Apesar de todo o esforço da instituição, velha prática do trote volta a imperar no primeiro dia do novo período letivo da UEM
A prática do trote continuou nos arredores da
Universidade Estadual de Maringá (UEM), na noite de segunda-feira e ontem, mas
não foi registrada ocorrência considerada grave pela Polícia Militar e pelo
Disque-trote (0800-643-4278), disponibilizado pela instituição para a
formalização de denúncias. Mas isso não quer dizer que o trote agradou a todos.
Na noite de segunda-feira, as ligações que chegaram à polícia alegavam
perturbação do sossego. O oficial de comunicação social do 4º Batalhão de
Polícia Militar, tenente Alexandro Marcolino Gomes, conta que os chamados
aconteceram após às 21 horas, mas que a equipe só pôde comparecer ao local à 1
hora, por conta de um roubo e da rebelião no Centro de Detenção Provisória
(CDP). Quando os policiais chegaram lá, a situação já estavam
normalizada.
O segurança do campus Avelino Junior conta também que uma
mãe ligou anteontem para o Disque-Trote, dizendo que o filho e outros calouros
estavam sendo obrigados a pedir dinheiro para motoristas na Avenida Colombo,
porque os veteranos recolheram os documentos de identidade de todos e só
devolveriam após a participação.
Pedi à mãe que informasse qual era o
curso, mas ela não quis dizer, com medo de que o filho sofresse represálias,
conta Junior.
Por conta disso, não podemos tomar providência alguma,
até porque não podemos intervir quanto ao que acontece fora do campus.
Ele acrescenta que, além disso, foram realizadas apreensões de farinha,
ovos e bebidas alcoólicas na universidade.
Se algum aluno for pego
praticando trote dentro do campus, uma sindicância será aberta para apurar os
fato e, dependendo da gravidade, o aluno poderá ser punido. Entre as sanções
está, inclusive, a expulsão.
Nos primeiros dias de aulas, quatro
seguranças percorrem a instituição, a cada turno, a fim de garantir a segurança
dos calouros.
Londrina
Na universidade
Estadual de Londrina (UEL) foram registrados exageros no trote contra calouros
de agronomia, direito, medicina veterinária e psicologia, no primeiro dia de
aula.
A confusão aconteceu fora do campus e a instituição pretende abrir
sindicância para verificar os responsáveis e aplicar possíveis sanções
advertência, repreensão, suspensão ou expulsão.