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    10-02-2023
    Quando se fala de cientista, o que você pensa? Em um homem, não é verdade? Por causa da desigualdade de gênero, continuamos tendo a percepção exclusivamente masculina da ciência. No Museu Dinâmico Interdisciplinar (Mudi), da Universidade Estadual de Maringá (UEM), no entanto, as mulheres são maioria. Várias cientistas desenvolvem pesquisas, divulgam a ciência e guiam os visitantes pelo acervo científico. Para assegurar que mulheres como elas tenham espaço na ciência, comemora-se o Dia Internacional das Mulheres e Meninas na Ciência.

    A data foi aprovada pela Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), em 2015, e é celebrada anualmente no dia 11 de fevereiro. A comemoração foi criada visando promover o igual acesso e participação das mulheres na ciência. Ao redor de todo o mundo, a diferença de gênero na atuação profissional e acadêmica persiste em todos os níveis da ciência, tecnologia, engenharia e matemática. Ainda que as mulheres conquistem, diariamente, enormes progressos no campo científico, elas ainda estão sub-representadas nessas áreas, segundo a ONU.

    Lívia Gatti coordena os monitores do Mudi, às tardes. São alunos e alunas dos cursos de graduação da UEM que podem, com propriedade, explicar sobre as exposições científicas do museu aos visitantes. Lívia teve a trajetória na vida acadêmica influenciada por uma professora de ciências na escola. A admiração pela professora a fez cursar física, na UEM. Na primeira graduação, em meio a colegas de turma majoritariamente masculinos, ela percebeu os obstáculos que venceu até chegar naquele ambiente. “Desde a infância, as meninas veem a ciência como algo muito distante a elas. O machismo é a maior barreira a ser vencida por meninas que querem ingressar na ciência’, aponta Lívia.

    Segundo a UNESCO, menos de 30% dos pesquisadores no mundo são mulheres. Estudos apontam que as cientistas publicam menos artigos, não são remuneradas tão bem e não têm a oportunidade de chegar tão longe na carreira científica quanto os homens.

    A maioria das colegas de turma da acadêmica de ciências biológicas Ana Laura Constantino é de mulheres. Mesmo assim, é perceptível que quase todas as descobertas e teorias estudadas em sala de aula são de homens cientistas. No Mudi, Ana Laura teve a oportunidade de unir a afinidade pela área da licenciatura com a paixão pela pesquisa. No museu, que é considerado espaço não formal de educação, a estudante pode exercer a sua paixão: “levar conhecimento para fora da universidade e atingir, consequentemente, meninas que possam se interessar pela ciência”. Como monitora no Mudi, Ana Laura é responsável por explicar o acervo de fauna e flora aos visitantes. A atuação dela no museu abre portas para o desenvolvimento pessoal e profissional dentro da ciência.

    PROFISSÃO – A doutoranda Mariana Sanches e a mestranda Maysa Alvarez também participam da equipe do Mudi, mas em uma área um pouco mais próxima da prática. Ambas participam do projeto Segundo Cérebro, que tem como objetivo conhecer mais a respeito dos neurônios do estômago. As coincidências na carreira dessas mulheres vão bem além do espaço onde trabalham.

    Suas formações iniciaram na biologia e, hoje, mesmo que em graus acadêmicos diferentes, elas seguem seus estudos nas ciências farmacêuticas. Mariana sempre teve interesse em estar dentro dos laboratórios. Desde que ingressou na universidade, passou por diversos estágios, que a tornaram curiosa e a levaram para as pesquisas que faz atualmente. Já para Maysa, o plano inicial era seguir na licenciatura (atuar em sala de aula), influenciada pelos pais que são professores. Mas, assim que passou a atuar no museu, conheceu a possibilidade de produzir pesquisa científica e ao mesmo tempo estar em contato com as pessoas que visitam o Mudi, combinação perfeita para ela.

    Quando perguntadas a respeito do que gostariam de mudar na ciência, as respostas se encontram: fazer as pessoas entenderem que as mulheres são capazes de atuar na área. Exemplos para provar a veracidade desta informação não faltam. As conquistas apresentadas neste texto são apenas uma pequena parcela da quantidade imensa de mulheres que se dedicam todos os dias ao desenvolvimento das ciências. Que os resultados desses esforços venham em forma de reconhecimento e muito sucesso!

