Em Maringá é certo que os segmentos que apresentam
mais demanda por engenheiros mecânicos são as indústrias da área metalomecânica
e o setor sucroalcooleiro.
A afirmação é do professor e chefe do
Departamento de Engenharia Mecânica da Universidade Estadual de Maringá (UEM),
Cleber Santiago Alves, que diz serem muitas as empresas de pequeno, médio e
grande porte desses segmentos instaladas no entorno de Maringá.
Penso
que isso se deve ao fato de esses setores terem tido alto crescido nos últimos
anos em todo o Brasil, declara. Por causa dessa realidade de crescimento e do
bom desempenho do curso de Engenharia Mecênica da UEM no Enade 2005 - quando
conseguiu atingir nota 3 (máximo é 5), a mesma do curso da Universidade do
Estado do Rio de Janeiro -, Alves diz que tem aumentado a procura pelo curso na
instituição. Ano passado, por exemplo, ficamos entre os três cursos mais
concorridos da universidade, destaca.
O presidente do Sindicato das
Indústrias de Metal Mecânica de Maringá (Sindimetal) e vice-presidente da
Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep), Carlos Walter Martins
Pedro, explica que a indústria metalomecânica em Maringá e região é muito
diversificada e, no últimos anos, equipou-se com maquinas e ferramentas
modernas. Por isso a necessidade de qualificação da engenharia da empresas,
completa.
Segundo Alves, em média são formados em todo Paraná cem
profissionais. Só na UEM, a média tem sido de 22, apesar de esse número ser
crescente nos últimos anos.
Essa quantidade, porém, ainda é pequena se
comparado ao enorme mercado que se formou para engenheiros mecânicos no Estado,
avalia o professor.
Mesmo assim, Pedro ressalta que o curso da UEM tem
contribuído muito para o desenvolvimento da indústria metalomecânica regional
por oferecer profissionais qualificados.
Essa capacitação tem sido
reconhecida, inclusive, por empresas de outros Estados do Brasil. Para se ter
ideia, Alves informa que de todas as turmas que se formaram em Engenharia
Mecânica, a UEM tem ex-alunos na Petrobrás, New Holland e General Motors, além
de usinas de açúcar e álcool.
Uma das motivações que levam esses
profissionais a aceitar sair do Paraná, segundo Alves, é o salário. Ele conta,
por exemplo, que no mês passado uma empresa do Rio de Janeiro, que trabalha na
área petrolífera, recrutou alguns engenheiros recém-formados da UEM e o salário
inicial era de R$5.000,00, mais benefícios.