A Universidade Estadual de Maringá (UEM) regulamentou a implantação de cotas sociais. A partir do vestibular de 2009, a instituição de ensino vai reservar 20% das vagas aos candidatos aprovados que concluíram os ensinos fundamental e médio em escolas públicas e que a renda per capita da família seja inferior a um salário mínimo e meio.
A reserva de cotas sociais já havia sido aprovada na UEM em setembro do ano passado. Na quarta-feira (14), a proposta apresentada pela Câmara de Graduação, Extensão e Educação Básica e Profissional foi regulamentada pelo Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (CEP).
Segundo o professor-relator do projeto, Eduardo Radovanovic, o sistema de cotas vai vigorar nos dois vestibulares do próximo ano inverno e verão para o ingresso de alunos na instituição em 2010.
A nova sistemática compreende na formação de uma lista única de candidatos classificados. A primeira chamada será feita com os 80% dos melhores colocados no vestibular e, depois, com os 20% inscritos pelas cotas sociais.
Pode ocorrer de um cotista compor a lista dos 80%. Nesse caso, ele não se beneficia do sistema de cota, disse o professor-relator.
Outro pré-requisito para ser cotista, além da obrigatoriedade de ter cursado os eninos fundamental e médio em escolas públicas e fazer parte de uma família com renda per capita menor que um salário mínimo e meio, é de não ter um curso superior.
Para a Câmara de Graduação, o sistema de cotas sociais 'reverte o processo discriminatório com minorias e democratiza o acesso ao ensino superior.
As discussões na UEM em torno das cotas
especiais começaram a ganhar fôlego no ano passado. Propostas de
reservas de vagas a portadores de deficiência e afrodescendentes foram
discutidas, mas derrubadas.
A UEM oferece, em média, 1.500 vagas para os cursos de graduação em cada vestibular.