Cerca de 120 mil alunos das sete universidades estaduais ficarão sem aulas por tempo indeterminado com a deflagração da greve dos professores. Apesar de a mensagem com o reajuste de 31,73% ter sido assinada pelo governador Beto Richa e enviada à Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) na quarta-feira (15), os docentes exigem a aprovação da proposta e a sanção da lei para continuarem com as atividades.
Caso o governo não cumpra o estabelecido, as paralisações terão início em diferentes datas. Na Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), os professores já estão em greve. Na terça-feira (21), param as atividades as Universidades Estadual de Maringá (UEM) e do Oeste do Paraná (Unioeste). No dia 23 a cruzam os braços os professores da Universidade do Centro-Oeste (Unicentro).
As outras paralisações devem começar somente em setembro, no dia 3, na Universidade Estadual de Londrina (UEL) e do Norte do Paraná (Uenp). Uma assembleia na próxima quinta-feira definirá a data de início da greve dos docentes da Faculdade Estadual de Ciências Econômicas de Apucarana (Fecea).
O reajuste, dividido em quatro parcelas de 7,14% a serem pagas nos meses de outubro até 2015, são referentes à equiparação do piso salarial dos professores ao quadro técnico de ensino superior das instituições.
Os sindicatos que representam os professores argumentam que o governo prometeu encaminhar o projeto à Alep até o dia 1º de maio. O atraso em mais de três meses faz com que a categoria não acredite no cumprimento do acordo ainda neste ano, o que determinou a decisão pelas paralisações.