Entrevista com Márcio Mendes Rocha, coordenador do Núcleo de Economia Solidária da Universidade Estadual de Maringá (UEM).
O Diário - É muito difícil implantar um
programa de gestão de resíduos sólidos?
Márcio Mendes
Rocha - Independente de qualquer coisa, a empresa vai olhar pelos viés
do custo. Neste momento é importante que a sociedade fique atenta e pressione
para que a boa forma de gestão desses resíduos seja executada.
De que maneira?
A opinião
pública consciente e mobilizada faz as coisas acontecerem, a exemplo do que
vemos nos países desenvolvidos. Até o nome da marca pode ser afetado. Na falta
de sociedade organizada e gestão pública contundente, o processo é postergado.
Isso é natural.
O senhor considera que o prazo foi
pequeno?
Eu acredito que é preciso cumprir a lei e arcar as
conseqüências. O que vai balizar a decisão é o ônus político que ela traz para o
gestor público, levando em conta a pressão que ele vai sentir e o compromisso
que tem. Mas uma hora a coisa tem que andar.