Embora resida em rua asfaltada, a dona de casa Aparecida Rosseto Martins convive com lama e poeira, a ponto de em certas manhãs o carro dela ser impedido de sair da garagem.
Quando chove, a enxurrada arrasta lama do interior do câmpus da Universidade Estadual de Maringá (UEM) para a Rua José Carlos Struet, parte desce pela Rua Vitória e fica estancada nas proximidades da Escola Professor José Darci de Carvalho, na Vila Esperança.
Quando a chuva pára, a lama seca e a vizinhança sofre com a poeira.
O problema começou em fevereiro, quando a UEM iniciou a movimentação de terra nos fundos do campus para a construção de um estacionamento acompanhando o muro que divide a Universidade com a Vila Esperança.
Montes de terra foram feitos e, como a obra ficou parada até agora, a chuva tem arrastado a terra para as ruas. Segundo Aparecida Rosseto, teve manhã que em frente ao portão tinha tanto barro que o filho dela passou horas trabalhando com uma pá para abrir passagem para o carro da família.
A comerciante Maria Ursolina, proprietária de um estabelecimento de representação comercial na Rua Vitória, tem que lavar a calçada todos os dias, pois a cerâmica é de cor clara e o trânsito de pessoas na principal via da Vila Esperança, é grande.
Os estudantes que vão para a UEM e pessoas que sobem a rua acabam sujando os sapatos nessa lama e com isso as calçadas ficam enlameadas, reclama.
Ela já telefonou várias vezes à prefeitura do campus, pedindo providências. Há alguns dias juntou os vizinhos e foi reclamar pessoalmente ao prefeito do campus.
De acordo com o professor Daniel das Neves Martins, prefeito do campus da UEM, o problema será solucionado o mais rápido possível, primeiro porque a construção do estacionamento será retomada, começando pela colocação de meio-fio, o que deverá impedir a evasão de terra.
Segundo, porque ele já determinou que fosse feita uma barreira para impedir que as águas de chuva levem lama para a Vila Esperança.
Não queremos causar incômodos aos nossos vizinhos e vamos fazer o necessário para acabar logo com esse problema, disse.
A obra sofreu atraso além do previsto e não tivemos como evitar que lama escorresse para a Vila Esperança. Mas, com a continuidade da construção do estacionamento, o problema deixará de existir, afirma.