Os professores da Universidade Estadual de Maringá (UEM) vão entrar em greve a partir da próxima terça-feira. A paralisação ocorrerá em todas as universidades estaduais do Paraná, mas em diferentes datas.
Na Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), a greve começa hoje. Nas estaduais Centro-Oeste (Unicentro) e do Oeste do Paraná (Unioeste), a greve começa no mesmo dia que a UEM. Em 3 de setembro quem cruza os braços são os professores das estaduais Londrina (UEL), Norte do Paraná (Uenp), além da Faculdade Estadual de Ciências Econômicas de Apucarana (Fecea).
Ricardo Lopes
Assembleia, ontem, de professores da UEM. Categoria aguarda votação sobre reajuste dos salários
De acordo com a vice-presidente da Seção Sindical dos Docentes da UEM (Sesduem), Marta Belini, a paralisação terá como objetivo aguardar a aprovação da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) da mensagem 45 do governador Beto Richa (PSDB) - para envio à Alep do anteprojeto de lei que propõe um reajuste de 31,73% no salário dos professores das instituições estaduais de ensino superior. A medida prevê o pagamento a partir de outubro deste ano, em quatro parcelas anuais de 7,14%.
"A assembleia entendeu que se não fosse deflagrada a greve, estaríamos esperando muito mais do que o período de um ano e meio que estamos aguardando", diz Marta. "É preciso ter prudência com a proposição, pois é a 11ª vez que foi anunciado o aumento."
Cerca de 200 docentes da UEM participaram da reunião, ontem, no auditório do Dacese, campus central, entre os mais de 400 filiados ao sindicato atualmente, segundo Marta. A decisão vale para todos os campi regionais da UEM, em Cianorte, Goioerê, Cidade Gaúcha, Umuarama, Diamante do Norte e Ivaiporã.
Marta diz que a expectativa é de uma "razoável " adesão. "A gente não pode obrigar ninguém a parar, mas acredito que teremos uma adesão razoável." Na última terça-feira, houve paralisação parcial das aulas na UEM.
A assessoria de imprensa da instituição aconselha os estudantes a ligarem para se informar sobre a situação de cada curso, já que a paralisação depende da decisão pessoal de cada professor.
http://www.odiario.com/cidades/noticia/594625/professores-aprovam-greve/