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    30-05-2023
    Começaram nesta terça-feira (30) as inscrições para o Vestibular de Inverno 2023 da Universidade Estadual de Maringá (UEM). O prazo vai até 10 de julho. São 1.170 vagas para ingresso no ano letivo de 2024, distribuídas em cursos das unidades de Maringá, Umuarama, Ivaiporã, Cidade Gaúcha, Goioerê e Cianorte. Confira o edital AQUI.

    A taxa de inscrição é de R$ 177 e a data limite para se efetuar o pagamento é 12 de julho. Será o primeiro concurso de inverno pós-pandemia, pois o último foi em 2019. Entre as Instituições Estaduais de Ensino Superior (IEES), a UEM será a única a fazer o concurso neste ano.

    Poderá ser concedida a isenção da taxa a candidato que, cumulativamente, estiver inscrito no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico) e for membro de família de baixa renda, com ganhos de até meio salário mínimo por pessoa. Os procedimentos, o calendário e as normas que regulamentam o processo de isenção serão publicados em editais específicos disponíveis no site.

    O edital das inscrições homologadas será publicado no dia 18 de julho e os locais de provas serão divulgados a partir do dia 27 do mesmo mês. A prova será realizada em 27 de agosto de 2023, das 13h50 às 19h.

    Neste concurso, a CVU implementou algumas mudanças no processo de avaliação e nas opções de cursos. Na última reunião do Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (CEP), foi aprovada a Resolução 005/2023, que trouxe alterações para o formato do vestibular unificado da instituição. Entre as principais mudanças consta a possibilidade do candidato optar por até três cursos de graduação no momento da inscrição.

    Ainda segundo a Resolução, para cada curso devem ser classificados, por ordem decrescente de pontuação, primeiramente, todos os candidatos que escolheram o curso em 1ª opção, seguidos pelos candidatos que se inscreveram para o curso em 2ª opção e, finalmente, pelos vestibulandos, que fizeram sua 3ª opção. Os cursos pelos quais o candidato fará opção não precisam ser de uma mesma área.

    Para viabilizar a possibilidade de opção por mais de um curso na inscrição, a prova deixará de contar com as questões de conhecimentos específicos. Ela continuará com 50 questões de alternativas múltiplas, divididas entre as áreas do conhecimento contempladas na Base Comum Curricular da Educação Básica: Ciências da Natureza e suas Tecnologias, Ciências Humanas e Sociais Aplicadas, Linguagens e suas Tecnologias – Língua Portuguesa e Literatura, Linguagens e suas Tecnologias – Artes, Educação Física e Língua Estrangeira, Matemática e suas Tecnologias.

    Outra novidade é que, a exemplo do Processo de Avaliação Seriada (PAS/UEM), a redação passará a valer 120 pontos e cada redação será avaliada por dois membros da banca composta para esse fim, que deve ser formada, exclusivamente, por profissionais graduados em Letras e/ou especialistas, mestres ou doutores em Letras, Linguística ou Língua Portuguesa.

    Outras atualizações dizem respeito ao processo de inscrição e da prova. Uma mudança é que assim que o candidato terminar a inscrição, será gerado um QR Code, com o qual ele poderá fazer o pagamento via Pix da guia de recolhimento. O edital também permite documento de identificação no formato digital.

    Neste vestibular também será feito o reconhecimento facial: no momento da prova, na efetivação de sua matrícula e outra durante as aulas do ano letivo. As mesmas serão armazenadas pela CVU e o DAA, e futuramente serão realizadas confrontações destas imagens para garantir que o estudante que está frequentando as aulas seja o mesmo do concurso.

    Outra novidade importante é a possibilidade do uso do nome social pelas pessoas inscritas. Antes era permitido somente o nome civil.

    E alguns quesitos que zeravam a redação foram excluídos. Na prova de conhecimentos gerais o candidato que zerava a prova não tinha sua redação corrigida, e agora ela será. Se ele não zerar a redação, não será desclassificado.

    03-05-2023
    A Universidade Estadual de Maringá (UEM) encerrou nesta semana o ano letivo de 2022. Ele foi iniciado em 18 de junho de 2022, ainda na esteira das mudanças provocadas pela pandemia da Covid-19.

