Reabertura do RU foi definida como prioridade pelo novo reitor, que quer o restaurante funcionando no início de 2015
Manutenção e Conservação dos campi também será alvo de melhorias pela nova administração
Empossado há menos de um mês, o atual reitor da Universidade Estadual
de Maringá (UEM), Mauro Baesso, tem um desafio e tanto pela frente para
colocar a casa em ordem. O fim de ano será voltado para a verificação
de cada ponto da universidade, em especial as obras inacabadas, que
somam 60, sendo 55 em Maringá.
Um levantamento que está em fase
de conclusão aponta que cerca de um terço das obras estejam paradas.
Além de a nova gestão priorizar algumas construções, outro objetivo é
focar em melhorias na manutenção do campus, hoje reconhecidamente
precária.
A dificuldade na conclusão das obras tem vários
motivos, entre eles a falta de repasse de recursos, necessidade de
alterações em projetos (como no caso da obra da Clínica Odontológica) e
procedimentos burocráticos das construtoras terceirizadas responsáveis
pelas construções.
Prioridade
Dentre as obras, a prioridade é o Restaurante Universitário (RU), que está fechado desde janeiro de 2013.
"Estamos nos comprometendo a colocar o restaurante para funcionar a partir do primeiro dia de aula de 2015", ressalta Baesso.
"A
construtora [responsável pela obra do RU] em função do pagamento do
Estado, que estava atrasado, parou de trabalhar. Agora que receberam,
mandamos uma notificação para retornarem ao serviço", comenta o prefeito
do campus, Carlos Augusto Tamanini.
HU e praça de convivência
O
Hospital Universitário (HU) também deverá receber maior atenção e outra
obra que deve sair do papel a partir do ano que vem é a praça de
convivência dos alunos - primeira etapa do projeto que previa a concha
acústica na instituição.
O objetivo é vistoriar todas as obras,
priorizando as de urgência e colocando em prática o trabalho a partir do
ano que vem, além de cercar as construções de maneira adequada - hoje, o
acesso às obras é bastante facilitado. Um dos blocos em construção
próximo ao HU, por exemplo, é usado por usuários de droga
esporadicamente.
"A última vez que passamos com a equipe,
chegamos a contar 10 pessoas. É preciso realmente limitar o acesso,
fechar, para que essas invasões não ocorram", destaca o coordenador da
equipe de abordagem de rua da Secretaria de Assistência Social e
Cidadania (Sasc), Adauto Cezario.
O NÚMERO
10 pessoas
Foi a quantidade de usuários de drogas encontrados pela equipe da Sasc em uma das obras inacabadas da UEM
ESQUELETO. Prédio com construção suspensa no campus de Maringá. Cerca de 1/3 das obras estão paradas. —FOTO: J.C. FRAGOSO
FURTOS E VANDALISMO
A reportagem visitou instalações antigas e
os blocos novos na UEM observando o estado de conservação. Na 23ª melhor
universidade do Brasil, duas necessidades ficam em evidência: a
melhoria na manutenção e a conscientização de quem frequenta o espaço.
O
primeiro impacto é a poluição visual. "[O vandalismo] é o maior
problema dentro do campus. Vamos fazer um trabalho de conscientização",
comenta o prefeito do campus, Carlos Augusto Tamanini. Um dos receios é
pintar os blocos que receberam mais intervenções e os atos voltarem a
acontecer. "Depredação e furtos são situações constantes."
A
manutenção hoje é feita só em casos de emergência como falta de
bebedouro ou destelhamento de blocos. No Restaurante Universitário, além
das obras paradas há entulhos, lixeira e bancos quebrados. Ao lado do
bloco E46, extremamente escuro durante o dia, dois banheiros estão
interditados para a reforma. /// Ana Verzola
http://digital.odiario.com/cidades/noticia/1222264/uem-tem-60-obras-inacabadas-e-campus-sente-falta-de-cuidados/