aplicação da Lei Seca Municipal e a segurança do bairro durante os três dias de provas.
Segundo o tenente da Polícia Militar, Rodrigo dos Santos Pereira, que comandou a ação, houve os mais variados tipos de transgressões. Duas pessoas foram presas suspeitas de tráfico e outras duas, por consumo de droga.
Um homem que transitava na área tinha um mandado de prisão expedido pela Justiça e foi preso. Outro caso, o de um estudante que desacatou os policiais, também foi preso. Houve também uma tentativa de roubo, quando quatro homens foram presos e reconhecidos pela vítima.
A Polícia Militar abordou e orientou outras 50 pessoas por consumirem bebidas alcoólicas.
"Estas pessoas foram orientadas e qualificadas em um Boletim de Ocorrência. Caso reincidissem, seriam presas", explica o tenente destacando que a bebida foi apreendida em todas as situações, mas nenhuma dessas pessoas voltou a transgredir a lei.
O militar conta que os principais problemas ocorreram nos dois primeiros dias de prova.
"As pessoas tinham conhecimento da Lei Seca, mas não sabiam como seria a fiscalização", acrescenta.
Na avaliação dele, o objetivo da Força-tarefa foi alcançado.
"Nosso trabalho foi de prevenção para evitar algazarra e bagunça no bairro", comenta o tenente Rodrigo.
Cerca de 70 pessoas - das Polícias Civil e Militar, além de funcionários municipais trabalharam na ação.
O presidente da Comissão de Vestibular Unificado (CVU), da UEM, Doherty Andrade, diz que notou a diferença com a Força-tarefa.
"Os candidatos estavam mais tranqüilos, houve menos atendimentos médicos", analisa ele destacando que, em muitos casos, os candidatos vão para o Pronto Socorro do campus por cometerem exageros horas antes da prova, como a ingestão excessiva de bebida alcoólica.
"Não é apenas por nervosismo", acrescenta.
Até o fim da tarde desta terça-feira, a ação da Força-tarefa ainda não tinha sido finalizada e deveria continuar até o início da madrugada desta quarta-feira. Os números de prisões e abordagens podem aumentar.
A Lei Seca termina à meia noite desta terça-feira, mas a Polícia Militar ainda permaneceria no local por mais algumas horas.
A Lei Seca, que está em vigor desde junho deste ano, proibiu o consumo de bebidas alcoólicas em bares localizados nas imediações da UEM durante o período de vestibular.
Assim, desde domingo até esta terça-feira, período de provas, o comércio teve que obedecer a legislação e não vender alcoólicos. A medida gerou protestos, mas foi garantida pela Força-tarefa.
Vestibular
Um total de 1.522 candidatos faltaram ao Vestibular de Verão da UEM. Este número representa 9,2% dos 16.657 inscritos. Neste vestibular, a instituição ofereceu 1.582 vagas distribuídas entre 50 cursos de graduação. A UEM divulga os resultados no próximo dia 19, a partir das dez horas.