Lei estadual determina a inserção do assunto de forma interdisciplinar na grade curricular, a partir de 2015.
Instituições de ensino das redes pública e privada do Paraná, desde o
ensino básico ao superior, terão que inserir a prática de educação
ambiental de forma interdisciplinar na grade curricular do ano que vem. A
inserção está prevista na lei estadual 17.505/2013 baseada na Política
Nacional de Educação Ambiental (PNEA) e no Programa Nacional de Educação
Ambiental (ProNEA).
De acordo com o Artigo 15, não se trata de
uma disciplina: "A educação ambiental não deve ser implantada como
disciplina específica no currículo de ensino, devendo estar contemplada
nas diretrizes das disciplinas curriculares".
A professora de
Geografia, Marlene Galhardo Mochi, assistente de Chefia do Núcleo
Regional de Educação (NRE), em Maringá, destaca que a discussão sobre a
educação ambiental, nas escolas do Paraná, existe desde a década de
noventa do século passado. Na opinião dela, o assunto é uma prática
educativa que deve ser trabalhada de forma integrada e interdisciplinar.
"As escolas estaduais já adotaram essa técnica, a lei apenas reforça
isso", ressalta.
Ela comenta que, antes da legislação, havia um
debate sobre a implantação de uma disciplina denominada Educação
Ambiental ou se a temática seria abordada como prática educativa. "A lei
formalizou isso determinando que seja uma prática educativa integrada,
interdisciplinar, transdisciplinar e transversal no currículo escolar.
Esse encaminhamento (educação ambiental) está garantido no projeto
político-pedagógico das escolas", acrescenta.
A Universidade
Estadual de Maringá (UEM) diz que a educação ambiental se amplia,
gradativamente, desde o desenvolvimento de projetos de ensino, pesquisa e
extensão, com a participação ativa de professores e acadêmicos de
vários cursos, até a inserção da temática em projetos pedagógicos de
alguns cursos de graduação e pós-graduação.
"Sabemos ser preciso
avançar a fim de atender não só a recém-criada Política Estadual de
Educação Ambiental (Lei 17.505/2013), mas todo um conjunto de leis e
políticas públicas relativas ao assunto, discutidas nesses últimos 20
anos no País", diz a pró-reitora de Ensino da UEM, Ana Obara.
Ela
afirma ter assumido a Pasta há menos de dois meses, mas a agenda prevê
ações para inserção de temas voltados à questão ambiental em programas e
projeto pedagógicos. "Nesse sentido, a partir do próximo ano,
pretendemos criar comissões e grupos de estudos, com professores e
coordenadores dos vários cursos, para viabilizarmos uma discussão mais
ampla sobre as diferentes leis e políticas de educação ambiental
implantadas no País e no Estado", declara.
O Sindicato das
Escolas Particulares (Sinepe) e a Secretaria Municipal de Educação de
Maringá foram procurados para comentar o assunto, mas não se
manifestaram até o fechamento desta reportagem.
http://digital.odiario.com/cidades/noticia/1237746/educacao-ambiental-sera-obrigatoria-nas-escolas/