Os servidores da Universidade Estadual de Maringá (UEM) que estão em greve esperam receber, na tarde desta terça-feira (18), a nova proposta de aumento que foi proposta em reunião entre representantes da Associação Paranaense das Instituições de Ensino Superior (Apiesp) e os secretários de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Alípio Leal, e da Administração e Previdência, Jorge de Bem, na segunda-feira (17).
Segundo nota da Apiesp, conforme acordo firmado na última semana entre os comandos de greve dos sindicatos representantes dos servidores técnico-administrativos e os integrantes da Associação, houve, na segunda-feira, reunião dos dirigentes institucionais (reitores e diretores) e os secretários de governo para estudar propostas de melhorias na carreira dos agentes universitários.
Após ampla discussão, considerando as proposições apresentadas à Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia (Seti), via documento, pelos sindicatos e pelas pró-reitorias de Recursos Humanos das Instituições Estaduais de Ensino Superior (IEES), o grupo de trabalhos promoveu ajustes e conseguiu avanços na proposta apresentada anteriormente pelo governo.
Os resultados das negociações com o governo serão apresentados pela Apiesp aos comandos de greve, nesta terça-feira (18), em reunião em Foz do Iguaçu (a 411 km de Maringá), às 15h. Em seguida, as informações serão repassadas à categoria. Em Maringá, os funcionários em greve vão aguardar a nova proposta no Restaurante Universitário (RU), e devem fazer assembleia em seguida para decidir sobre a proposição.
No entanto, o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino de Maringá (Sinteemar), Eder Adão Rossato, acredita ser "muito difícil" a greve acabar hoje. "Vamos esperar que o governador Beto Richa transforme a proposta em lei, como aconteceu com os professores, para voltar os trabalhos", afirma. De acordo com Rossato, os grevistas pretendem evitar o que aconteceu no mês passado, quando o governo do Paraná descumpriu a proposta de reajuste, o que fez com que a categoria retirasse o indicativo de greve no último dia 9 de agosto.
Segundo o secretário Alípio Leal, em notícia divulgada pela Seti, a medida demonstra o interesse do governo e dos dirigentes das instituições estaduais de ensino superior em buscar soluções e encaminhamentos que possam trazer mais avanços para a categoria dos agentes. Leal considera que a decretação da greve pelas entidades representantes dos servidores, rompendo o processo de negociação, não foi a melhor atitude a ser tomada em defesa dos interesses da categoria.