    O Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (CEP) aprovou, em 3 de março, o calendário acadêmico de 2023, que prevê o início das aulas presenciais em 26 de junho e fim do período letivo em 23 de março de 2024 (o 1ª semestre vai de 26/06 a 24/10 e o 2º semestre de 01/11 a 16/03).

    Os 15.442 alunos dos cursos de graduação da UEM devem ficar atentos ao novo calendário. Além disso, segundo a resolução n.º 003/2023-CEP, a semana de integração entre calouros e veteranos está prevista para o dia 19 a 21 de junho.

    O prazo para as inscrições nos processos especiais de ingresso para o ano letivo de 2023 na instituição, para transferência interna e externa, portadores de diploma e reingresso encerra neste domingo (7). O resultado sai no dia 5 de junho. O processo de inscrição será on-line.

    A UEM permitirá participar do processo de ingresso nos cursos de graduação, somente a partir da 2ª série, na existência de vagas, cujos pedidos serão analisados pela coordenação do curso, obedecidas às normas da Resolução n.º 012-2021-CEP.

    A publicação de editais, orientações, convocações, solicitações, resultados e demais procedimentos serão efetuados exclusivamente por meio da internet. Dúvidas ou outras informações devem ser encaminhadas no e-mail: Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.

    Para acessar o edital que regulamenta esse processo clique aqui.

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    06-03-2023
    A Universidade Estadual de Maringá (UEM), por meio do Escritório de Cooperação Internacional (ECI), recepcionou na semana passada a professora ucraniana Yuliia Dziazko, que chegou ao Brasil com a família por intermédio do Programa Paranaense de Acolhida a Cientistas Ucranianos, do Governo do Estado. O projeto é desenvolvido pela Fundação Araucária e Secretaria da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti).

    Foi organizada uma tarde de boas-vindas, na qual estiveram presentes a vice-reitora, Gisele Mendes, o coordenador do Escritório de Cooperação Internacional (ECI), Renato Leão, o pró-reitor de Extensão e Cultura (PEC), Rafael da Silva, o pró-reitor de Pesquisa e Pós-Graduação da UEM, Mauro Ravagnani, a diretora de Extensão (DEX), Crishna Mirella de Andrade Correa, e a bolsista da Superintendência Geral de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti), Fabiane Hodas.

    Yuliia está em Maringá com o marido, Oleksandr Dziazko, desde janeiro. O casal é da capital da Ucrânia, Kiev. Ela é engenheira química e atuava na universidade Vernadskii Institute of General and Inorganic Chemistry of the National Academy of Science of Ukraine. A pesquisadora trabalha na área de desenvolvimento de membranas de poli ácido lático (PLA), produzidas em impressora 3D e aplicação para a remoção de contaminantes emergentes. Esse projeto foi proposto pela professora Rosângela Bergamasco, do Departamento de Engenharia Química (DEQ/UEM).

    “Como hoje em dia a água está cada vez mais poluída com produtos contaminantes e que não são removidos pelos sistemas convencionais, se faz necessário desenvolver processos para que sejam mais eficientes e que tenham viabilidade econômica. A produção de membranas com a impressão 3D surge como um processo promissor. Essas membranas serão acopladas nos tratamentos para produzir água de melhor qualidade. A professora ucraniana já tem experiência no processo e com certeza contribuirá no desenvolvimento deste projeto”, disse Rosângela.

    Hodas, que está no projeto para auxiliar Yuliia e o marido com a língua portuguesa dentro e fora da universidade, além de ajudá-la em suas atividades e adaptação na cidade, comentou que a professora ucraniana gostou muito do Brasil. Também disse que as pessoas são muito gentis e simpáticas e achou que há muitos jovens na cidade.

    O programa recebeu até o momento 13 pesquisadores no Paraná. Eles estão distribuídos nas seguintes universidades: UENP, UEL, PUC, UTFPR - Medianeira, Unicentro, Unioeste, Unila, UEPG, IFPR e UEM. Este edital é de fluxo contínuo, possui 50 bolsas no total disponíveis e tem como prioridade apoiar financeiramente as Instituições Científicas e Tecnológicas e de Inovação (ICTs) paranaenses na acolhida de pesquisadores ucranianos para atuar na Pós-graduação Stricto Sensu.

