Maricelma Bregola (Psicóloga)
- A mãe agiu corretamente ao entregar o filho à polícia?
Dar opinião sem conhecer o histórico da família é muito difícil. Acho
que a história é maior do que está sendo apresentado. Existiria outras
coisas, no contexto familiar, ou foi uma atitude de desespero de uma
mãe?
Se foi a primeira vez, o correto seria chamar o filho para conversar e
saber dele os motivos que o levaram a consumir entorpecente, bem como
orientá-lo sobre as conseqüências e oferecer a ele ajuda especializada.
- Em situações como essa, onde os pais podem buscar ajuda?
Em Maringá temos o Centro de Assistência Psicosocial (Caps), que é
mantido pela prefeitura. Na Universidade Estadual de Maringá (UEM), os
pais podem recorrer aos Programa de Atenção a Dependentes Químicos e
seus familiares. O atendimento é gratuito para todos que precisarem de
ajuda e orientação.
- Como combater o vício?
O combate exige uma série de medidas. A repressão por si só não
resolve. É uma situação complexa, mas sempre digo que quanto mais cedo
buscar ajuda, melhor. Geralmente os pais só nos procuram quando a
situação já está muito grave.