Um
trabalho de dissertação de mestrado do Programa de pós-graduação em
Ciências da Saúde da Universidade Estadual de Maringá (UEM) apurou que
129 jovens na faixa etária de 15 a 24 anos de idade foram assassinados
num período de 15 anos (1992-2006) nos municípios de Maringá e Sarandi.
Desenvolvido pela Assistente Social Lucília Amaral Fontanari e sob
orientação da professora doutora Maria Dalva Carvalho Barros, o
trabalho visa traçar um perfil dos homicídios, identificar as causas
externas e propor sugestões e soluções em políticas públicas.
Lucília ainda busca detalhes dos homicídios ocorridos em 2007, mas pelo
apurado apenas nos quatro primeiros meses de 2008, que contabilizou
oito jovens assassinados, a perspectiva não é das melhores. "Há uma
tendência crescente neste tipo de crime", explica, observando que o
trabalho será atualizado a cada dois anos.
Ao traçar o perfil das vítimas, Lucília apurou situações bastante
parecidas: baixa escolaridade, empregos de pouca relevância social,
salários reduzidos, solteiro, sexo masculino e residente na periferia.
"A violência contra a mulher é significativa, mas as mortes envolvem
mais homens. Repete exatamente o que vem acontecendo em outros
centros", ressalta a pesquisadora, acrescentandoque somente com
melhorias na educação, na área social, polícia e saúde a situação será
revertida."Polícia apenas não resolverá o problema. É um trabalho
complexo que exige a união de esforços em vários setores", completou .