Estudantes do curso de Educação Física da Universidade Estadual de Maringá (UEM) protestaram ontem, na Prefeitura de Maringá. Foram em busca da liberação do alvará para a continuidade das obras do ginásio de esportes do campus. "A obra está parada há exatamente 1 ano. Esperamos que a Prefeitura faça a vistoria e libere o alvará para a continuidade dos trabalhos", critica o professor Giuliano Pimentel, coordenador de Desportos e Recreação da instituição.
A UEM tem R$ 3 milhões liberados para a obra, mas o vai e vem de documentos tem emperrado o processo e prejudicado os estudantes. Sem o alvará de construção, a universidade não consegue pagar a construtora para dar andamento. A assessoria de imprensa da instituição informou que a prefeitura solicitou alterações no projeto e que os documentos foram novamente apresentados ao município.
"Estamos fazendo a análise e pedi para que os dois professores do Departamento de Educação Física viessem com o técnico responsável para facilitar o entendimento do que é preciso cumprir em termos de legislação", afirma o secretário de Planejamento, Laércio Barbão, que informa estar disposto a agilizar o procedimento de aprovação.
O secretário afirma que "não existe morosidade" nas análises dos projetos da universidade, onde a discussão sobre o contorno viário no campus de Maringá tem provocado o adiamento de projetos de mobilidade do município. "Tenho por exemplo, projeto do bloco odontológico, que está na praça de atendimento desde 6 de junho para ser retirado e providenciar o que foi pedido pelo município", diz.
Em relação à ampliação deste bloco que se refere a uma clínica odontológica, a assessoria de imprensa da UEM informou que a documentação foi retirada e os novos documentos solicitados já foram protocolados na prefeitura. Este bloco odontológico, por exemplo, depende de aprovação para que a universidade possa dar continuidade ao processo de licitação. Não há garantia de que os novos documentos apresentados pela UEM garantam a aprovação no município, que poderá fazer novas exigências.
O secretário de Planejamento afirma que já solicitou à UEM a incorporação de toda área do campus num único cadastro, o que facilitaria a análise e aprovação dos projetos. Barbão também disse que em muitos casos, os engenheiros da universidade é que demoram para buscar os projetos e os respectivos pedidos de alteração ou apresentação de documentos.
"Tivemos vários projetos (da UEM) que foram parar no arquivo geral, pois ficaram mais de 90 dias na Praça de Atendimento, que não pode ficar retendo documentos."
http://www.odiario.com/cidades/noticia/761198/vai-e-vem-de-projetos-atrasa-obras-na-uem/