    "O objetivo é acolher e integrar as cientistas ucranianas na comunidade paranaense, e também prevê colaborações conjuntas futuras para a reconstrução e fortalecimento da economia ucraniana por meio da ciência e inovação", afirma o presidente da Fundação Araucária, Ramiro Wahrhaftig.

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    19-05-2023
    As universidades estaduais de Maringá (UEM) e de Londrina (UEL) estão classificadas como 35ª e 36ª melhores instituições de ensino superior do Brasil em 2023. A informação é do Center for World University Rankings (CWUR), consultoria com sede nos Emirados Árabes Unidos, que publica rankings acadêmicos globais relativos à qualidade da educação superior.

    Nesta edição, foram avaliadas 20.531 instituições públicas e privadas de 95 países, sendo 54 brasileiras classificadas na lista das 2 mil mais bem avaliadas. Na classificação geral, a UEM e a UEL figuram nas posições 1.308 e 1.473, que correspondem aos grupos de 6,4% e 7,2% das instituições melhores classificadas, respectivamente.

    As duas instituições de ensino ligadas ao Governo do Paraná fazem parte de um grupo seleto com cinco estaduais classificadas pelo CWUR. Além da UEM e UEL, esse grupo é formado pelas universidades estaduais de São Paulo (USP), de Campinas (Unicamp) e Paulista (Unesp).

    O CWUR ranqueia as universidades de acordo com sete indicadores agrupados em quatro áreas: educação (25%), empregabilidade dos estudantes egressos (25%), qualidade do corpo docente (10%) e desempenho das pesquisas (40%). O critério de pesquisa considera a quantidade de trabalhos publicados (10%), o total de citações (10%) e o número de estudos publicados tanto em periódicos influentes (10%) quanto em periódicos de primeira linha (10%).

    Os dados são obtidos a partir da Clarivate Analytics, empresa norte-americana que mantém a plataforma Web of Science, uma ferramenta de pesquisa e análise de dados da produção acadêmica mundial. Esse serviço possibilita avaliar, principalmente, a performance das instituições no campo da pesquisa, que representa o maior percentual na atribuição de notas do ranking.

    Para o pró-reitor de Pesquisa e Pós-Graduação da UEM, professor Mauro Sá Ravagnani, o avanço científico e tecnológico está relacionado ao investimento em pesquisa. “O avanço científico e tecnológico passa pelo desenvolvimento de pesquisa, que no Brasil é feita majoritariamente pelas universidades públicas, por meio de cursos de mestrado e doutorado, que formam recursos humanos capacitados. É preciso investimento no desenvolvimento de pesquisas para alcançar posição de vanguarda em saúde, educação, tecnologia, energias e meio ambiente”, afirma.

    A pró-reitora de Pesquisa e Pós-Graduação da UEL, professora Silvia Márcia Ferreira Meletti, destaca a qualificação do corpo docente como o diferencial na avaliação da qualidade da educação superior. “A qualidade da produção de conhecimento é decorrente da dedicação de professores compromissados com a formação de pesquisadores e profissionais qualificados, cujo resultado do trabalho é a produção de conhecimento científico socialmente relevante, com impacto em vários setores da sociedade”, diz.

    Além das estaduais, aparecem nesse ranking a Universidade Federal do Paraná (UFPR), a Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) e a Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), classificadas em 11º, 37º e 44º lugares, nessa ordem.

    INVESTIMENTOS – O Governo do Estado tem ampliado, anualmente, os investimentos em ciência, tecnologia e inovação com o intuito de fortalecer e direcionar a vocação das universidades estaduais para o desenvolvimento socioeconômico regional e sustentável. Em 2023 foram restabelecidos os percentuais de aplicação do Fundo Paraná para o fomento científico e tecnológico, ampliando a capacidade de investimento na área.

    A secretaria estadual da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti) anunciou em março a previsão orçamentária de R$ 411,7 milhões para o financiamento de projetos estratégicos em 2023, o que equivale a um incremento de 325% em relação ao ano passado, quando foram aplicados R$ 96,7 milhões pelo Fundo Paraná. Essa fonte de recursos é composta por, no mínimo, 2% da receita tributária anual do Estado, sendo exclusiva para dotar o Paraná de competitividade científica e tecnológica.

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