A queixa de que programas sociais são "armas"
para a prática de políticas assistencialistas – em que os políticos
oferecem ajuda momentânea, pontual, a pessoas de baixa renda como forma
de troca de favores, e não no sentido de direito comum a todos - é
corriqueira. A socióloga Ana Lúcia Rodrigues, coordenadora do
Observatório das Metrópoles, núcleo da Universidade Estadual de Maringá
(UEM), no entanto, discorda.
"Nós vivemos em uma sociedade extremamente desigual. Os benefícios não são distribuídos corretamente, então o governo tem que corrigir. Os programas de assistência social são as formas mais perfeitas de diminuir essa desigualdade extrema", afirma. "Ninguém consegue se acomodar com o valor que eles recebem. É impossível", garante.
SERVIÇO
Para participar dos programas sociais
governamentais, é preciso ter renda
per capita familiar máxima de R$ 140.
Os endereços de todos os Centros de
Referência de Assistência Social(Cras),
onde são feitos os cadastramentos,
estão disponíveis no site da Prefeitura
de Maringá: www.maringa.pr.gov.br.
Ana Lúcia explica que há grande diferença entre os programas sociais e
políticas assistencialistas. "Nos programas sociais que estamos vendo
no Brasil, como o Bolsa-Família, as regras são claras, transparentes e
para todos. Essa é a diferença.
A política assistencialista é
bem diferente. Nos programas, os governantes buscam uma forma de sanar a
urgência da pobreza, e não de fazer mero assistencialismo".
http://www.odiario.com/cidades/noticia/560579/assistencialismo-x-ajuda/