O Governo do estado bloqueou aproximadamente R$ 18 milhões de uma conta da Universidade Estadual de Maringá (UEM), no norte do Paraná e, com a medida, algumas atividades da instituição podem ser paralisadas, como os laboratórios que prestam serviços para prefeituras da região. Também há risco de suspensão do Vestibular de Inverno, com provas previstas para julho.
O Governo alega que está cumprindo uma determinação do Tribunal de Contas do Estado do Paraná (TCE-PR) para que as universidades repassem ao Estado o controle das folhas de pagamento.
O dinheiro da conta bloqueada é gerado pela própria instituição a partir da prestação de serviços por meio de convênios, segundo a reitoria.
Entre os laboratórios que podem ter atividades prejudicadas está o Laboratório de Ensino e Pesquisa em Análises Clínicas (Lepac), que atende secretaria municipais de saúde de 30 cidades da região, e o de imunogenética, que realiza exames como os de compatibilidade para transplante de medula óssea.
O coordenador do Lepac Dennis Bertolini informou que, como prestador de serviços para o Sistema Único de Saúde (SUS), o laboratório chega a realizar alguns tipos de exames para mais de 100 municípios.
“Ele é essencial. Ele é classificado como laboratório de referência para investigação epidemiológica de doenças. Então ele não pode parar”, declarou.
De acordo com ele, pacientes portadores crônicos que precisam ser acompanhados com a retaguarda do Lepac podem ficar sem os exames necessários.
“A falta de reagentes, o impedimento de compra... porque o dinheiro, ele não é do estado, é um dinheiro que nós recebemos via prestação de serviço para o Sistema Único de Saúde. Coincidentemente, o dinheiro está caindo na mesma conta que está bloqueada. Então isso pode repercutir numa paralisação das nossas atividades”, explicou.
Vestibular de Inverno
O Vestibular de Inverno da UEM, previsto para ser realizado nos dias 16,17 e 18 de julho, corre o risco de ser suspenso se os recursos permanecerem bloqueados, de acordo com a reitoria.