Alegando dificuldades em estabelecer negociações
com o governo do Estado, servidores da Universidade Estadual de Maringá
(UEM) aprovaram ontem, em assembleia, indicativo de greve para o dia
1º de agosto.
Segundo o presidente do Sindicato dos
Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino de Maringá (Sinteemar),
Éder Rossato, o objetivo é mostrar para o governo que, se os anseios
dos técnicos e docentes não forem atendidos, a greve será decretada.
Após definir como uma "tragédia" o encontro com o governo no dia 15,
Rossato estará novamente em Curitiba amanhã para outra rodada de
negociações. "Nós, do Sinteemar, não temos expectativas positivas.
Iremos para mostrar que estamos dispostos a conversar", disse.
Ele explica que as universidades estaduais de Cascavel (Unioeste) e
Londrina (UEL) aprovaram no dia 18 um indicativo de greve para a
primeira quinzena de agosto, mas a intenção é unificar a data e agilizar
as decisões.
Na quinta-feira, também será discutido com
representantes de outros sindicatos a realização de paralisações, que
podem ser pontuais ou gradativas, realizadas em cada universidade em
conjunto no Estado.
Outra possibilidade é que as paralisações
atinjam o próximo vestibular da UEM. As decisões serão tomadas nesta
sexta-feira, durante assembleia no Restaurante Universitário (RU), a
partir das 14 horas.
![](http://src.odiario.com/Imagem/2012/06/19/g_2006a-0605.jpg)
2,2 mil
técnicos compõem o quadro administrativo da
Universidade Estadual de Maringá
800
professores são do quadro docente da
universidade. A maioria deve parar no dia 1º/8
De acordo com Rossato, nos últimos anos a UEM cresceu 150% em número
de alunos e cursos, mas o Estado não ofereceu contrapartidas, liberando
a contratação de mais funcionários, por exemplo.
"Nenhum dos
compromissos assumidos com os técnicos e docentes foi mantido, com a
alegação de que falta dinheiro." Ainda segundo ele, o Plano de Cargos,
Carreiras e Salários (PCCS) dos docentes já foi negociado e aceito pela
categoria, mas não foi encaminhado para a Assembleia Legislativa para
que se transforme em lei.
Com relação ao plano dos técnicos,
tudo está parado. "O governo ainda quer tirar benefícios, como as
progressões horizontais e verticais, que permitem incremento de salário
por tempo de serviço, titulação e cursos realizados na área", listou
Rossato.
Ele citou também a questão das horas extras como um
problema grave enfrentado pelos servidores. "O governo não pode liberar
hora extra, mas fala em terceirizar atividades".
http://www.odiario.com/cidades/noticia/578577/servidores-da-uem-aprovam-indicativo-de-greve/