O analista de sistemas Jefferson Miake atuava como representante comercial, mas há três anos optou por trabalhar no Queijo Monte Fuji. A pequena agroindústria, com sede em Doutor Camargo, produz mais de dez tipos de queijos e, ainda, iogurtes. A produção é vendida para hotéis, redes de supermercados, pequenos mercados, lanchonetes e bufês e, também, pode ser encontrada toda semana na Feira do Produtor, em Maringá.
Na empresa, Jefferson assumiu a área de produção e comercialização. Buscou orientação e fez cursos no Sebrae/PR. Um gás novo ao negócio fundado pelo sogro, o empresário Tsuyoshi Tsukada. Jefferson e a mulher Ângela compartilham a administração da empresa com o Tsukada. O genro, além de assumir as áreas de produção e comercialização do Queijos Monte Fuji, foi responsável por buscar conhecimento para aperfeiçoar a gestão do pequeno negócio.
Fiz cursos no Sebrae/PR e apliquei os conceitos aprendidos na empresa, como a formação de custo do produto; a parte de relações humanas; parte financeira e como avaliar o mercado e investimentos em novos produtos, cita Jefferson.
Para conhecer novas experiências, Jefferson também participou de duas missões técnicas organizadas pelo Sebrae/PR e entidades parceiras para uma unidade da Frimesa, em Marechal Cândido Rondon, Oeste do Paraná, e para uma feira em Juiz de Fora, Minas Gerais. Viagens que proporcionam ao empresário conhecer novas tendências e novidades do setor.
Com cerca de 30 vacas na propriedade, todo o controle do processo é contínuo para garantir a qualidade dos produtos. Temos esse cuidado desde a ordenha até a prateleira, diz Jefferson. O consultor do Sebrae/PR, Joversi Rezende, observa também que nesse processo de produção, os gestores do Queijos Monte Fuji primam pela qualidade, tanto que a empresa atende todas as normas do SIP, o sistema de vigilância sanitária do Paraná.
Jefferson Miake e o fundador da empresa, Tsuyoshi Tsukada, têm traços marcantes para o perfil empreendedor, como a marca da persistência, do foco no negócio e abertos às novas oportunidades, diz o consultor do Sebrae/PR. Ao todo, 19 pessoas trabalham na empresa, que ganhou reconhecimento pela qualidade da produção e pela eficiência na comercialização dos produtos. São 13 famílias que dependem do Queijos Monte Fuji, conta Jefferson Miake. O empresário ainda diz que a empresa está desenvolvendo projetos com a Universidade Estadual de Maringá (UEM). Queremos melhorar ainda mais a qualidade do laticínio, melhorando os processos.
Soluções para agroindústrias
O Queijo Monte Fuji participa do projeto Desenvolvimento das Agroindústrias do Noroeste do Paraná, uma iniciativa para promover negócios, fortalecer a organização das agroindústrias em redes de cooperação do setor de agronegócios e, ainda, auxiliar os produtores a inserir valor em produtos primários. Os produtores recebem orientações para aperfeiçoar as áreas de gestão, comercialização e acesso à tecnologia.
Entre as atividades propostas pelo projeto estão a realização de diagnósticos e planos de desenvolvimento para as agroindústrias; treinamentos; seminários e palestras; realização de encontros de negócios; participação em feiras; implantação de centros de comercialização; desenvolvimento de rótulos e embalagens; desenvolvimento de novos produtos e análise e melhoria de processos produtivos. As soluções são criteriosamente planejadas de forma a possibilitar uma evolução permanente dos empreendedores, observa Joversi Rezende, do Sebrae/PR.
O projeto é desenvolvido nas microrregiões da Associação dos Municípios da Região Entre Rios (Amerios), Associação dos Municípios do Noroeste do Paraná (Amunpar) e Comunidade dos Municípios da Região de Campo Mourão (Comcam), totalizando 116 municípios com 300 agroindústrias.