O prefeito Silvio Barros (PP) e o reitor da Universidade Estadual de Maringá (UEM), Julio Santiago Prates Filho, conversaram ontem à tarde por telefone sobre a necessidade da prefeitura e da instituição definirem o quanto antes o que fazer em relação à transposição viária do câmpus da UEM.
"Ele (reitor) ficou de agendar uma reunião para o dia 11 ou para o dia 13 para que possamos discutir este assunto. Faz tempo que estou solicitando esta reunião com o reitor, os pró-reitores e os conselheiros", afirmou Silvio.
A expectativa do prefeito é de que a reunião ocorra antes da decisão do Ministério das Cidades sobre a aprovação ou não do PAC da Mobilidade - Médias Cidades, que inclui uma proposta do município de se fazer um túnel para melhorar a mobilidade entre a região norte e o centro da cidade.
"Temos a obrigação de evitar o confronto entre a cidade e a UEM. Entendo que o pleito deles é justo e, por isso, nosso projeto do túnel tem um custo de R$ 30 milhões a mais, para garantir que a universidade não seja prejudicada com a obra. O que não posso deixar de fazer é de resolver um problema do trânsito da cidade", disse.
No entanto, para o prefeito, a Conferência Municipal que vai ser realizada na segunda-feira não é o local adequado para se discutir a transposição da universidade, como defendem as representantes da instituição no Conselho de Municipal de Planejamento e Gestão Territorial (CMPGT) de Maringá.
"Quanto mais cedo discutirmos, melhor, mas esta questão não está na pauta da conferência e isto não vai ser discutido." Ontem à noite, na UEM, dezenas de alunos e professores se reuniram para debater qual vai ser o posicionamento dos representantes da instituição durante a conferência.
No entendimento da professora de Arquitetura da UEM e membro do CMPGT, Fabíola Cordovil, todas as diretrizes viárias de Maringá devem ser discutidas durante a conferência, pois o edital publicado pela prefeitura para chamar a discussão com a sociedade não traz a informação de quais são as diretrizes incluídas na pauta.
A falha na divulgação ainda vai ser avaliada pela prefeitura, que pretende discutir apenas as diretrizes viárias do novo parque industrial e das vias de ligação do empreendimento com a cidade.
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