Menos tempo em sala de aula e maior taxa de aprovação em relação às médias estaduais e nacionais. Essa é a realidade dos alunos do 1º ao 5º ano do ensino fundamental de escolas públicas e privadas de Maringá.
Estatísticas do Ministério da Educação (MEC) mostram que os estudantes do 1º ao 5º ano de Maringá passam, em média, 4,1 horas por dia na escola. O tempo é menor que a média do Paraná (4,2) e do Brasil (4,4).
O contraste é ainda maior quando comparado a Apucarana, no norte do Estado. Lá, a média de horas-aula diárias é 7,6 - desde 2001 o ensino em tempo integral foi implantado nas escolas municipais.Se por um lado os alunos maringaenses passam menos tempo em aula, eles têm maior taxa de aprovação: 94,9%. O índice é maior que as médias estadual (94%) e nacional (89,9%).
A secretária municipal de Educação, Edith Dias, afirma que os resultados são mérito dos professores e da formação que eles recebem. "A maioria do nosso quadro docente é de pedagogos.
Os nossos professores fazem projetos no contraturno e têm formação continuada, que é exigida por lei", aponta. "Não adianta o aluno ficar na escola pensando apenas no número de horas, tem que ser pela qualidade."
Para especialistas em educação, é apressado concluir que o ensino na cidade é melhor, pois as diferenças são pequenas. "O que importa, de fato, é a qualidade do processo educacional. O mais importante é que existe em Maringá uma desigualdade gritante entre as escolas.
Algumas poucas que estão mais aparelhadas e melhor localizadas, em bairros menos vulneráveis, conseguem melhores notas e fazem com que a média do Índice de Desenvolvimento da Educação (Ideb) suba, sem representar a realidade da totalidade das escolas do município", afirma Ivana Veraldo, professora doutora do Departamento de Fundamentos da Educação da Universidade Estadual de Maringá (UEM).
O Ideb – indicador que mede a qualidade da rede de ensino – dos anos iniciais do ensino fundamental de Maringá, em 2009, foi de 5,7; abaixo da meta estabelecida pelo governo, que é de 6,0.
A lei exige que os alunos do 1º ao 5º ano do ensino fundamental passem, no mínimo, 800 horas por ano na escola. Os estudantes maringaenses têm 200 dias letivos e 800 horas-aula por ano.
O próximo levantamento do MEC vai apontar aumento nas horas-aulas, porque hoje 22 escolas da cidade oferecem ensino em tempo integral para 3,5 mil estudantes. Escolas estão sendo ampliadas para aumentar o número de vagas em contraturno.
A diretora de Ensino da Secretaria de Educação, Adriana Palmieri, diz
que o conteúdo não tem de ser ministrado entre quatro paredes.
"Optamos por atividades diversificadas, que levam o aluno a ficar 4,1
horas na sala. O ensino das nossas crianças têm que ser 60% lúdico".
INDICADORES
http://www.odiario.com/cidades/noticia/586934/aprovacao-e-maior-mas-tempo-na-sala-de-aula-e-menor/