Os servidores da Universidade Estadual de Maringá (UEM) vão entrar em greve geral a partir de segunda feira (5) caso a folha de pagamento de janeiro não seja quitada pelo Governo do Estado. A decisão foi aprovada em assembleia realizada na tarde desta quinta (1º).
O salário dos 4,2 mil servidores da UEM deveria ter sido pago nessa quarta-feira (31), último dia útil do mês de janeiro.
Na segunda-feira, os servidores farão nova assembleia para ratificar a greve. "Caso o pagamento seja feito até lá, a greve será suspensa", informou Eder Adão Rossato, diretor do Sinteemar, sindicato que representa a universidade.
Ele ressalta que, se os salários não forem quitados até segunda, os servidores vão endurecer o movimento. "Outras ações serão tomadas, como suspensão da formatura e a matrícula dos novos alunos que passaram no vestibular não será feita", afirmou.
Outro lado
No final da tarde desta quinta-feira, o Governo do Estado informou que liberou, durante o dia, a folha salarial dos servidores da Unicentro (Guarapuava), Unioeste (Cascavel), UEPG (Ponta Grossa) e UEL (Londrina), faltando apenas a UEM.
Segundo a pasta, toda a documentação necessária para o processamento da folha de pagamento dos servidores da UEM foi conferida e aprovada pela Secretaria da Administração e da Previdência (Seap).
No entanto, a pasta informou que ainda falta "a autorização do reitor para crédito no banco credenciado (Caixa Econômica Federal), nos mesmos termos em que o documento foi assinado pelas outras instituições estaduais de ensino superior".
Resposta da UEM
O reitor da UEM, Mauro Baesso, afirmou que enviou o documento ao banco credenciado e que a Caixa confirmou que o documento estava correto. "Eles [governo] querem me obrigar a assinar um ofício que não é só para autorizar o pagamento dos salários, mas para nos forçar a entrar no Meta4".
Meta4 é o sistema de gestão de pessoas do Governo Estadual. A UEM é contra a adesão porque acredita que ele fere sua autonomia.