A partir do Vestibular de Inverno 2014, o curso de Engenharia de Produção, ofertado no campus sede da Universidade Estadual de Maringá (UEM), será em tempo integral. O Conselho de Ensino e Pesquisa (CEP) da instituição aprovou a alteração do horário de funcionamento do curso em reunião realizada em 26 de março. A medida foi regulamentada em Resolução do CEP e divulgada na sexta-feira (11).
A graduação foi aprovada em 2000, com a oferta em quatro ênfases: Agroindústria; Confecção Industrial; Construção Civil; e Software. Com esse modelo, a Engenharia de Produção passou a atender aos anseios das grandes cooperativas agroindustriais da região, às necessidades de planejamento, qualidade e logística na construção civil, de melhoria nos processos e os produtos acabados das indústrias de confecção da região, além de suprir a carência de profissionais qualificados para atuação na produção de softwares.
O chefe do Departamento de Engenharia de Produção, professor Carlos Antonio Pizo, destaca que a mudança se deu com base no estudo de uma comissão, formada em outubro do ano passado. "Pelas características do próprio curso, o desempenho exigido é alto e a carga horária fora de sala de aula acaba sendo grande, adaptando-se mais a um regime integral", afirma. O professor acredita que a mudança irá aumentar a procura para o curso, cuja concorrência varia entre 10 e 15 candidatos por vaga, conforme a ênfase escolhida.
Pizo também reconhece que a alteração no turno irá mudar o perfil do aluno, excluindo aqueles que, para fazer um curso superior, precisam trabalhar. No entanto, com base nos últimos questionários socieconômicos, preenchidos no ato da inscrição para o vestibular, 90% dos aprovados em Engenharia de Produção declaram que não teriam necessidade de trabalhar durante a graduação. Anualmente, são oferecidas 120 vagas, sendo 30 vagas em cada uma das ênfases. O número de formandos, segundo o professor, é praticamente o mesmo. Atualmente, o curso conta com mais de 500 alunos regularmente matriculados.