A Universidade Estadual de Maringá (UEM) debate, na noite desta quinta-feira (1º), o chamado "Contorno Leste". O ponto principal da discussão é o prolongamento da Avenida Herval por meio da Rua Deputado Ardinal Ribas, que passa ao lado do campus, até a Vila Esperança. O objetivo é facilitar o trânsito entre o Centro e a região norte da cidade.
Dois projetos serão apresentados à comunidade acadêmica: um é da prefeitura e outro feito por um comitê da UEM. As duas propostas têm divergências no que diz respeito à área da Estação Climatológica, a 1,2 km da Avenida Colombo.
A prefeitura deseja implantar uma bifurcação na Avenida Herval que deixaria a estação "cercada". Uma das vias daria acesso à Rua Samuel Weiner e outra à Rua Primavera. A primeira rua teria sentido ao Centro e segunda acesso aos bairros. A proposta da UEM prevê um gradual estreitamento da avenida e desvio da Estação Climatológica, fazendo o acesso aos bairros pelas ruas Antônio Marin e Olímpio da Rocha.
Segundo o secretário de Planejamento, Laércio Barbão, a proposta da UEM impossibilitaria a implantação de faixas exclusivas para ônibus e ciclovias.
"A via ficaria muito pequena e faria um ângulo de 90º para desvio da
estação, dificultando o trânsito de ônibus ou outros meios de
transportes coletivos. Temos que pensar na cidade para daqui 20 anos",
ressalta.
Já a coordenadora do comitê da UEM, Celene Torres, frisa a
importância da manutenção da área da estação. "No local são feitas
pesquisas sobre o clima há mais de 30 anos. O trânsito de carros ou a
mudança de lugar poderia comprometer os registros."
A prefeitura se comprometeu a construir uma nova estação. Barbão afirma que o projeto do Executivo é mais econômico. "O custo com desocupações de terreno na nossa proposta seria de aproximadamente R$ 800 mil com a remoção de duas residências. Já no projeto da UEM seria necessário gastar R$ 3,5 milhões e realocar nove residências." A audiência acontece hoje, às 19h30, no bloco C-67 da UEM.