Rua Deputado Ardinal Ribas fica congestionada diariamente nos horários de pico com o fluxo das ruas 10 de Maio e São José somados à saída da universidade
"Coitado dos moradores que não têm outra alternativa viária", afirma
a estudante do metrado de Psicologia da Universidade Estadual de
Maringá (UEM) Carla Monteiro. Ela se acostumou com a dificuldade em
trafegar pela Rua Deputado Ardinal Ribas, nos horários de pico. "Já
passei a contar com o atraso. No final da manhã e no final da tarde é
sempre assim", relata, enquanto aguarda a oportunidade de ganhar a
Avenida Colombo e seguir para a Vila Santo Antônio, onde mora. "Aqui é
bem complicado mesmo", afirma o auxiliar de escritório Lucas
Domingues, que foi buscar a namorada na UEM no final da tarde de ontem e
aguardava na fila, ainda dentro do campus. "É todo dia assim", reforça
a estudante de enfermagem Joise March.
Problema comum que tem
exigido paciência de todos os motoristas que deixam a universidade pela
Ardinal Ribas - via que dá acesso à Avenida Herval - e que recebe o
fluxo de veículos das ruas 10 de Maio e São José. "Um caos", como
considerou o professor aposentado da rede estadual,Javan de Oliveira
Kendrick.
" As filas de veículos começam 300 metros antes dos
poucos portões. A cada dia o caos aumenta e ninguém toma providência",
reclama. Para ele, o problema é a ausência de mais portões de acesso
ao campus, pois na hora de sair da universidade, existem apenas duas
opções, além da Ardinal Ribas. Uma alternativa, também congestionada
em horários de pico é pela Vila Esperança. A outra opção, onde o
tráfego flui um pouco melhor é pela Rua Itamar Orlando Soares.
Para
o estudante de Geografia, Eduardo Simões, adepto da bicicleta, o
problema é que o número de carros é cada vez maior. "Pode reparar, a
maioria dos carros leva apenas uma pessoa. O problema da mobilidade só
vai se resolver a longo prazo, com o incentivo a modais alternativos
como o ônibus e a bicicleta", diz.
O secretário de Planejamento
da Prefeitura de Maringá, Laércio Barbão, considera que a única solução
para melhorar o fluxo no trecho congestionado é a polêmica
transposição do campus. "Com a abertura de uma via ao leste da UEM,
vamos conseguir melhorar todo o fluxo da zona Norte", afirma. O projeto
ainda depende da aprovação do Conselho Universitário (COU), que deve
receber um relatório da comissão de estudos viários da universidade
ainda este mês para deliberar sobre o impasse.
Na parte oeste do
campus, a abertura de um contorno foi aprovada pela UEM. Para o projeto
sair do papel, a prefeitura aguarda apenas a liberação do edital de
licitação pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). A
instituição vai emprestar o dinheiro necessário para executar a obra,
que tende a melhorar o fluxo de veículos.
TRÁFEGO
"Já passei a contar com o atraso. No final da manhã e no começo da tarde é sempre assim (o trânsito)"
Carla Monteiro
Estudante de Psicologia
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