Representantes de empresas e órgãos do Poder Público de Maringá e Londrina preparam uma missão empresarial para as cidades argentinas de Córdoba e Rio Cuarto.
Do dia 17 a 21 de março, um grupo de 40 pessoas deverá visitar indústrias, centros tecnológicos e participar de rodada de negócios nas duas principais cidades da Província de Córdoba, que tem três milhões de habitantes.
A iniciativa é liderada pelo Porto Seco Norte do Paraná, com a participação da Prefeitura, Associação Comercial e Empresarial de Maringá (Acim), Universidade Estadual de Maringá (UEM), Centro Universitário de Maringá (Cesumar), Conselho de Desenvolvimento Econômico de Maringá (Codem), Instituto Mercosul e a Agência de Desenvolvimento Terra Roxa.
Apesar de o Brasil ser o principal importador e exportador de mercadorias para a Argentina, a participação do Paraná ainda é pequena.
Apenas 5% do movimento comercial no Porto Seco é de produtos argentinos, diz o superintendente do Porto Seco, Marcos Capellazzi.
Temos mais negócios com o Chile do que com a Argentina.
Para ele, o baixo índice de intercâmbio entre Maringá e empresários argentinos se deve à falta de informação.
Eles não sabem quem somos, só conhecem São Paulo, Rio de Janeiro e Porto Alegre, explica.
A Província de Córdoba, escolhida como destino para mudar as bases da relação comercial, tem o maior Produto Interno Bruto (PIB) da Argentina, com exceção da capital e da Província de Buenos Aires.
A distância também é um fator favorável. A cidade de Córdoba fica a 1.870 km de Maringá, distância equivalente a Palmas (TO).
Outro objetivo da missão é diversificar as pautas de exportação e importação de Maringá. Atualmente, mais de 90% dos produtos exportados por empresas maringaenses são de origem agropecuária. Mais de 45% dos produtos importados são fertilizantes.
Para o prefeito Sílvio Barros (PP), é preciso diminuir a correlação do comércio exterior de Maringá com o agronegócio.
Na primeira reunião de 2009 identificamos a dependência de commodities agrícolas como um ponto fraco e começamos a elaborar estratégias, afirma.