Uma reunião com os líderes sindicais que defendem os técnicos das universidades estaduais foi realizada na última segunda-feira (27) para discutir a deflagração de greve, que já é esperada desde a apresentação das propostas do Governo Estadual. O encontro aconteceu em Curitiba e reuniu diversos servidores da Universidade Estadual de Maringá (UEM).
Depois de 23 reuniões com o governador Beto Richa (PSDB), iniciadas em maio do ano passado, os técnicos saíram sem nenhuma garantia no cumprimento do que consta na minuta de Lei, sem haver progressões e promoções, além de não haver a data de implantação dos Planos de Carreira, Cargos e Salários (PCCS) para outubro, com pagamento junto com os professores das instituições estaduais.
NEGOCIAÇÕES
O acordo entre a categoria e a Secretaria do Estado de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti), representada pelo secretário Alípio Leal foi rompido devido ao não cumprimento do pagamento dos reajustes salariais antes do primeiro trimestre de 2013, sem nenhuma resposta do Estado para que seja cumprida com antecedência essa exigência já proposta aos técnicos.
Na reunião, o secretário pediu para que as universidades diminuíssem o volume de horas extras e de Tempo Integral e Dedicação Exclusiva (Tide) para os técnicos, dizendo que os valores estão muito altos, alegando que as universidades paranaenses estariam gastando indevidamente os recursos ligados ao Tide.
Segundo o técnico em informática do campus Umuarama da UEM, Odair José Machado, a greve é inevitável, pois não há a garantia de que as propostas serão cumpridas pelo Poder Estadual no tempo determinado e os representantes sindicais ainda não concordaram com que foi indicado pelo Estado. “Começamos a conversação em 2011, quando enviamos todas as propostas às secretarias correspondentes. Em 2012, o Governo repassou aos técnicos que não havia recurso suficiente disponível para atender a demanda, e prorrogou este prazo para o primeiro trimestre do ano que vem”, relata Machado.