Entrar na universidade é dar o pontapé inicial na carreira profissional, no entanto, a escolha do curso envolve uma série de fatores que mexem com a cabeça dos jovens. Vocação, salário e preferência dos pais são alguns dos aspectos que dificultam a tomada de decisão.
Para a psicóloga e consultora de Recursos Humanos Ana Maria Tardelli, a estratégia para auxiliar nesse processo passa, essencialmente, por muita pesquisa.
João Cláudio Fragoso
Sabrina está em dúvida entre carreira na área de exatas e biológicas
Segundo a especialista, não existe idade certa para cravar a decisão, mas ela ressalta que quem deseja construir uma carreira bem-sucedida precisa, desde cedo, reunir o máximo de informações possíveis sobre o mercado de trabalho.
Os testes vocacionais, desde que realizados por especialistas, as
mostras de profissões realizadas nas instituições de ensino superior e
até mesmo uma conversa informal com profissionais que construíram
carreiras sólidas, explica Ana Maria, são ferramentas que colocam as
pessoas em contato com as mais distintas carreiras.
Financeiro
De acordo
com a psicóloga, a expectativa de um bom retorno financeiro é um dos
pontos que encabeça a lista de prioridades de muitos "caçadores de
profissão".
Ela menciona que a remuneração deve ser avaliada, mas, recomenda que investir em uma carreira que não gosta apenas com o objetivo de ganhar bem, pode significar frustração e, até, fracasso profissional.
Outro erro comum na hora de definir a carreira é se deixar levar pela
pressão de seguir as profissões da família. Para a especialista, cabe
aos pais dar o suporte aos filhos para que encontrem um caminho
próprio. O contrário, avisa ela, pode redundar também em frustração.
Experiências
A estudante Sabrina Rodrigues Gatto, 15 anos, está no segundo ano do
ensino médio e já se prepara para entrar na universidade. "Já prestei um
vestibular da Universidade Estadual de Maringá para ver como ele é e,
no fim do ano, vou me inscrever de novo. Sei que estas experiências me
ajudarão a estar preparada na hora do teste final", diz.
Mesmo se adiantando para conquistar uma vaga no ensino superior, Sabrina confessa estar indecisa sobre qual curso frequentar. Na dúvida entre as áreas biológicas e exatas, ela prefere pesquisar um pouco mais para acertar em cheio na escolha.
"Procuro conversar bastante com meus pais e com profissionais e professores destas áreas que estou em dúvida. Enquanto isso, faço um planejamento de estudos diário para não perder o ritmo", afirma.
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