De
acordo com o economista Joílson Dias, professor doutor da Universidade
Estadual de Maringá (UEM), cada setor da economia de Maringá deve
sentir de forma diferente os efeitos da crise econômica mundial.
Setores que se dão melhor nesse ambiente são de prestação de serviços,
nas áreas de saúde e de educação, que são bem característicos da
economia de Maringá, explica Dias.
Esses setores dependem menos de crédito e da demanda internacional, os
fundamentos que foram prejudicados mais fortemente pela crise. Entre
todas as empresas abertas no município, 36,77% são do setor de serviços.
Por outro lado, setores ligados à indústria nacional, como o metal
mecânico, deverão sofrer mais impacto. Firmas desse ramo são
fornecedores de grandes empresas, como as montadoras de automóveis, que
estão em franca recessão.
A crise afetou principalmente os setores industriais que vendem bens
de consumo duráveis: veículos, eletrodomésticos e eletrônicos. Estamos
vendo grandes empresas desse setor entrando em processo de demissão,
ressalta o economista.
Outros setores de destaque na economia de Maringá que deverão sentir os
impactos da crise são os de alimentação e combustíveis. Na região, há
vários abatedouros e usinas de álcool, cuja receita está associada às
exportações.
É preocupante, porque o setor de abate de frango tem uma carteira
internacional muito grande e é altamente empregador, por isso o impacto
negativo pode ter um efeito multiplicador muito grande, alerta Dias.
Para o economista e professor da UEM, as políticas governamentais de
corte de impostos devem estimular a demanda interna para balancear os
efeitos do desaquecimento internacional.