O Centro Brasileiro de Estudos de Saúde (Cebes) se manifestou de forma
contrária à construção do posto de saúde da Zona 7 no câmpus da
Universidade Estadual de Maringá (UEM). A justificativa é que, dentro da
instituição de ensino, o posto privilegiaria a comunidade acadêmica e
intimidaria a população a procurar atendimento. O bairro que seria
atendido pela nova unidade tem quase 30 mil moradores.
A
prefeitura recorreu à UEM para construir a unidade de saúde no câmpus
porque não houve acordo para fazer a obra em um terreno da Copel, na
Avenida Colombo. O município apresentou à reitoria duas propostas.
A primeira delas é construir o prédio na esquina da Rua Demétrio
Ribeiro com a Avenida Colombo; a outra, perto da Estação Climatológica.
O terreno seria doado pela universidade e a obra, custeada pela
prefeitura. A UEM está analisando a proposta.
Segundo a
integrante do Cebes, Catarina Makiyama, assistente social da UEM, a
instituição estará ferindo o princípio de universalização do Sistema
Único de Saúde (SUS) se permitir a obra no câmpus. "Uma unidade básica
de saúde é construída para a população, e não para servir de campo de
estágio."
A entidade enviou uma carta ao reitor, pedindo que o
assunto seja discutido com estudantes e servidores da UEM. O Cebes
ainda pretende conversar com os departamentos de Medicina, Farmácia e
Odontologia sobre o projeto. A sugestão é que o posto de saúde seja
construído na Vila Olímpica.
http://www.odiario.com/cidades/noticia/568592/entidade-e-contra-posto-de-saude-no-campus-da-uem/