Os técnicos da Universidade Estadual de Maringá (UEM) aprovaram para a próxima quarta-feira, indicativo de greve que deverá se deflagrada a partir do dia 11 de outubro. A decisão foi tomada ontem de manhã, durante assembleia da categoria.
De acordo com o presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino de Maringá (Sinteemar), Éder Rossato, a maioria dos cerca de 800 servidores que participaram da reunião aprovou o indicativo. "No dia 5, deve haver nova assembleia para ratificar a greve para o dia 11, por prazo indeterminado", aponta.
No total, a UEM conta com 2.500 técnicos, distribuídos pelo campus de Maringá, Hospital Universitário e os campi regionais (Cianorte, Cidade Gaúcha, Diamante do Norte, Ivaiporã, Goioerê, Umuarama).
Ainda segundo o presidente do Sinteemar, as universidades em
Cascavel, Londrina e Ponta Grossa já aprovaram o mesmo calendário de
paralisação, que segue orientação do comando estadual de greve.
Negociação
Em junho deste ano, os servidores da UEM aprovaram o indicativo de
greve em assembleia, mas retiraram o aviso no dia 13 de agosto, após o
governo apresentar uma proposta que agradou a categoria.
O governo havia se comprometido em conceder reajustes de 35% para os técnicos de nível fundamental (pessoal de apoio); 20% para os do ensino médio mantido pelas universidades; e 6% para os cargos de nível superior. "O governo deveria ter nos apresentado esse projeto na última segunda-feira, mas disse que não houve tempo hábil para fazer o texto.
Solicitamos que a reestruturação das carreiras dos técnicos fosse feita juntamente com a dos docentes, o que não ocorreu"
De acordo com a Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino
Superior (Seti), o governo estuda o impacto da implantação da nova
tabela no orçamento estadual.
"A mensagem para a Assembleia Legislativa deve ser encaminhada no
final de setembro ou começo de outubro, sem prejuízo quanto ao prazo
final de implantação. Estamos vencendo as dificuldades e mantendo o
diálogo com os sindicatos", afirmou o secretário Alípio Leal.
COLÉGIOS ESTADUAIS
Cerca
de 1 milhão de estudantes da rede estadual de ensino de todo o Paraná
ficaram sem aulas ontem. Professores e funcionários administrativos
fizeram uma paralisação para reivindicar implantação de hora-atividade,
melhores condições de trabalho reajuste salarial de 14,13% para
funcionários das escolas.
Representantes em Maringá do Sindicato dos Trabalhadores da Educação Pública do Paraná (APP- Sindicato) forma ontem a Curitiba, para participarem do Dia do Luto pela Educação do Paraná. Os manifestantes se concentram na Praça Santos Andrade e seguiram em caminhada até o Palácio Iguaçu.
http://www.odiario.com/cidades/noticia/598403/tecnicos-aprovam-indicativo-de-greve/