A reitoria da Universidade Estadual de Maringá premiou os três cursos de graduação selecionados pela proposta apresentada no concurso Trote Solidário de 2017. A atividade faz parte da Semana de Integração: Calourada 2017, evento organizado pelas pró-reitorias de Ensino (PEN), de Extensão e Cultura (PEC), Assessoria de Comunicação Social (ASC) e do Diretório Central dos Estudantes (DCE).
Para concorrer, os cursos tiveram que desenvolver uma atividade conjunta, entre os estudantes veteranos e os calouros, que se caracterizasse como um Trote Solidário, envolvendo tanto a comunidade interna e os câmpus da UEM, quanto a comunidade externa.
Segundo a diretora de Ensino de Graduação e também coordenadora geral do evento, Solange Yaegashi, as atividades tem como objetivo integrar os novos estudantes ao ambiente universitário de forma solidária, em atividades que envolvam diversão, solidariedade, cidadania, respeito ao próximo, respeito à diversidade, educação social, ambiental e ética.
Os critérios de classificação ao prêmio foram o envolvimento de calouros, veteranos, docentes, centros acadêmicos, grupos PET e outras agremiações nas ações do Trote Solidário; a quantidade de atividades desenvolvidas no campus e na comunidade; e a descrição das atividades desenvolvidas enfocando o caráter de solidariedade e cidadania.
Com prêmio de R$ 1.500,00, o curso de Engenharia da Produção ficou em primeiro lugar. Design (Câmpus Regional de Cianorte), na segunda colocação, recebeu R$ 1.000,00. O curso de Engenharia Civil recebeu R$ 500,00 pelo terceiro lugar, conforme escolha feita por uma comissão julgadora constituída especialmente para a ocasião.
O vice-reitor Julio Damasceno disse que o Trote Solidário mostra que é possível os calouros celebrarem o ingresso na universidade de uma forma diferente. “As atividades desenvolvidas tiveram a presença de pessoas socialmente engajadas e socialmente envolvidas".
A estudante do 2º ano de Engenharia de Produção, Beatriz Murase, membro do centro acadêmico do curso, descreveu as atividades desenvolvidas no trote, incluindo a doação de sangue, limpeza de abrigos mantidos por entidades protetoras de animais, entrega de alimentos para asilo, e arrecadação de chocolate por ocasião da celebração da Páscoa. O trote prestou atendimento a dez instituições que atendem crianças, idosos, pessoas carentes e animais.
A coordenadora-adjunta do curso de Engenharia de Produção, professora Maria de Lourdes Santiago Luz afirmou estar muito honrada pela participação e o resultado alcançado pelos alunos. “Houve um envolvimento grande entre os estudantes, tanto calouros quanto veteranos”, ressaltou.
O estudante do 2º ano de Design, Rhuan Barros Santos citou as ações feitas pelos alunos, que decidiram fazer uma campanha de conscientização sobre o abandono de idosos. Os acadêmicos arrecadaram fraldas geriátricas, interagiram com os idosos, e ainda limparam a sala da maquetaria utilizada pelos calouros, além de terem, em parceria com o Provopar, recolhido agasalhos e material para a confecção de brinquedos doados a uma creche. Júlia Alberti Ginde, também do 2º ano, relembrou a alegria das velhinhas durante as atividades feitas no Lar Rainha da Paz, em Cianorte. A estudante Isabela Ayumi Nakashima também esteve na cerimônia. Todos são alunos do centro acadêmico do curso.
O professor Bruno Montanari Razza, coordenador do curso de Design, enfatizou o fato de que está percebendo a evolução de uma corrente em defesa do trote solidário. Ele destacou a atuação do centro acadêmico Bauhaus no evento.
A estudante Marina Naomi, do PET (Programa de Educação Tutorial) de Engenharia Civil, ressaltou o envolvimento do curso com a questão social traduzida na reforma de uma instituição que abriga principalmente mulheres vítimas de abusos físicos e psicológicos. Aluna do 2º ano, ela considerou muito positiva a união entre o centro acadêmico (Caec), a consultoria junior (Empec) e o PET na realização do trote. As acadêmicas Thais Rodrigues e Juliana Liberato, do 2º ano, também compareceram à entrega da premiação.
Na avaliação do professor Carlos Humberto Martins, coordenador do curso de Engenharia Civil, é extremamente gratificante a participação dos estudantes e a respectiva premiação. Ele destacou a união de esforços das três entidades estudantis na realização das atividades.
Diretor do Câmpus Regional de Cianorte, Alessandro Santos da Rocha entende que o Trote Solidário vem se tornando uma cultura na Universidade. "A forma como as atividades são desenvolvidas acabam movimentando as instituições e dá visibilidade para a UEM", afirmou, para quem "a partir do trote solidário estamos vendo cada vez menos o trote violento, que humilha e denigre".
O diretor do Centro de Tecnologia, Leandro Vanalli, disse que o CTC se sente honrado com o envolvimento e a premiação dos estudantes. "Vocês procuraram na comunidade pontos que precisavam de apoio", observou.
O diretor-adjunto do CTC, Romel Vanderlei, salientou que o concurso é motivador e que iniciativas como estas ajudam na formação humanística dos acadêmicos que, após formados, além de levar o conhecimento à sociedade terão a preocupação em melhorar a sociedade.
Para a pró-reitora de Extensão e Cultura, Itana Gimenes, foi de grande importância os alunos terem priorizado, nos trotes, a questão social.
A diretora de Extensão, Érica Cintra, revelou que era muito motivador ouvir o relato das atividades feitas pelos estudantes. Mencionando o fato de os três primeiros colocados pertencerem ao Centro de Tecnologia, a diretora assinalou que as ações desenvolvidas causaram impacto na vida das pessoas e transmitiram energia positiva aos animais atendidos pelas ONGs.
Na opinião da coordenadora geral do evento, Solange Yaegashi, a UEM tem muito para mostrar à sociedade e o Trote Solidário é uma boa oportunidade de isso acontecer. Segunda a diretora, as expectativas em relação às atividades de Trote Solidário desenvolvidas pelos acadêmicos foram superadas. Para ela, “o papel da Universidade não é apenas fazer ciência, mas também buscar soluções para os problemas sociais. Para tanto, é preciso que os alunos percebam, desde a entrada na UEM, sua importância enquanto agentes de transformação social”.
O patrocínio para a premiação foi da Caixa Econômica Federal (CEF).